Mais do que nunca devemos acreditar e lutar pelos ideais de Abril e pelos direitos dos trabalhadores!
A 25 de Abril de 1974 um conjunto de militares soube ler a vontade de um povo que queria viver melhor!
O conceito de democracia talvez não fosse aquele que largas camadas da população portuguesa considerariam como o objetivo a atingir. Mas as condições de vida miseráveis para que o regime antidemocrático nos conduzira:
Um País, com uma larga percentagem de portugueses sem água, sem eletricidade, sem comunicações, vivendo em casas sem qualidade, sem acesso à saúde e à educação;
Um País em guerra sem razão, exterminando e estropiando largos milhares de jovens;
Um País sem direito de decidir o destino de Portugal;
Um País (ao contrário do que alguns dizem) falido e mal visto em todo o Mundo;
Um País assim tinha de mudar! E se o 25 de Abril foi o dia da libertação e da esperança, os anos que se seguiram até hoje mostraram que o caminho era e é difícil. Muito caminho foi feito, muito há ainda para fazer.
E num momento como este em que uns «garotos armados em espertos» nos querem fazer crer que temos de abdicar de quase tudo o que alcançámos nestes 37 anos, mais urgente é percebermos que temos de reagir!
Temos de reagir porque os direitos que conquistámos, a melhoria da qualidade de vida que alcançámos não são anéis que possamos perder.
São os dedos das nossas mãos, são o pão da nossa boca, são o futuro que queremos deixar aos nossos filhos!
E se a comemoração do 25 de Abril nos deve motivar a lutar pelos nossos direitos, o 1.º de maio, dia do trabalhador, deve ser igualmente o momento de todos os que vivem do seu trabalho perceberem que está hoje em causa quase tudo o que motivou as suas lutas de antes e depois de Abril.
Com falácias e com mentiras, estes «garotos» querem fazer passar a ideia de que tudo o que de mal está em Portugal se deve aos trabalhadores!
A história ensina que nunca os trabalhadores alcançaram alguma coisa por vontade própria dos patrões ou dos governos. A resposta tem de ser dada por vós, nos vossos locais de trabalho, nas vossas organizações sindicais, na rua, se necessário for.
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ps. Entre o 25 de Abril e o 1 de maio realizam-se no Concelho do Sabugal dois eventos profundamente democráticos, para os quais incentivo todos a participar.
No dia 27 de abril mais uma Sessão da Assembleia Municipal, órgão democrático por excelência, só possível porque o 25 de Abril permitiu criar um verdadeiro Poder Local.
No dia 28 de abril a Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sabugal, onde todos os sócios deveriam estar, num momento particularmente grave para a vida dos Bombeiros Voluntários que poderá mesmo fazer perigar a continuidade do serviço público prestado, especialmente no que diz respeito ao transporte de doentes.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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🙂
O 1.º de Maio é que devia acabar… os trabalhadores estão em vias de extinção!