Na reunião ordinária de 22 de Fevereiro a Assembleia Municipal do Sabugal decidiu-se marcar para o dia 27 (quarta-feira) uma sessão extraordinária da mesma Assembleia para decidir o futuro da empresa municipal Sabugal+, que face à lei deverá ser dissolvida.

No mesmo dia da última reunião da Assembleia Municipal, reunira o executivo municipal, onde foi aprovada uma proposta do presidente da Câmara no sentido de nada se decidir sobre o futuro da empresa, manifestando-se pela não dissolução e manutenção da sua actividade.
A proposta foi aprovada com um voto a favor (o do presidente), um voto contra (o do vereador Joaquim Ricardo) e três abstenções (dos vereadores do PS) – valeu aqui o voto de qualidade do presidente. Face à decisão a Câmara colocou à consideração da Assembleia Municipal a proposta de não dissolução, alteração dos estatutos adequando-os ao novo regime legal das empresas locais e esperar que a Inspecção Geral de Finanças indique os procedimentos a adoptar pela Câmara face à «realidade específica» da Sabugal+.
Joaquim Ricardo manifestou total oposição a essa proposta, na medida em que a eventual deliberação de não dissolução «desrespeita a uma Lei aprovada por um órgão competente para o efeito – Assembleia da República – e que se encontra em vigor!».
Os vereadores do PS alegaram que a recuperação da sua proposta inicial por parte do presidente vinha agora fora de tempo e era inexequível, optando por se abster na votação.
O assunto passou então, no mesmo dia, para os deputados da Assembleia municipal que, confrontados à própria hora com a proposta que o executivo aprovara, invocaram necessitar de tempo para estudar minimamente a situação e a proposta, decidindo adiar a votação da mesma, sendo então agendada uma reunião extraordinária do órgão deliberativo do Município, que reunirá no dia 27 (quarta-feira).
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A Lei que determinou a dissolução da empresa foi publicada em 31 de Agosto de 2012, estipulando o prazo de seis meses para se concluir o processo. O tempo passou e agora, no limiar do prazo, o presidente António Robalo, que nada decidiu, pede aos deputados municipais que o secundem na indecisão e também eles decidam nada decidir. A principal qualidade de um político está na capacidade e na audácia de tomar decisões, em dizer sim ou dizer não, assumindo as consequências. O que António Robalo fez neste caso, à semelhança de outros, foi deixar claro que não é decisor.
plb
Eu já nem sei o que dizer… Sinceramente, querem fazer uma invenção cirurgica aquele corpo esquelético, quase cadáver, que é a Sabugal+?
Tenham bom senso – deixem a moribunda falecer em paz.
Enquanto podiam salvar os postos de trabalho e os serviços integrando-os na Câmara nada fizeram. Agora a pobre está nas mãos de Deus (do ministro Gaspar).
Já sabem qual vai ser a sentença – cumpra-se a lei e liquide-se a empresa.
Depois do enterro resolvem a herança – a Câmara fica com os bens e com a responsabilidade de manter os serviços, se queiser, que o ministro Gaspar marimba-se para isso. Quanto aos trabalhadores, coitados, morreu-lhes o patrão e terão de ir à procura de outro – ou pensam que o Gaspar lhes garante emprego na Câmara ou na repartição de Finanças do Sabugal?
Todos fizeram orelhas moucas e alguns até criticaram o muito lúcido presidente da assembleia municipal, que há quase 2 anos defendeu a extinção da empresa. Agora meus amigos ao contrário do que diz o título desta notícia a empresa não está nas mãos dos deputados municipais. Com o devido respeito, senhores do Capeia, a notícia devia ser: ‘Sabuga + nas mãos do ministro Gaspar’ (e da Troika, claro).