O presidente do conselho de administração da CP, Manuel Queiró, defendeu na Guarda que a modernização da linha da Beira Baixa no troço Guarda-Covilhã é do interesse nacional e da própria CP e da CPCarga. As declarações foram feitas no final de uma reunião de trabalho na terça-feira, 4 de Março, com os presidentes das Câmaras Municipais da Guarda e da Covilhã. Reportagem e edição das jornalistas Paula Pinto e Sara Castro da redacção da LocalVisãoTv da Guarda.
Autoria: LocalVisãoTV posted with Galeria de Vídeos Capeia Arraiana
Em Fevereiro de 2009, foi decidida a suspensão da circulação na linha da Beira Baixa, entre as cidades da Covilhã e da Guarda para obras de renovação do troço, mas após o investimento em pontes, túneis e dez quilómetros de linha, a REFER parou os trabalhos.
«Para a CP sempre foi um objetivo que devia ser considerado, fechar este anel e propiciar alternativas de transporte, sobretudo para as mercadorias, mas não só», disse o presidente da CP.
O responsável, que integrou o Grupo de Trabalho das Infraestruturas Estratégicas de Valor Acrescentado, espera que o relatório «seja também a ocasião para marcar a inversão de políticas em favor de um certo retorno ao ferroviário».
Segundo o administrador a economia nacional «tem a ganhar com a modernização da linha porque a saída da fronteira de Vilar Formoso, do ponto de vista do transporte de ferrovia serve o país todo e é aquela que o serve com maior quantidade de transporte de comboios».
«A linha da Beira Baixa tem um profundo impacto na competitividade nacional, na sustentabilidade futura e na viabilidade futura do país porque é importante ter trânsitos com menores distâncias e tempos e, portanto, com custos mais comportáveis para as empresas exportadoras, aumentando assim a competitividade e eficiência da nossa economia», justificou Manuel Queiró.
O autarca da Guarda, Álvaro Amaro, considerou que a modernização da linha «é crucial para o interesse da economia do país porque ajuda a valorizar aquela que é hoje a maior fronteira de mercadorias, que é a fronteira de Vilar Formoso». «Concluir esta rede, além de ser o fecho de rede entre a Covilhã e a Guarda, é em termos da economia muito importante e em termos do território igualmente importante», afirmou.
O autarca sublinhou, ainda, o facto de a CP reconhecer «o interesse económico nacional da conclusão desta obra, independentemente da classificação do grupo de trabalho que estudou as infraestruturas rodoviárias e portuárias».
O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, lembrou que o troço está encerrado há cinco anos, situação que «tem causado graves danos à economia local e regional».
«É mais do que compreensível que esta obra tem de passar a ser uma prioridade. Ela não pode estar no décimo lugar numa lista de quinze. Tem que estar no primeiro lugar», defendeu.
Segundo o autarca «é incompreensível que a linha continue encerrada. Este projeto tem que avançar rapidamente, em força».
jcl (com LocalVisãoTv Guarda e agência Lusa)
Uma das principais estações da linha da Beira Baixa é a do Sabugal, no Barracão, mas estive a ver as imagens e não vejo lá o senhor presidente da Câmara do Sabugal, o que é muito grave, em minha opinião, claro.
Não o avisaram? Convidaram-no e não quis ir? Fecharam-lhe a porta? Mandaram-no para um local errado?