A Câmara Municipal de Miranda do Douro, anunciou esta terça-feira, 11 de Dezembro, que lançou um desafio aos produtores agropecuários do planalto mirandês para a criação de um organismo certificador dos produtos endógenos da região.
«Criar um organismo certificador dos produtos endógenos com o objectivo de proporcionar mais-valias económicas e escoamento de produtos» foi o desafio lançado esta terça-feira, 11 de Dezembro, pela Câmara Municipal de Miranda do Douro aos produtores agropecuários do planalto mirandês.
«A ideia passa por defender os produtores e os produtos regionais, através da criação de uma marca- chapéu, já denominada Sabores de Miranda e que, numa primeira fase, terá a sua incidência no concelho de Miranda do Douro», disse esta terça-feira, 11 de Dezembro, à agência Lusa Anabela Torrão, vereadora da Câmara local. A responsável não descarta a ideia de que a marca-chapéu possa ser aplicada a produtos endógenos provenientes dos concelhos vizinhos de Mogadouro e Vimioso.
«Para já, avança-se com a constituição de uma associação que proteja os produtos locais, já que há quem esteja a usurpar a nossa identidade gastronómica e a desvirtuar a tradição», alertou a responsável. A comercialização dos produtos oriundos das terras do planalto mirandês terá de ser feita em «escala» e, ao mesmo tempo, «mantendo os modos de fabrico herdados do passado».
«Estamos a contactar produtores de fumeiro e doçaria regional mas queremos abranger todos os produtos agrícolas dos três concelhos», acrescentou Anabela Torrão. Produtos como o vinho, mel, pão, carnes provenientes de raças autóctones e fumeiros «estão na linha da frente das preferências». «Ainda esta semana vamos proceder à escritura que vai dar origem à Associação Sabores de Miranda, para depois se agendar uma assembleia geral onde serão eleitos os órgãos sociais do futuro organismo», destacou a autarca.
Um dos primeiros passos do organismo certificador será o fazer o levantamento dos produtos endógenos da região, para depois serem certificados e comercializados. «Há já um grupo de produtores interessados em avançar com a constituição da associação, entidade que passará a ditar regras de comercialização e certificação dos produtos regionais», concluiu Anabela Torrão.
jcl (com agência Lusa)
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