Os professores do Agrupamento de Escolas do Sabugal aderiram em massa à greve do dia de hoje, razão pela qual não se realizaram os exames da disciplina de Português do 12º ano.
A quase total adesão dos professores à paralisação decretada pelos sindicatos inviabilizou por completo a realização do exame, tendo os alunos sabugalenses que realizar a prova de Português no dia 2 de Julho, a nova data marcada pelo Ministro da Educação, Nuno Crato.
Na Guarda os professores do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, o maior da cidade, aderiram também em massa à paralisação, o que quase inviabilizou por completo os exames nacionais.
Apenas cinco professores estiveram disponíveis, assim como um elemento da direcção da escola. Dos 223 alunos inscritos para a prova de Português naquela escola, só 54 lograram realizá-la.
Os níveis de adesão no Sabugal e na Guarda causaram surpresa, pois não se esperava uma tão forte posição por parte dos docentes. Em declarações ao Jornal de Notícias, o director da Escola Afonso de Albuquerque, António Soares. Confirmou a surpresa: «Não imaginava que a greve assumisse estas proporções.»
Ainda na Guarda, no agrupamento de escolas da Sé, o cenário foi completamente diferente. Mau grado ter havido bastante adesão à greve, a mobilização dos directores permitiu que todos os alunos realizassem os exames.
plb
Ao sr. Rui Filipe não respondo, porque sou professor e fiz greve. Logo , não lhe tenho que dar satisfações nenhumas…
Já ao sr. Ramiro Matos tenho que responder: se bem me lembro houve manifestações e greves no tempo do Sóc. Não vi o sr. Ramiro Matos defender os professores nessa época. Até me parece que quem é do PS concordava com todas as medidas tomadas pela dupla Sóc/MLR, que tanto molestavam os professores. O que o fez mudar, agora? Estou à vontade porque tanto critiquei o Sóc e a sua teimosia contra os professores, como critico o Crato e a sua teimosia… Precisa-se de coerência. Ainda me vão acusar de eu ser partidário, mas está à vista quem o é.
Dava jeito a alguns que a greve fosse realizada depois dos exames. Talvez no período de… férias escolares!
No que respeita ao agrupamento escolar do Sabugal, saúdo todos os que se ergueram pelo respeito a eles próprios e pela profissão que exercem. Os jovens sabugalenses deverão vê-los como exemplos a seguir. Também assim se aprende!!!
Não sejamos hipócritas, com os exames já marcados antes da greve porque é que os professores decidiram fazer greve em dia de exame (porque sabiam que teriam visibilidade que de outro modo não teriam).
Atualmente sou professor e aluno e sei perfeitamente que me incomoda muito mais planear o estudo e depois este sair furado pois não tenho exame do que manifestar a minha insatisfação em sede e momentos próprios.
Obrigado aos professores que fizeram greve e coartaram o direito ao estudo previsto na CRP aos estudantes do Sabugal que podem ver a hipótese de entrar na Universidade esfumada pois não fizeram um exame considerado por muitos acessivel.
Defendo algumas reivindicações dos professores não é isso que está em causa mas sim a falta do dever de zelo.
Caro José Mendes eu sou pela via juridico-legal se está previsto o direito à greve sou o primeiro a defendê-la mas leia a Constituição e verá que o direito à educação vem muitos artigos antes da greve querendo o legislador defender um direito mais inalianável do que a greve, por isso não seja naive, e defender só a sua posição, mas claro agora já não é aluno já não lhe interessa.
Caro JFernandes,
1. Todo o meu apoio – agora que já não sou professor, vejo de modo mais independente como os professores estão a ser violentados pelo poder arrogante que o JFernandes refere.
2. A ser verdade que muitas vigilâncias de exames ontem foram garantidas por pessoal não docente, como os Sindicatos vieram dizer, a coisa pode vir a ser complicada.
3. Chamo a atenção para a profunda confusão de conceitos no pequeno texto do Sr. Rui Filipe aí em cima – posição baralhada e até retrógrada, infelizmente. Para ver quanto tempo ele está atrasado, trago aqui este recorte: «No ano 29 do reinado de Ramses III (cerca de 1180 a.C.), operários que construíam templos e tumbas – inclusive suas pinturas, como na foto ao lado – fizeram uma manifestação para exigir pagamentos atrasados»… Foi a primeira greve da História, ao que parece… Em Portugal, ao que se sabe, e de acordo com o referido por Eça em “Uma Campanha Alegre”, a primeira greve ocorreu em 1871, na Fábrica de Lanifícios de Oeiras. Foi a célebre greve dos tecelões, que durou mais de um mês. Veja, caro JF, como o Sr. Rui Filipe está atrasado, barrando-se atrás do confusionismo dos conceitos que aporta para o comentário acima.
Por todos, vejam esta nota:
https://capeiaarraiana.pt/2013/06/14/a-autocracia-do-poder/
Há limites para tudo.
Independentemente da justeza ou não da luta dos professores quando vistos no quadro geral dos funcionários públicos que aí sim, todos têm razão, chegou a altura de dizer basta.
Estes senhores que nos governam desgovernando, perderam completamente o tino. Parece que se está a governar através de teimosias injustificadas que só prejudicam os governados.
Então agora a prova de substituição já pode ser realizada no dia em que, antes da greve, os sindicatos e o Tribunal arbitral sugeriram??
Chega de arrogância.
JFernandes (Pailobo)
Aos meus conterrâneos professores, os meus parabéns e o meu agradecimento pela forma como souberam engrossar o movimento contra esta corja que tenta destruir o nosso país.
Aos jovens alunos que saibam aprender com esta verdadeira aula prática de democracia e civismo.
Aos pais e encarregados de educação que compreendam as razões de uma classe profissional que luta com as armas que tem à mão, pelo direito ao trabalho e a condições de trabalho dignas, o que quer dizer que, apesar do incómodo imediato, luta por um ensino melhor para os vossos filhos.
Não nos devemos esquecer que os nossos direitos acabam quando começam os dos outros. Claro que os professores têm direito à greve mas os alunos têm direito à educação.
Neste caso os professores demitiram-se das suas obrigações ainda para mais que o calendário dos exames estava já marcado desde o inicio do ano e a greve foi marcada apenas há alguns dias, se quisessem fazer greve que a marcassem para outra data que não afetasse os alunos.
Civismo era terem comparecido aos exames e deixar fazer o mesmo em condições de igualdade aos alunos do Sabugal, pese embora tenham razão nalguns pontos de revolta.
Os professores de antigamente sim eram referência pois não perturbavam o estudo dos alunos.