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Página Principal  /  Bismula • Opinião • Política • Politique d' Abbord  /  Platão, Aristóteles, Montesquieu, Marx…
24 Setembro 2011

Platão, Aristóteles, Montesquieu, Marx…

Por Manuel Leal Freire
Manuel Leal Freire
Bismula, Opinião, Política, Politique d' Abbord aristóteles, manuel leal freire, marx, montesquieu, platão 8 Comentários

Platão critica violentamente o regime democrático, porque incompatível com governantes que governem e governados que se deixem governar.

Platão e Aristóteles
Platão e Aristóteles

Os primeiros, tolhidos pelo temor de estarem permanentemente a ser postos em causa pelos segundos entram facilmente pelos caminhos da liberalidade, que conduz à asfixia económico-financeira, e da desresponsabilização que leva à anarquia.

O tempo de vacas magras que inevitavelmente se sucede ao do abate das vacas gordas leva a que os governados reclamem por um protector em vestes de senhor absoluto.

A democracia, para Platão, é autofágica, tendo por limite temporal uma digestão colectiva. Por sua vez, Aristóteles tem uma atitude mais empírica para com as formas de governo, boas ou más, não em si próprias, mas segundo as circunstâncias.

Assim, a monarquia só se imporá se o soberano se distinguir pelas qualidades pessoais que o exornem, necessariamente postas ao serviço não dele próprio, nem de determinadas categorias dos seus súbditos, mas do bem comum.

A aristocracia, excelente como governo dos melhores, pode degenerar se aprisonada pelos oligarcas, que, à virtude sobrepoem o lucro. E de degenerescência em degenerescência, acaba por cair na plutocracia, quintessência das tiranias, mas apresentada pelos media, que domina, como ao serviço do povo. E o povo ingenuamente acredita.

Montesquieu introduz no sistema um elemento novo – o clima – vocábulo que exprimirá o conjunto das condições, não apenas geográficas, mas históricas, económicas, financeiras, sociais, educacionais do povo a governar.

Princípios que os descolonizadores e as potências ditas anticolonialistas, mas que, todavia, não passam de aves de rapina sobre os descolonizados, nunca tiveram, nem têm em linha de conta. A esta luz, um mau sistema político é o que favorece os vícios do clima, pactuando com eles.

Inversamente, será bom o que se opõe a tais vícios, atenuando-os ou, se possivel, eliminando-os.
Tarefas estas impossíveis num sistema democrático em que o povo é simultaneamente governante e governado.

Marx resolve o problema destacando do povo uns tantos iluminados que governarão.

Não difere a solução de Servan-Schreiber, a não ser no critério de escolha.
Marx confia o poder aos inimigos do lucro. Servan aos idolatras do lucro, nem que este provenha do logro, sua depravação.

:: ::
«Politique d’Abbord – Reflexões de um Politólogo», opinião de Manuel Leal Freire

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Manuel Leal Freire
Manuel Leal Freire

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8 Comments

  1. Avatar António Emidio Responder a António
    Quarta-feira, 28 Setembro, 2011 às 12:51

    Amigos Duarte e João Valente:

    Francis Fukuyama considerava-se neoconservador, amante das política de Bush ( filho ), por isso escreveu « O fim da história e o último homem », acontece que começou a ver a cambada que eram e, ainda são os neoconservadores, Diz ele agora: « Cheguei à conclusão de que o neoconservadorismo, quer como simbolo político, quer como corpo de reflexão teórica, tinha evoluido para algo que eu deixei de conseguir apoiar ». Agora a história ainda não chegou ao fim ! Estes « enganos » acontecem quando não temos ideais, escrevemos para agradar…E ele escreveu que a humanidade seria governada até ao fim dos séculos com a mentalidade neoconservadora. Há gente para tudo…Até para lençar um «petardo » destes.

    • Avatar João Valente Responder a João
      Quinta-feira, 29 Setembro, 2011 às 14:38

      Fukuyam fala da democracia liberal… numa perspectiva tleológica da história fundada na filosofia kantiana, que superou o conceito Platónico e Aristotélico da ciclicidade da história, e no idealismo Hegliano, o primeiro autor moderno de uma história universal. O próprio Marx foi o maior interprete de Hegel no sec. XIX, do qual retirou a teoria do reconhecimento, que transformou em dialéctica, para justificar a racionalidade da evolução histórica da humanidade até um fim lógico de superação completa do instinto de sobrevivência, presente no homem dos primórdios da história. Aliás a dialética, não é conceito Marxista, nem tão pouco Hegliano, mas socrático; mas adiante! Só que Fukuyama foi pela via idealista, Marx, pela materialista. Ambos defendem o fim da história, isto é, a história com uma evolução racional e teleológica. Marx pela sociedade marxista sem classes (em que já não há essa necessidade de reconhecimento natural do homem, por serem todos iguais), mas para atingir esse fim mais rapidamente, é necessário uma entidade, Estado, que, através da ditadura do proletariado, imponha a superação completa de classes. Já vimos que Marx estava enganado. A queda dos regimes comunistas provou que este não é o estádio final da história. Fukuyama, diferentemente, chega a este estádio pela evolução natural da humanidade, não imposta com Marx, para um estádio de sociedades que reconheçam a igualdade de direitos e de participação política, a que chama democracia liberal. A questão é saber se, ao contrario de Marx, tem Fukuyama razão, ou não. O tempo o dirá…

  2. João Aristides Duarte João Duarte Responder a João
    Terça-feira, 27 Setembro, 2011 às 18:56

    Esse título “O Fim da História” é bem enganador, não?

