Um dia escrevi num dos meus artigos que a União Europeia é alemã, mas debaixo da supervisão (controlo) dos Estados Unidos. O «American Way of Life» há muito que está instalado na Europa, o estilo, mas agora está a chegar a cultura, a política e a economia. E o país europeu onde tudo isto já chegou há muito tempo é a Alemanha. Compreende-se, esteve ocupada pelos Estados Unidos durante toda a «Guerra Fria», a parte Ocidental (RFA), a outra parte, a Oriental (RDA) tem que assimilar a cultura do vencedor.

A Europa está a perder a sua identidade própria, custa-me imenso ver desaparecer a Europa como a conheci, a Europa da Revolução Francesa, da Liberdade, da Democracia, da tolerância e do Estado Social. Esta colonização americana começou nos países do Sul, Portugal, Espanha, Grécia, e também Itália, mas a tragédia maior será se conseguir colonizar a França, ficaríamos sem a referência da Liberdade que sempre foi esse país, deixar de ouvir a Marselhesa, é suprimir 225 anos da História da Europa! – aqui convém dizer que os Estados Unidos pouco mais têm do que 250 anos de história como país – eu digo deixar de ouvir a Marselhesa, porque já houve tentativas de a modificar, e até substituir como hino, alegando que tem uma letra muito revolucionária que poderá levar a revoltas…
O que faz uma certa esquerda europeia? Entrega placidamente os seus povos à voragem do Capitalismo Selvagem, do Capitalismo desregulado, e abre as portas à cultura, política, e economia americanas. Esta esquerda e alguns sectores sindicais também europeus, acreditaram que o desenvolvimento do Capitalismo Selvagem não era incompatível com a continuidade do bem – estar material das classes trabalhadoras, enganaram-se! E bem.
Estamos preparados para mudar todo este estado de coisas? Creio que não. Digo isto porque vejo a maioria das pessoas num estado de alienação muito grande, depois, o sistema vai fazer todos os possíveis para o impedir. Convém frisar que o cepticismo e o medo são grandes. Há uma solução, que não é mais nem menos do que uma Revolução! A Revolução das Consciências.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
Amigo Nabais
Há momentos, neste presente que vivemos, que até me fazem sentir estranho….
Aquele abraço
fcapelo