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Página Principal  /  Aldeia de Joanes • Castelo Branco • Opinião/Crónica  /  Castelo Branco – ecos de um livro escutista
15 Julho 2013

Castelo Branco – ecos de um livro escutista

Por António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes, Castelo Branco, Opinião/Crónica antónio alves fernandes Deixar Comentário

Há dias recebi um livro. Não foi mais um qualquer a juntar a muitos outros de diversos temas e assuntos. Os livros são uns dos meus maiores amigos. Estão junto de mim, convivem na mesinha de cabeceira, na cozinha, na garagem, no quarto e até na casa de banho. A esposa anda sempre a arrumá-los ou a «desarrumá-los». São os meus amigos inseparáveis e só no dia em que partir para o eterno deixá-los-ei muito arrumadinhos, despedir-me-ei de todos eles com um muito bem hajam, por tantas horas de cultura, de história, de diversão, de vida, de amor e de tão boas parcerias.

Escuteiros de Castelo Branco
Escuteiros de Castelo Branco

Há dias recebi um livro muito especial. O título é «Meio Século de Vida do Agrupamento 160 de Castelo Branco», da autoria do Chefe João Ribeiro. O actual Chefe do Agrupamento 160, José dos Santos Mendes, teve a amabilidade e a gentileza de o ofertar, que agradeço o gesto.

São mais de duzentas páginas de histórias e estórias de vida e vidas, que se iniciaram em 17 de Março de 1963, com as Primeiras Promessas, oficializadas com a criação do Agrupamento 160 do CNE, de Castelo Branco.

É um caminho de cinquenta anos, percorrido por muitos dirigentes dedicados, por jovens escuteiros, irmanados e apoiados em instrumentos de formação e de educação. Recordo que o primeiro nome dado aos discípulos de Jesus Cristo era «OS DO CAMINHO», que os escuteiros percorrem na proteção da natureza, do ambiente, da cidadania, do bem social, humano e religioso.

Nas páginas deste livro, há também o meu peregrinar, como pai de dois filhos, Paulo Alexandre Bernardo Fernandes e Emanuel José Bernardo Fernandes, que em Junho de 1983, há trinta anos, fizeram as suas Promessas de Lobitos, no Santuário da Nossa Senhora de Mércules em Castelo Branco. Na sua formação integral escutista, não posso esquecer a Chefe da Alcateia – Maria Etelvina Cravo da Fonseca-, e o adjunto Armindo Barata Lourenço. Também uma palavra amiga para O Chefe Félix. Nunca esquecerei a Chefe Fatuxa, que a cidade de Castelo Branco, lhe fez justiça, tendo o seu nome gravado na toponímia albicastrense, e o Grande Chefe Arnaldo, condecorado com O Colar Nuno Álvares, o título máximo no CNE. Na página 82, lá está inserida a bela e histórica fotografia, na porta principal daquele Milenar Santuário. Este acontecimento nunca mais será esquecido pela grande festa e convívio familiar e escutista.

Na página seguinte, aparece um capítulo sob o título: «1984 – o 160 ficou às escuras…» Aqui iniciou-se uma crise, que foi desnecessariamente muito prolongada e com muitos custos. As crises são sinónimas de crescimento, dos grandes obstáculos nascem as grandes vontades.

São sempre os adultos os criadoras das crises, às vezes fabricam-nas, deixam-nas cair na praça pública, deixam que outros intervenientes tomem conta delas e os resultados são sempre prejudiciais para os jovens escuteiros, os únicos que, com os pais, não têm culpas no cartório.

Quando o Assistente Religioso é intolerante, problemático, prepotente e não tem conhecimentos da dinâmica escutista, bem patente no Dia da Promessas; quando os Chefes não assumem as suas responsabilidades; quando os Pais tomam em mãos um processo que outros têm de resolver com diálogo aberto e franco, surgem os problemas. O Agrupamento acabou por encerrar portas, em claro prejuízo para os nossos filhos. Ainda se apelou para o Chefe Nacional, que tinha tomado posse, dizendo que o problema do Escutismo em Castelo Branco era «comparável a um recém-nascido, que lhe colocaram nos braços». Foi informado dos bons transportes que serviam Castelo Branco, mas fica a duas centenas da capital, e o menino acabado de nascer, acabou por morrer com poucos meses de idade. Com a história desta crise, escrevia-se um livro com muitas páginas e com muitos protagonistas.

Há cargos específicos, que só deviam ser exercidos com vocação e sentido de missão, quando assim não acontece surgem os problemas. Esta ideia também está patente no último livro do escritor Manuel da Silva Ramos, em homenagem ao seu pai, alfaiate no Refúgio (Covilhã): «O funeral foi a uma sexta-feira. A Igreja do Refúgio estava abarrotada de gente. O Padre, um inapto, nem sequer falou da personalidade do meu Pai. Só do seu céu retórico, egoísta, exigente, inexistente. Corrigi isto tudo, lendo no cemitério um elogio à vida e à generosidade do alfaiate do Refúgio.»

As páginas dos 50 anos de Escutismo em Castelo Branco, são páginas de tantas vidas, de tanta generosidade e de tanta solidariedade de todos os nomes ali inscritos. Deram as suas disponibilidades voluntárias, as pistas, abriram caminhos de futuro para centenas e centenas de jovens. A nossa gratidão para esta instituição escutista albicastrense e votos de longa vida.

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«Aldeia de Joanes», crónica de António Alves Fernandes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Março de 2012.)

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António Alves Fernandes

Origens: Bismula (concelho do Sabugal) :: :: Crónica: «Aldeia de Joanes» :: ::

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