A Câmara da Covilhã promove, este sábado, 11 de Maio, uma caminhada pela linha de caminho-de-ferro entre aquela cidade e a Guarda, como forma de protesto contra a suspensão das obras e da circulação naquele troço. Os comboios deixaram de circular entre a Covilhã e a Guarda em Fevereiro de 2009 para renovação da via, mas depois de investidos 7,5 milhões de euros não houve mais dinheiro para concluir os trabalhos.
A iniciativa de protesto de sábado foi proposta pela bancada do PSD na assembleia municipal da Covilhã por Jorge Humberto Saraiva, que disse à agência Lusa que os participantes deverão caminhar em direcção à Guarda por entre sete a oito quilómetros de carris sem circulação. Pouco depois da povoação do Canhoso «o matagal cresceu e tomou conta da linha e não há condições para avançar com segurança», referiu, após uma visita de reconhecimento do percurso.
O protesto justifica-se pela necessidade de «aproximar as duas cidades», bem como «manter em funcionamento uma ligação de Portugal à Europa», referiu, destacando o papel que o troço sempre assumiu como alternativa à Linha da Beira Alta na ligação entre Lisboa e Espanha.
Em resposta a questões colocadas pela agência Lusa, fonte do Ministério da Economia, do qual depende a Secretaria de Estado dos Transportes, referiu que a Refer deverá concluir as obras de renovação da linha «em momento oportuno e assim que assegurado o necessário financiamento».
Segundo a mesma fonte, no troço Covilhã-Guarda, o montante de investimento já realizado é de 7,5 milhões de euros, sem contabilizar os custos de estudos, projetos e fiscalização.
O valor inclui a renovação integral da via numa parte de cerca de 10 quilómetros, concluída em janeiro de 2010, o alargamento da passagem inferior da Baiuca (junto ao Canhoso, Covilhã), terminado em junho de 2010 e ainda o reforço do Túnel do Sabugal, concluído em abril de 2011.
jcl (com agência Lusa)
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