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Página Principal  /  Arroz com Todos • Manuel António Pina • Sabugal  /  Praça Manuel António Pina
24 Outubro 2012

Praça Manuel António Pina

Por João Valente
João Valente
Arroz com Todos, Manuel António Pina, Sabugal joão valente Deixar Comentário

A Câmara do Sabugal vai requalificar a Praça da República, arrancando os cotos das árvores que cortou em redor do chafariz, plantando de seguida, ao que parece, uns medronheiros.

Manuel António Pina durante uma reportagem no Sabugal

Assim como assim, a República já anda de «penas para o ar»…

O crime de cortar as árvores, já não pode a Câmara repará-lo. Como dizia o Manuel António Pina, no prefácio de um livro sobre o mundo das árvores, elas «são seres silenciosos que, a nosso lado, partilha quotidianamente a mesma única vida, a sua e a nossa vida. Mas damos por elas, as árvores, tão comum e familiar é a sua antiquíssima presença perto de nós, e tão anónima. A maior parte das vezes pouco mais somos capazes de dizer do que “árvores”, porque também as nossas palavras se foram, pouco a pouco, tornando silenciosas. E, no entanto, cada árvore, como cada um de nós, é um ser absoluto e irrepetível, idêntico e apenas mutuamente a si mesmo, uma vida única com uma história única, um passado para sempre atado, de forma única, ao nosso próprio passado».

Mas pode muito bem, se quiser emendar a mão, minimizando o estrago, da forma como passo a explicar:

Manuel António Pina teve uma ligação afectiva com aquele largo, aquelas árvores e aquele chafariz que se situa bem defronte da casa onde nasceu, como podem testemunhar algumas pessoas que com ele privaram na intimidade e ouviram histórias das suas brincadeiras naquele largo.

Numa recente entrevista o Manuel A. Pina manifestou a sua gratidão por ter sido lembrado e agraciado pela câmara da sua terra natal, terra essa a quem o ligava um profundo afecto, testemunhado nessa mesma entrevista.

Na TSF, por ocasião da morte do poeta, Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura e amigo do poeta, que sabia da paixão daquele por gatos e árvores, sugeriu que em nome do poeta maior, que desapareceu, devia ser plantada uma árvore.

A árvore que mais associada está ao poeta, por estar no seu quintal, é a macieira, conforme refere o poeta num poema do seu livro «Como se desenha uma casa»:

Anoiteceu, apagamos a luz e, depois,
como uma foto que se guarda na carteira,
iluminam-se no quintal as flores da macieira
e, no papel de parede, agitam-se as recordações.

Porque não dá a câmara ao Largo o nome do poeta e planta em redor da fonte umas macieiras?

É coisa simples de fazer, homenageava-se um homem bom e excelente poeta da terra, e ouro sobre azul, apagava-se a burrice feita!

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«Arroz com Todos», opinião de João Valente

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