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Página Principal  /  A Minha Aldeia • Casteleiro • Vinhas / Vinhos  /  Casteleiro – terra de bom vinho
12 Março 2012

Casteleiro – terra de bom vinho

Por José Carlos Mendes
José Carlos Mendes
A Minha Aldeia, Casteleiro, Vinhas / Vinhos josé carlos mendes 1 Comentário

A produção de vinho – de bom vinho – é no Casteleiro uma arte secular, se não mesmo milenar, meus amigos. Querem aprender? Leiam esta peça até ao fim.

No dia 4 de Março, realizou-se um Festival em que mais um vinho do Casteleiro foi premiado, como pode ler aqui. E o mesmo já acontecera há um ano. Parabéns aos amigos produtores.

«O vinho branco produzido pelo José Joaquim Nabais do Casteleiro, alcançou o 1.º lugar da sua classe (Terras Quentes) no II Festival Graminês organizado pelo Jornal “Cinco Quinas”».
«Já na primeira edição, em 2011, a dupla José Manuel Gonçalves/Carlos Gonçalves tinham conquistado o 2.º lugar na categoria de tintos».

A vindima era uma festa

Não haverá ninguém dos que me estão a ler que não saiba (muitos, muito melhor do que eu) como se faz toda a faina do vinho, do cultivo da videira à venda de parte e ingestão de outra parte do próprio vinho.

Plantar videiras, tratar delas, acarinhar toda a sua vida, podar com sabedoria – coisa que poucos sabem fazer mesmo a sério, são faces de uma só moeda: fazer bom vinho.

Lá por Outubro, cavavam-se as vides (era assim que se falava).

Depois, no inverno, era o tempo de dar toda a tenção à bicharada que pode estragar as videiras e os botões que vão dar os cachos de uvas.

Lembro-me de ouvir falar do míldio e do oídio. Devem ser verdadeiras pragas, para me lembrar tão bem de palavrões tão estranhos…

A seguir à Primavera, podavam-se. Uma arte que poucos dominavam. Depois, até à vindima, não se toca mais na planta: só para colher as uvas.

É a vindima: uma festa na aldeia, por toda a aldeia, em cada casa.

Fabricar o vinho

A uva era colhida para cestos, daí ia para a dorna e daí para o lagar, se fosse o caso. Podia ser esmagada na dorna ou no lagar. Sempre com os pés descalços – e bem lavados, espera-se.

Em todo o caso, o vinho depois disso ferve e limpa tudo. O que sobra é o engaço. Se se quiser tirar algum mosto, é esta a altura: antes de ferver. Mesmo antes. Depois ficava a ferver uns dias e finalmente era metido nos pipos ou nas pipas, dependendo da quantidade: era a estrafega, penso.

Assim ficava, bem vedado na vasilha por umas semanas.

Mas…

«No dia de São Martinho, Vai à adega e prova o vinho.»

Regra sagrada. Milenar, talvez, já que o nosso vinho deve ter vindo da Grécia para Roma há quase 7 mil anos e de Roma para aqui há quase dois mil. Uma parte, se fosse o caso, vendia-se. O resto ficava para consumo em todo o ano. Nada melhor, para os apreciadores.

Já há mais de dois séculos a abundância de vinho no Casteleiro era referida, a par de outras produções: «(Resposta n.º) 15 – Os frutos que nesta terra se colhem em maior abundância são centeio, vinho e azeite castanha e linho, mas esta maior abundância apenas…a terras fortes» – isto escreveu o Cura Manuel Pires Leal no seu Relatório para o Marquês de Pombal em 1758.

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«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Abril de 2012.)

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José Carlos Mendes
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1 Comentário

  1. Avatar Manuel Leal Freire MANUELLEALFREIRE Responder
    Segunda-feira, 12 Março, 2012 às 13:31

    O vinho do Casteleiro é inquestionavelmente um vinho de excelencia–o que se deve tanto pelas particularidades do clima como pela estrutura dos solos que foram abacelados.
    As grandes casas agricolas da freguesia..–TAVARES DE MELO e MENDES GUERRA-obtinham indices de qualidade que nao destoavam face aos melhores LAGOA.DAO.COLARES,CARAXO,DOURO
    E até os lavradores meoes coseguiam autenticos vintages.
    Os grandes apreciadores da vila do Sabugal e da cidade da Guarda e até mesmo moradores de Coimbra e de Lisboa tinham por habito adquirir as colheitas de produtores locais que primavam pela qualidade.
    O professor Carlos Cavaleiro.anfitriao que tao fidalgamente recebia na ua casa do Sabugal,o doutor Francisco Bigotte,conhecido advogado na Guarda,eramapenas dois dos grandes propagandistas dos vinhos da freguesia que também se podiam edncontrar no Paço Episcopal,na Quininha,nos vários estabelecimentos do famoso JOAO DO GRAO,o mais ganial dois cozinheiros e criador de petisqueiras no velho burgo de Dom Sancho

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