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Página Principal  /  Aldeia Velha • Beira Interior • Nacional / Internacional • Política • Raia e Coriscos • Região Raiana  /  O que será do Interior?
13 Setembro 2012

O que será do Interior?

Por António Pissarra
António Pissarra
Aldeia Velha, Beira Interior, Nacional / Internacional, Política, Raia e Coriscos, Região Raiana antónio pissarra, cavaco silva, interior, passos coelho, raia, troika 4 Comentários

Ainda que se queira falar noutros assuntos, a verdade é que a austeridade, que já vínhamos sentindo, inflacionada com as medidas que o Governo anuncia, já para este ano e para o próximo, tornam incontornável a abordagem do tema, nomeadamente naquilo que à região se refere.

Placa indicativa em Aldeia do Bispo para Guarda Fiscal, Fóios e Navasfrias (Espanha)

O País está em choque e o Governo, com destaque principal para Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar conseguiu algo inacreditável que é a quase unanimidade da crítica negativa, da Esquerda à Direita. Várias figuras destacadas dos partidos da coligação não têm «papas na língua» para qualificar o que consideram o disparate de algumas das propostas do Governo.

A verdade é que o Povo tem memória curta e disso sabem bem os políticos profissionais que gerem a sua própria memória à medida das suas conveniências. Quer isto dizer que não chegámos ao atual estado de coisas «por obra e graça do Espírito Santo». Foram anos e anos de má gestão, de aumentar orçamentos todos os anos, embora os de anos anteriores fossem deficitários. Foi muita corrupção, muito desperdício em negócios ruinosos que só beneficiaram os intervenientes… Enfim, os partidos mudam de opinião rapidamente após o dia das eleições, conforme o resultado, embora não haja dúvidas que todos mentem deliberadamente para obter as boas graças do eleitorado que se apresenta irracionalmente crédulo e com os tais problemas de memória.

Penso que não existem muitas dúvidas sobre os responsáveis da situação a que chegámos. Sabemos que a culpa não é dos políticos, mas sim do alcatrão, do cimento, das parcerias público-privadas, das fundações…

Enfim, a culpa «morreu solteira». Sabemos que o Estado é um sorvedouro de recursos, que o Estado é mau pagador e implacável cobrador, que o Estado é responsável pela falência de inúmeras empresas, por essas razões, mas o Estado tem tido líderes desde 1974. Ora, aquilo a que temos assistido é à degradação da qualidade de vida dos portugueses por um Estado canibal até chegarmos à beira do precipício da bancarrota.

Perante a inevitabilidade da ajuda externa importava ter dirigentes que fossem suficientemente criativos para atenuar as ondas de choque da intervenção troikiana, dirigentes que fossem suficientemente corajosos para tomarem as medidas corretas no sentido de aliviar a economia nacional do «regabofe» que tem sido nas últimas décadas. No entanto, parece não ser assim e aquilo a que vimos assistindo é a atitudes experimentalistas que culminaram com a perda de paciência do bom Povo Português, com críticas vindas de todo o lado e até com a troika a demarcar-se de algumas iniciativas, como a das anunciadas alterações às regras sobre a Taxa Social Única.

O País orienta-se numa direção que não sabemos onde pode terminar e neste contexto são os mais frágeis, os mais pobres, os mais prejudicados. Nesta perspectiva, o Interior, nomeadamente o concelho do Sabugal, nada pode esperar de bom. Os tecnocratas de Lisboa continuarão a governar pessoas e território com a lógica dos números, funcionando o princípio da «pescadinha de rabo na boca»; quer isto dizer que cada vez há menos gente e, consequentemente, são necessários menos serviços, cada vez há menos serviços, logo menos gente. Tem sido assim desde os tempos de Cavaco Silva, mais a sua ideia em fazer uma grande capital (Lisboa) que servisse de locomotiva ao País. Como damos conta, um destes dias a locomotiva não tem nada para puxar.

O fecho do tribunal do Sabugal é um bom exemplo daquilo que referimos. A falta de alternativas aos serviços transfronteiriços que terminaram, outro exemplo. O fecho de escolas. A falta de uma política fiscal suficientemente atrativa que levasse à instalação de empresas produtoras de bens transacionáveis, idem. Enfim, uma tragédia ainda maior que aquela que vive globalmente o País.

O que será do Interior?

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«Raia e Coriscos», opinião de António Pissarra

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4 Comments

  1. João Aristides Duarte João Duarte Responder a João
    Segunda-feira, 17 Setembro, 2012 às 19:53

    Esse bando de malfeitores eu sei bem qual é…

  2. João Aristides Duarte João Duarte Responder a João
    Sábado, 15 Setembro, 2012 às 14:39

    Isso de ser desde 1974 tem muito que se lhe diga… O estado a que chegámos não começou em 1974, mas a partir de 25 de Novembro de 1975… E foi o Povo que assim o quis… teve o poder todo nas mãos (como nunca teve noutra época da História de Portugal) e não descansou enquanto não o entregou ao primeiro Soares ou Sá que lhe apareceu à frente!!!!

    • Avatar pissarraAntónio Pissarra Responder a pissarraAntónio
      Segunda-feira, 17 Setembro, 2012 às 10:44

      Duarte, fala-se ‘desde 1974’ porque era suposto que o 25 de abril trouxesse mais que esperança aos portugueses. Viesse com justiça social, menos corrupção, mais cultura, mais saúde, mais educação e, embora em boa parte assim tenha sido, o que se tem verificado é a degradação da vida política portuguesa. Em boa medida Portugal foi assaltado por um bando de malfeitores. http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/08/paulo-morais-convida-os-corruptos-terem.html

  3. Avatar João Valente Responder a João
    Quinta-feira, 13 Setembro, 2012 às 17:29

    O interior está entregue a si próprio…

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