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Página Principal  /  Estádio Original • Opinião  /  A inação também é crime
06 Setembro 2013

A inação também é crime

Por Luís Marques Pereira
Luís Marques Pereira
Estádio Original, Opinião luís marques pereira Deixar Comentário

O Ambiente, por via dos crimes contra ele cometidos, tem passado do domínio dos sentimentos para o domínio da política. Os fogos florestais, verdadeiros atentados ecológicos, têm contribuído em grande para este novo objecto da política.

Bombeiro combatendo um incêndio
Bombeiro combatendo um incêndio

É difícil aceitar que todos os anos assistamos à destruição do nosso Portugal por um flagelo cuja existência é levianamente aceite pelos (ir)responsáveis políticos, que até têm uma agenda para a época dos fogos, como se da época balnear ou da época futebolística se trate.

O crime da destruição ambiental é um crime transversal, pois é um crime ambiental, contra a vida em sociedade e contra a humanidade. Este crime tem, em grande parte das vezes, origem em interesses económicos já identificados. Mas, os políticos e a Justiça continuam a lidar com os fogos florestais como se de um facto consumado se trate, cuja existência é assumida pacificamente.

Pensar na preservação ambiental como património fundamental da nossa Economia é ainda pouco praticável entre nós, derivado ao horizonte limitado do conceito de empreendedorismo. Os interesses pessoais de lucro fácil e a curto prazo, juntamente com a irresponsabilidade de muitos agentes, económicos e políticos, fazem com que o factor ambiental seja visto como um entrave e não como uma mais valia.

Neste artigo, pretendo assinalar as perdas significativas da nossa área florestal, mas acima de tudo referir as perdas humanas. Para além de lastimar o sofrimento provocado em todos quantos vêem o esforço de uma vida arder em minutos, importa confortar e apoiar os familiares das mulheres e dos homens que têm perdido a vida no combate aos fogos florestais.

A ideia de reparação dos danos, irreparáveis, provocados à natureza e às famílias tem que ser substituída pelo princípio da prevenção. A gestão do risco deve fazer parte da política preventiva e esta deve contemplar, para além dos equipamentos e tecnologias, uma estratégia séria e eficaz de prevenção e contenção do risco sempre presente.

No tocante à prevenção e ao combate aos fogos florestais as medidas dos nossos políticos têm sido no sentido de reduzir a capacidade de intervenção e de politizar os cargos de chefia, fazendo com que muitos dos comandantes operacionais com largos anos de experiência fiquem subordinados operacionalmente a tecnocratas que vão sendo «encaixados» na Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Por via da morte de vários jovens bombeiros, este ano temos assistido ao aproveitamento político em torno dos fogos. Mas sempre que os políticos aparecem é para lamentar perdas e não para as prevenir, nem para apresentar planos e medidas eficazes de prevenção, onde a punição severa e exemplar exerce um papel significativo.

Há uma sensação de impunidade por parte dos incendiários e de alguns (ir)responsáveis pelo combate eficaz dos incêndios. Tanto uns como outros são culpados pelas perdas ambientais e humanas a que temos assistido, por isso, ambos os grupos devem ser alvo da devida investigação criminal e da respectiva condenação moral e material.

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«Estádio Original», opinião de Luís Marques Pereira

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