O Partido Ecologista «Os Verdes» entregou na Assembleia da República um Projecto de Resolução em que recomendam ao Governo que proceda à modernização, electrificação e reabertura do troço Covilhã-Guarda na Linha da Beira Baixa.

A linha ferroviária da Beira Baixa é uma infra-estrutura imprescindível ao desenvolvimento do interior do país, com ligação à linha da Beira Alta e à linha do Norte, sendo que a ligação ferroviária à Guarda constitui um factor determinante para a região e para a aproximação das populações.
A Linha da Beira Baixa foi já objecto de um investimento no valor de 350 milhões de euros para a sua modernização e electrificação. Porém, esses trabalhos só chegaram até à Covilhã, faltando prossegui-la até à Guarda.
Para esse efeito, o troço Covilhã – Guarda foi encerrado, em Fevereiro de 2009, tendo sido criado um serviço de transporte rodoviário alternativo, assegurado pela CP, para funcionar enquanto durassem as obras na Linha da Beira Baixa, sendo que o encerramento provisório já dura há 4 anos. Entretanto, a CP suprimiu, em 2012, o transporte rodoviário alternativo que assegurava a ligação entre a Covilhã e a Guarda deixando as populações sem alternativa de mobilidade desde essa altura.
Segundo um comunicado divulgado à imprensa, por considerarem, entre outras razões, que a modernização e a electrificação do troço entre a Covilhã e a Guarda da Linha da Beira Baixa constitui um contributo fundamental para combater as desigualdades e as assimetrias regionais e que não faz sentido que a modernização e electrificação desta Linha termine na Covilhã, perdendo-se a ligação à capital de distrito, «Os Verdes» entregaram a presente iniciativa legislativa da Assembleia da República, uma iniciativa que será discutida em data a anunciar.
O troço Covilhã-Guarda incluí a estação do Sabugal, no Barracão, que se vai degradando devido ao pleno abandono a que foi votada.
plb
Não são os partidos do chamado arco da governação que pretendem rever a lei eleitoral para criar os chamados círculos uninominais?, para segundo eles aproximar os eleitos dos eleitores, aqui está a prova que isso é um embuste.
Caros conterrâneos:
Na verdade, é estranho que tenha que ser um partido que nem tem deputados eleitos pelo circulo da Guarda a levantar esta questão. Por isso, também eu me interrogo, à semelhança do sr. João Duarte. Que andam os outros a fazer? Não é suposto representarem os eleitores do distrito acompanhando-os nas suas preocupações?
Por outro lado e para além de questões de natureza emocional que ligam muitos de nós àquela linha há a questão económica que parece ninguém se preocupar em resolver. Quando se para uma obra, têm de ser avaliadas todas as consequências: custos de eventuais indemnizações, custos sociais para os destinatários da obra, etc. Não chega dizer, com ar de ditador: Vou parar aquela obra por que sou eu que mando.
No dia em que os senhores que decidem estas coisas passarem a ser responsabilizados financeiramente pelas más decisões que por vezes tomam, provavelmente o estes problemas deixarão de colocar-se. Até que isso aconteça, o refúgio é sempre a “responsabilidade politica, seja lá isso o que for. Mas mesmo a responsabilidade política como gostam de referir, só pode ser julgada de 4 em 4 anos. Durante esse tempo pode fazer-se e infelizmente faz-se muita “porcaria”.
Um abraço.
Jfernandes (Pailobo)
Efectivamente não faz sentido não continuar a modernização da linha da Beira Baixa no troço Covilhã-Guarda tanto mais que já se substituíram algumas pontes metálicas e se recuperaram outras, se fizeram pelo menos um viaduto (Canhoso), se levantou e assentou nova linha na zona de Caria, entre outras coisas, num custo de muitos milhões de euros, para depois parar com as obras sem qualquer anúncio de quando as mesmas recomeçam. Efectivamente este encerramento não interessa nem à região nem ao próprio país. Para que esta linha tenha mais utentes basta a CP ser mais dinâmica, terminar as obras e relançar a ligação Guarda-Lisboa e vice-versa via Beira Baixa como aconteceu durante largas dezenas de anos. É que, convém não esquecer, que a melhor ligação entre os vértices de um triângulo rectângulo opostos ao ângulo recto, ainda continua a ser a hipotenusa.
(cont….), eu chamava-lhe o comboio do Glorioso, pois era vermelho e branco….
Ainda me lembro de chegar á bilheteira da estação da Guarda, e pedir um bilhete para Lisboa. E de ouvir, em seguida: via Beira Alta ou via Beira Baixa???? e eu responder: por onde a viagem é mais bonita, pela Beira Baixa!! só tinha um se não: partia ás 10.50h e chegava ás 21.30h !!! sempre no inter-regional, pois o cartão jovem na altura, dava 50% desconto……
O encerramento do troço da linha da beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda é um erro colossal e uma estupidez do ponto de vista económico, só justificável pela submissão a interesses inconfessáveis.
Defensor desde sempre da importância da ferrovia para o concelho, como está demonstrado em várias crónicas que aqui escrevi, lembro também a proposta que o PS apresentou em Março de 2012 na Câmara Municipal de repúdio ao encerramento da Linha entre a Covilhã e a Guarda.
Esperemos que quando o País deixar de ser desgovernado por estes meliantes, ainda seja possível reactivar a Linha da Beira Baixa!
Espero também que as lideranças partidárias saibam entender a importância desta iniciativa e que os deputados das diferentes forças políticas votem favoravelmente esta iniciativa do Partido dos Verdes.
É curioso que tenha que ser o Partido Ecologista “Os Verdes” a levantar esta questão na AR, quando o distrito da Guarda tem 4 deputados eleitos e nenhum é do PEV. Três são do PSD e um é do PS. O que andam estes a fazer? A aprovar o fecho dos serviços públicos no Sabugal, como o recente caso do Tribunal?