A Câmara Municipal do Sabugal defronta-se com um problema inesperado: os terrenos para onde se prevê a construção do hotel das Termas do Cró, estão afinal classificados como Reserva Ecológica Nacional (REN), facto que inviabiliza a construção do empreendimento.
Depois de ter chegado ao fim o concurso público para construção e exploração de uma unidade hoteleira na estância termal do Cró, e de se ter apresentado a concurso um único concorrente, a Câmara Municipal depara-se com a constatação de que as obras não poderão avançar devido à classificação dos terrenos.
A impossibilidade de construção apenas poderá ser contornada com uma alteração ao Plano Director Municipal (PDM) do Sabugal, processo que se afigura difícil e moroso, o que tem feito com que o presidente da Câmara Municipal, António Robalo, se desloque amiudadamente a Coimbra, tentando desbloquear a situação junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Capeia Arraiana sabe que antes de ser lançado o concurso para a construção do hotel, o presidente terá sido alertado para o problema pelos serviços técnicos da autarquia, mas, mesmo assim, manteve o concurso.
Ao concurso concorreu apenas uma empresa, a Natura Empreendimento SA, sedeada na Meda, a qual tem por actividade económica o turismo em espaço rural. Com um capital social de 50 mil euros, a empresa foi formada há um ano por quatro empresários, cuja experiência no sector do turismo advém da implementação do projecto Civilcasa, formado há oito anos e que tem já concluídos algums projectos imobiliários e outros em curso, nomeadamente na região de Aveiro.
Depois da «bronca» criada com a suspensão da obra de execução de um percurso de interpretação na margem da albufeira do Sabugal, por terem sido descobertos erros insanáveis no projecto, nomeadamente o facto do percurso projectado estar em parte submerso pelas águas, emerge agora uma nova «calinada». Erros sucessivos têm feito com que as obras não avancem e os projectos não se concretizem.
plb