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Página Principal  /  Arroz com Todos • Opinião  /  O Gigante que gostava das pessoas
21 Novembro 2012

O Gigante que gostava das pessoas

Por João Valente
João Valente
Arroz com Todos, Opinião desertificação, gigante, joão valente 1 Comentário

Há assuntos que se explicam melhor por fábula. Aqui vai portanto a minha opinião ao artigo do António Marques, sobre a desertificação do Sabugal.

Gigante
Gigante

Havia numa terra um Gigante que adorava pessoas. Não exactamente como é comum gostar-se de pessoas. O Gigante adorava comer pessoas.

Tudo começou num dia, há muito tempo, por acaso, quando ele estava deitado à beira de um caminho onde passava um lavrador.

Sem saber o que estava a fazer, tentou comer-lhe um pé, só para se divertir do pobre homem. Depois, apreciando o sabor, tentou comer uma mão, e logo a seguir um braço, e quando deu conta já tinha comido uma pessoa inteira.

Tomando-lhe o gosto, passou a frequentar os lugares habitados, para comer pessoas. E ao fim de uns dias já engolia um adulto inteiro de uma só vez, à velocidade de um raio.

Mas esta é a parte melhor: Quanto mais gente comia, mais apetite tinha. E em vez de comer uma pessoa inteira de cada vez, já devorava às dezenas e centenas ao mesmo tempo, porque não era esquisito e o seu apetite era cada vez mais insaciável.

E foi aí que as coisas começaram a dar para o torto. As pessoas começaram a escassear, porque o gigante andava a comer pessoas a mais e muito depressa.

E aqui vem a parte pior: O Gigante tinha cada vez menos gente para comer. Foi ter com ele uma deputação de pessoas corajosas e disseram-lhe que não podia comer mais gente, porque assim desertificava-se a terra.

O Gigante deixou-se ficar sentado a pensar durante um tempo na verdade daquele raciocínio. Mas o seu apetite era insaciável e habituara-se à carne humana. O que é que ele podia fazer?

Então, quase sem pensar, arrebanhou do chão a delegação e comeu-a. E viu que era saborosa! E continuou a matança…

O Gigante chamava-se Fome!

A terra… Esquecimento!

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«Arroz com Todos», opinião de João Valente

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João Valente
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1 Comentário

  1. Ramiro Matos Ramiro Matos Responder a Ramiro
    Quinta-feira, 22 Novembro, 2012 às 7:27

    Caro João Valente

    Permito-me criar um novo final para a tua fábula:
    “Mas nas serras de Malcata e das Mesas um punhado de homens e mulheres lançavam os primeiros sinais de revolta, acreditando que o gigante podia ser derrotado pela capacidade, força e união daquele Povo.
    A terra chamava-se agora… esperança!”
    Ramiro Matos

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