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Página Principal  /  A Minha Aldeia • Casteleiro  /  Casteleiro – Serra d’Opa ou do Pá?
27 Maio 2013

Casteleiro – Serra d’Opa ou do Pá?

Por José Carlos Mendes
A Minha Aldeia, Casteleiro josé carlos mendes Deixar Comentário

Volto a um tema que me dá a volta ao miolo: afinal qual é o nome da nossa Serra? Serra Dopa, d’ Opa ou do Pá? Isto hoje vem a propósito porque recentemente José Carlos Lages nos trouxe outra vez a dúvida, não por via dele mesmo, mas da Torre do Tombo. Portanto, ao defender a minha dama, estou a bater na Torre do Tombo e não no cronista JCL. Vamos então a esse debate, pois agora tenho provas novas para a minha teoria de que o nome deste monte é Serra d’Opa, como sempre ouvi dizer na minha terra e como sempre escrevi.

Serra D'Opa - Casteleiro - Capeia Arraiana
Serra D’Opa no Casteleiro

O que vem pois, aqui, à liça é o verdadeiro nome da serra que separa o Casteleiro do Vale da Senhora da Póvoa:

Serra Dopa, Serra d’ Opa ou Serra do Pá?

A crónica de hoje justifica-se porque vem na sequência de duas presenças da Serra na net, ocorridas há pouco tempo.

Sobretudo uma delas, a mais recente, em que, no «Capeia», o José Carlos Lages (ver… Aqui) segue a transliteração feita pela Torre do Tombo – e bem – dentro do quadro da sua série «Censos / Marquês de Pombal», «As Freguesias do Concelho do Sabugal em 1758»; outra, há uns tempos, pela mão de António Marques, no «Viver Casteleiro». Ver… (Aqui.)

Memorias-paroquiais-págA caligrafia do Padre Leal

O escrito mais antigo que se pensa ter em português com o nome da Serra é o dos Censos de 1758, atrás referenciado.
Mas não sabemos se há textos latinos referentes à mesma Serra.
Talvez até haja. Penso que há.
Porque, ao que me parece, a Serra d’Opa teve muita importância no tempo dos romanos, como adiante pode ler.

Voltando ao padre Leal: acho que a sua caligrafia é péssima, mesmo pelos critérios da época, e que, no caso, a forma como escreve o nome da Serra leva a enganos. Por isso, quero aqui hoje expor a minha teoria sobra essa caligrafia e outros argumentos visuais e históricos que julgo merecerem a atenção do leitor interessado.

Assim, em defesa do que penso, dei-me ao trabalho de assinalar a vermelho numa imagem e na linha em que me parece mais clara no meio daquela escrita complicada (mesmo para a época, repito) deste padre, o Cura Leal, do Casteleiro.

Assim, nessa linha está o seguinte: … «da Do pa» etc… – isso como parte da frase «Quazi no meio da Serra chamada do Pá, está a Ermida» etc…

5 aA adulteração feita em Lisboa

Cabe aqui, uma crítica aos escribas da Torre do Tombo: foram tão minuciosos nalgumas coisas (exemplo: o Padre escreveu «assima» com dois esses em vez de «acima» com c, e eles chaparam com isso no texto), mas aqui, onde o Padre pôs «Do pa», eles, por sua conta e risco, adulteraram tudo e escreveram «do Pá». Veja bem as diferenças: maiúsculas, minúsculas e acento… Eu não entendo isto.

Estudo simples comparativo

Em suma:

1. O Cura não põe acento na palavra pa;

2. O Cura escreve pa com minúscula;

3. O Cura saberia apesar de tudo (à época, em geral os padres eram muito incultos, disso não há dúvida), mas saberia que Pá seria uma palavra feminina. E então seria Serra da Pá e não Serra do Pá…

Quem tiver gosto, pode ver um estudo simples comparativo que deixei… (Aqui.)

E os opidanos?

Mas há mais um argumento em defesa da minha tese. Vamos imaginar que seria Serra do Pá.

Do, repito. Contracção da preposição de e do artigo definido o – lembram-se? Artigo definido esse que está no masculino. Muito bem!

Então quem defende que a serra se chamava Serra do Pá venha a terreiro dizer-me qual é esse substantivo masculina Pá e o que significa.

Em reforço da minha tese, pergunto, mais uma vez, como já antes pude escrever:

– Não será que os opidanos (ou opidendeses) do tempo dos romanos e não será que o nome da localidade fortificada que era Lancia Opidana (Vale de Lobo, hoje Vale da Senhora da Póvoa), não será que essa designação latina era uma homenagem ao nome da serra mais importante a separar aqueles vales que se estendem de um lado (até Caria) e do outro (até à Meimoa)?
Sobre estes aspectos, já escrevi algumas peças fundamentadas. Uma delas pode ser lida por exemplo,… (Aqui.)

:: :: :: :: ::

Notas
1 – Vamos à estatística que a cada meio ano venho fazendo ao número de referências que o «Capeia» reporta de cada Freguesia com artigos de opinião e crónicas.

Comecei a colaborar no início de 2011.

Fiz estatísticas nas seguintes datas: 6 Fev 2011, 26 Dez 2011, 17 Set 2012, Dia 18 de Maio de 2013.

Nessas datas, os números de artigos sobre o Casteleiro são os seguintes: 50 / 100 / 151 / 202.

Ou seja: nos primeiros quatro anos de existência do ‘Capeia’, apenas 50 referências. Hoje, 202. O que significa que nestes dois anos e meio seguintes teve um crescimento de 400%.

Sabugal (1 506) e Soito (289) continuam a ser os mais referidos. Mas o ritmo de crescimento é diferente: no mesmo período, a Sede do Concelho cresceu 25% e o Soito pouco mas de 40%.

Folgo em saber que Sortelha continua bem cotada: em dois anos e meio subiu das 133 referências para as 165 – cresceu foi pouco: apenas 27%. E isso é pena, dado o seu valor histórico.

Os Fóios mantêm a sua boa «performance», hoje com mais de 300 referências.
Muitos mais pormenores sobre esta matéria podem ser consultados…
(Aqui.)

2 – Prometi que o tema destas crónicas seria apenas o Casteleiro e suas envolventes. Mas em nota ser-me-á permitido divulgar duas palavras: Sabugalite e Panasqueirite. São nomes de minerais abundantes nesta região. Mais não digo. Mas vou pôr links para os sadiamente curiosos. Interesse-se por estas coisas, que fazem parte de nós. Todos estes aspectos, e também os geológicos e mais ainda os radioactivos, compõem o nosso «ethos», digamos: a nossa maneira global de ser. Sobre a sabugalite e a panasqueirite pode ler mais… (Aqui.) e… (Aqui.)

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José Carlos Mendes

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