O amigo do meu inimigo… meu inimigo é!

Deixem-me ser livre, deixem-me ser amigo dos que pensam como eu, e dos que pensam de maneira diferente da minha, deixem-me que conviva com eles, na rua, no café e numa qualquer tertúlia. Só com tolerância há Liberdade.
Não tenho etiqueta, sou um pensador livre, isto só me tem trazido incompreensão e intolerância, de todos os lados, e principalmente daqueles que acreditam que têm sempre razão, e consideram como um potencial inimigo aquele que não comparte dos seus pontos de vista. Se por acaso a incompreensão e a intolerância vêm dos que estão no poder, é porque têm medo de o perder, se a incompreensão e a intolerância vêm dos que aspiram ao poder, é porque querem lá chegar o mais rápido possível.
Com razão, ou sem ela, digo que há razões históricas para este procedimento. Em primeiro lugar, a longevidade das ditaduras do século XX, 50 anos! Desde João Franco, ainda na Monarquia, até Marcelo Caetano, no Estado Novo, passando pela do General Pimenta de Castro, de Sidónio Pais, e a militar, de 1926 a 1933. A outra razão prende-se com a endémica debilidade económica de Portugal, obrigando a classe política, e não só política (elites económicas) a viver do Estado para poderem enriquecer. Este procedimento vem da Revolução Liberal de 1820.
A crítica é necessária ao aperfeiçoamento, ao progresso e à Democracia, só assim as ideias surgem. A crítica serve os homens, a intolerância e o sectarismo servem os medíocres, a primeira está no cérebro, as outras estão nas tabernas.
Não podia terminar sem dizer o seguinte: «Isto só se aplica aos intolerantes e sectários, como é lógico.»
:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
:: ::
“As ações de cada homem são o pincel do seu caráter.”
Um grande abraço amigo Nabais.