O governo, pela voz do Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas, anunciou ao país a tão esperada Reforma do Estado. É uma centena de páginas escritas em letra bem gorda e espaçada, para assim justificar o tempo que esta esteve a marinar.
Tentámos em Agosto último marcar encontro com Ilídio Matos, agente literário português, através do seu amigo Eduardo Sucena, que com ele mantinha contactos regulares. Não sendo então possível, aguardávamos uma oportunidade, quando fomos surpreendidos com a sua morte inesperada em 12 de Setembro. Pela importância sui generis da sua actividade e pelo facto de Ilídio Matos ser natural da Guarda, pedimos a Eduardo Sucena um texto sobre o guardense que supomos que a Guarda desconhece.
Não podia de deixar algumas considerações sobre o tal guião da reforma do estado. Li-o. Por entre a curiosidade, esta depressa se tornou num acto masoquista. É confrangedor encontrar um documento, tão badalado no seu anuncio e no seu nascimento, de estruturante para o país e o seu futuro, tão mal escrito e tão vazio. O seu todo é um apanhado e emaranhado de frases soltas. Ideias vagas e doutrinariamente indefinido.
Na próxima semana deverá iniciar-se uma auditoria externa às contas da Câmara Municipal da Guarda, segundo anunciou Álvaro Amaro, o novo presidente da autarquia. Soube-se entretanto que o autarca vai presidir à Associação de Autarcas Sociais-Democratas.
