Quando se trata de julgar a utilidade ou o valor de uma qualquer instituição começa por perguntar para que é que ela serve. Para que servem então os partidos políticos?

Será para formar a consciência cívica e doutrinária dos cidadãos?
Para prepará-los para servir o País segundo as suas convicções mais profundas e a sua ideia do interesse nacional?
Infelizmente, a generalidade dos partidos interessa-se quase exclusivamente pelo êxito das candidaturas que apresenta a eleições, seja para as autárquicas, seja para o parlamento – português ou europeu – seja para a chefia do Estado.
O partido é assim o trampolim de que se servem os profissionais da política para fazerem carreira. Não deveria ser assim, mas é.
Trata-se de concorrência para obter as mais expressivas votações.
Para o que importa escolher os candidatos mais capazes de agradar ao eleitorado, apresentar programas que impressionem favoravelmente, obter grandes fundos monetários para usar todos os meios de sedução.
Visa-se, assim, em primeira linha, conseguir maiorias nas juntas e assembleias de freguesia, nas Câmaras e Assembleias Municipais e na da República, ou de fazer eleger o chefe de Estado que apoiam.
Disso depende a força do partido, a sua capacidade de influenciar a vida da freguesia, do Município, da Nação.
Por isso, há os partidos que estão dentro e fora do arco da governabilidade, a nível das pequenas e grandes comunidades e sobretudo a nível nacional ou até europeu.
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«Caso da Semana», análise de Manuel Leal Freire
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