Os homens são todos homens, mas os do meu partido são muito mais homens que os dos outros.

E os que não têm partido nenhum não são homens, mas homúnculos. A cédula partidária, no nosso tempo e na nossa sociedade, é um elemento determinante. O que a não tem sofre duma capitis diminutio máxima.
E dirão os corifeus do partidarismo que com razão, porque com plena culpa do enjeitado que não quis ou soube reverter-se daquela capa protectora, negando-se, assim, um atributo da personalidade.
Nestas circunstâncias, o cidadão ao chegar a idade sazonal já sabe que tem de procurar o aconchego e a capa protectora dum partido daqueles que se caracterizam como sendo do arco da governação.
Depois deste baptismo que o tira do limbo e lhe abre as portas da glória, está apto para escolher e ser escolhido. Infinitesimalmente, embora, já é uma unidade determinante.
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«Politique d’Abbord – Reflexões de um Politólogo», opinião de Manuel Leal Freire
Pequenos homens existem em todos os lados.
Mas os mais pequeninos de todos, ou mesmo as “amostras de homens”,
não podem estar nos partidos políticos.
Aí só podem estar homens com H grande.
Por isso concordo com o professor.
Jfernandes