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Página Principal  /  Aldeia do Bispo • Cultura • Opinião • Pintura • Vivências a Cor  /  A arte e a emoção
21 Maio 2013

A arte e a emoção

Por Alcínio Vicente
Aldeia do Bispo, Cultura, Opinião, Pintura, Vivências a Cor alcínio, alfama 2 Comentários

Sigam-me, se têm a amabilidade, para reflectirmos sobre a emoção e a sua importância nas nossas vidas.

Alfama - Pintura de Alcínio - (Colecção particular do cirurgião Luís Miranda)
Alfama – Pintura de Alcínio – (Colecção particular do cirurgião Luís Miranda)

Lamento, antes de mais, desapontar os que simpaticamente ousaram julgar-me poeta, escritor, ficcionista ou outros atributos. Sou apenas um cidadão que vive intensamente de emoções e de paixões.

A minha inteligência é essencialmente emocional, o que me capacita para entender e extravasar os sentimentos.

Outros há que são dotados de uma inteligência racional, relacionada com a lógica ou a matemática. Outros ainda que têm propensão para a inteligência cognitiva, isto é, histórica, musical, etc.

São as nossas emoções que constituem a corrente da nossa consciência, que nos informa o que sentimos em cada momento.

Não há emoções positivas ou negativas. Elas são como que o painel de bordo de um automóvel, que nos alerta dos problemas, e assim nos ajuda a chegar ao destino.

As emoções comunicam-nos os nossos próprios estados de alma, confrontam-nos com o mundo, preparam-nos para reagir adequadamente perante situações novas. É por elas que vencemos os nossos medos, por serem a fonte da autoconfiança, do entusiasmo, do optimismo, da resistência, da criatividade.

Por vezes pensamos que as emoções nos fazem parecer fracos – puro engano. Elas são antes a nossa força, desde que as compreendamos.
A inteligência emocional desempenha um papel fundamental no progresso da humanidade, e está hoje a ser aplicada na gestão de muitas empresas.

Emovere, do latim, igual a: movido por, tocado… Conhecer, controlar, emocionar, empatizar, socializar, são as funções da emoção.

Viver é estar num estado contínuo de conflito, com dispêndio de energia, ou de stresse, a partir de onde se geram as decisões.

É necessário que exista intermitência entre estados de tensão emocional e estados mais pacíficos.

O mundo está doente porque uns tantos gananciosos ou vampiros-leprosos sem escrúpulos o contaminaram.

A nossa esperança reside na inteligência racional ou matemática que seja capaz de localizar o foco, o ponto de luz que traga a réstea de esperança que se está a esgotar. É a hora da nossa inteligência racional entrar em acção com os seus cálculos matemáticos.

Aí estão os cobradores de impostos, quais vampiros com pastas carregadas de instrumentos cirúrgicos, com bisturis afiados para cortar nos funcionários públicos, nos empregos, nas despesas do Estado, nas obras públicas, no poder de compra dos portugueses pobres. É assim que ganhamos a credibilidade, dizem!

Ficam extasiados, arrebatados, esmagados, delirantes, com as eloquentes entrevistas e aulas de sapiência do nosso versátil e espectacular comunicador ministro das finanças públicas.

É um impressionante pivot! Hipnotiza as câmaras com o olhar penetrante com que as fixa. E aquele discurso monocórdico, obra-prima da comunicação!

Como não deixar de aplaudir este monstro da engenharia financeira… Proponho a sua candidatura a Prémio Nobel da Economia.

Que me perdoe o senhor Ministro, porque posso estar a ser injusto com estas ironias – o tempo o dirá.

Ao desassossego de viver no mar encapelado de ondas que nos fustigam com os desaires da vida, alterna o mar de calmaria que nos dá a fruição dos momentos belos da vida.

Como seria reconfortante, se pudéssemos flutuar no espaço, levados por uma suave brisa, pairando incólumes ao sol, à luz ofuscante de um dia primaveril.

Seríamos mais felizes se o mundo vivesse em completa harmonia, sem crispações sociais, fome, dor e injustiças. Era mergulhar num lago tépido, coberto por um tapete de nenúfares multicolores, respirando mil odores inebriantes.

Porque não desfrutamos da contemplação da natureza, pujante e renovada envergando o seu fato de gala feito de flores perfumadas de maias brancas e amarelas, a caminho da glorificação?

Porque não deixarmo-nos levar pelos braços de Vénus ao som duma valsa de Strauss?

Para fruir um poema não é necessário saber quantas estrofes o compõe. Para desfrutar de uma composição musical não é preciso que saibamos o que é uma clave de sol ou um si bemol. Contemplarmos uma imagem cinematográfica não implica sabermos o que é um frame ou um plano americano. Para nos emocionarmos com uma pintura não necessitamos de conhecer o que é o rectângulo de ouro, ou o ponto de fuga… Basta-nos estarmos despertos e termos espírito aberto.

Quantas vezes as pinceladas numa tela, os desenhos ou drippings (escorridos de tinta) não são senão lágrimas que procuram ocultar ou velar feridas ocultas na alma do autor…

Não procuro os palcos dos sábios, dos doutos e grandiloquentes oradores, quero apenas ser a voz da minha consciência torturada, como a de milhões que se defrontam com a fome, o sofrimento e a injustiça.

Quanto aos primeiros eu apenas digo: vão lamber sabão!

:: ::
Na próxima «conversa», abordaremos a análise e a composição de uma pintura, nos seus diversos aspectos, para tentarmos compreendê-la.

:: ::
«Vivências a Cor», expressão de Alcínio Vicente

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Alcínio Vicente

Aldeia do Bispo (Sabugal) :: :: Artista Plástico :: :: Vivências a Cor

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2 Comments

  1. fernando capelo Responder
    Sexta-feira, 24 Maio, 2013 às 14:51

    Segui-o, tal como me propôs. Refleti, sim, sobre as emoções e… emocionei-me. Só a arte pode ditar um texto assim.

  2. Luís Pereira Responder
    Quarta-feira, 22 Maio, 2013 às 19:09

    Caro Alcínio Vicente
    É com muito gosto que o sigo na sua reflexão.
    Neste momento em que o povo perdeu todo e qualquer resto de esperança que depositava nos políticos e nos politiqueiros, só os homens e mulheres das artes (Cultura e Emoções), nos podem dar algum alento e provocar o GRITO em uníssono.
    BASTA BESTAS! BASTA… – Larguem os inocentes e refugiem-se nos vossos “paraísos”.

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