Continua a preparação do próximo Quadro Comunitário de Apoio para o período de de 2014 a 2020.
Aqui escrevi em Dezembro de 2012 que, e cito:
«Muito vai mudar no próximo Quadro Comunitário de Apoio, o que impõe aos Municípios um entendimento claro de qual o seu papel neste novo enquadramento de apoios financeiros.
Em meu entender, e a bem da transparência e da igualdade de oportunidades para todos os candidatos, deveriam os atuais Presidentes de Câmara disponibilizar a todas as forças políticas representadas no Executivo Municipal e na Assembleia Municipal tudo o que fosse sendo discutido e aprovado nas reuniões com a CCDR que se irão, estou certo, realizar.»
Passados quatro meses, este processo continua no «segredo dos deuses», como se o que for proposto a Bruxelas não interessar a mais do que uma meia dúzia de iluminados que, fechados nos seus gabinetes, decidem nas nossas costas sobre o que interessa a cada Região e a cada Concelho.
E os candidatos às próximas eleições continuam, se não pertencem à esfera do poder, a preparar as suas candidaturas sem sequer saberem qual o cenário em que irão, se ganharem, exercer o seu poder.
Desde dezembro pouco mais soube, mas não andarei longe se disser que as três prioridades já quase definidas serão, a nível regional, mais ou menos estas:
– Aposta em estratégias de crescimento regional, dito, inteligente;
– Aposta em estratégias de crescimento sustentável;
– Aposta em estratégias de crescimento inclusivo.
É este o cenário que, em termos globais, deverá condicionar os investimentos a realizar a nível regional, sub-regional e local, nos próximos anos.
Que tipologia de projetos cabem nestas prioridades é coisa que não sei ainda.
Mas que todos deveríamos estar informados de todos os documentos que estão a ser produzidos por equipas de qualidade técnica manifesta, disso não tenho dúvidas.
Esta deveria ser uma exigência imediata de todos os partidos políticos e, ou grupos de independentes, que se preparam para se apresentarem a eleições em outubro deste ano.
Por mim, aqui divulgarei, sempre que se justifique, os documentos a que venha a ter acesso.
E, no quadro das crónicas que venho publicando, aqui darei a minha opinião sobre as consequências das prioridades que elenquei.
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ps1. A todos os eleitos e a todos os futuros candidatos aconselho a leitura urgente do livro «Ser Autarca – Missão e Desafios», escrito por Sidónio Pardal e Poças Esteves.
Trata-se de um pequeno manual fundamental para se perceber o que deve e o que não deve ser um autarca.
ps2. Já não sei se me devo sentir orgulhoso por desde os meus dezasseis anos ter estudado em escolas públicas e ter, a partir dos 21, trabalhado na Administração Pública, ou se devo considerar-me um dos portugueses criminosos que conduziram este País ao estado a que chegou. Na verdade, cada vez que ouço esta garotada malfeitora que, com o seu voto, a maioria dos eleitores colocou no poder, os argumentos são sempre de que a culpa é do Estado, e como não há Estado sem os seus servidores, a culpa, pelos vistos, é de mim e de todos os que desenvolveram e desenvolvem a sua atividade nos órgãos do Estado. Parafraseando o meu avô, «ai portugalito, portugalito, para onde te levam estes pacistas!…»
ps3. E se o Governo decidisse que, a partir de agora, não haveria carros oficiais de fabrico alemão? Isso é que ia ser um festim para a troica!
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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