    • Avatar João Valente Responder a João
      Quinta-feira, 29 Setembro, 2011 às 14:48

      É… engana mesmo… não é fim de termo.. mas no sentido teleológico, evolução natural e lógica para a superação da necessidade de reconhecimento imposta pelo instinto de auto-conservação e medo da morte natural ao homem. Quando chegar a este estádio de superação, a história atingiu o seu fim. Penso que foi Hegel que disse, neste sentido é claro, que o fim da história atingiu-se na batalha de iena em 1804. Foi a partir daqui que a humanidade chegou a um tipo de sociedade (democracia liberal) em que, pelo reconhecimento de igualdade de direitos entre todos os homens, tornou anacrónica a luta pelo reconhecimento de que derivaram os regimes e sistemas políticos anteriores, nomeadamente as monarquias absolutas.

  3. Avatar joao valente Responder a joao
    Segunda-feira, 26 Setembro, 2011 às 15:51

    A democracia (liberal,ou não). apesar dos seus defeitos, ainda é o melhor sistema politico, pela igualdade de direitos e de participação politica que porporciona. Aliás, na “Política”, Platão refere com terceiro elemento da alma o “Thymus” (Animo), que leva ao desejo de reconhecimento da parte dos outros e é a fonte de todas as lutas e desigualdades sociais e politicas, porque leva ao dominio dos mais fortes e subjugação dos mais fracos. O regime democrático, pela isocracia que proporciona, satisfaz este desejo de reconhecimento humano nivelando juridicamente todos os homens. Neste sentido, a democracia é o ultimo estadio civilazicional da humanidade. Para melhor se perceber, leia-se o excelente livro de filosofia política de Francis Fukuyama “O fim da História e o ùltimo Homem” Ed. Gradiva.

  4. Avatar joao valente Responder a joao
    Segunda-feira, 26 Setembro, 2011 às 12:39

    O must do pensamento e filosofia poitica e o livro de francis fukuyma, o fim da historia e o ultimo homem, onde demonstra elequentemente que amaiorconquista civizacional e a democracia liberal. A democracia pode ter muitos defeitos,mas ainda e, pela igualdade de direitos entre os cidadaos e palaigualdade de oportunidades politicas,omelhor sistema de organizacao politica para oshomens.

  5. Avatar Pedro Pereira Responder a Pedro
    Sábado, 24 Setembro, 2011 às 19:55

    Aristóteles e Platão acreditavam que a Terra era plana e o centro do Universo. Daí fazer extrapolações maiores do que sejam o genial método de reflexão que criaram ou das conclusões complexas a que, realçando o anacronismo, chegaram, vai um grande caminho.

    Criticar negativamente a democracia é trabalho fácil e podemos encontrar outros vultos da História da Humanidade que o fizeram com grande sucesso: Estaline, Hitler, Mussolini, Salazar… Criticar o facto de os poderosos tomarem o poder na democracia, é falácia a quem nem os sofistas se atreveriam. Em todos os regimes, desde o feudalista ao comunista, acaba por criar-se uma elite de oligarcas, plutocratas e outros “arcas” que sugam a liberdade e a produtividade de um povo domesticado e agrilhoado.

    Nos regimes democráticos, apesar dos vícios de que obviamente padecem, o povo é chamado a escolher e a pronunciar-se, além de ter a possibilidade de demonstrar o descontentamento e de mudar as coisas, como o fizeram os islandeses, que não precisaram de revolução nenhuma nem de salvador da pátria providencial. Puseram mãos à obra.

    Concordo com o António Emídio quando diz que o estado de coisas faz perigar um futuro livre e justo. Mas ainda vivemos tempos em que cada um de nós pode fazer alguma coisa. O breu cairá no dia em que não pudermos sequer dizer que o que está, está mal, como de facto está, esteve e tem estado.

  6. Avatar António Emidio Responder a António
    Sábado, 24 Setembro, 2011 às 14:10

    Mestre Leal Freire:

    Os primeiros a dar conta das deficiências da Democracia foram os gregos, é lógico, foram os seus fundadores.
    Platão dizia que um dos defeitos principais desta forma de governo, a Democracia, é que em vez de pôr no poder verdadeiros homens de Estado para servirem o bem comum, gerava políticos interessados somente em acumular poder e dinheiro.
    Também dizia Platão, que a longo prazo a Democracia não pode funcionar optimamente porque os eleitores não têm a cultura suficiente para elegerem os melhores, os « aristói ».
    O pensamento clássico grego, em relação a este tema, está actual, temos Políticos, não temos Estadistas.
    O grande problema actual da Democracia, é que os governantes são escolhidos pela comunicação social controlada pelo grande poder económico, já Platão dizia desta gente podeosa e rica quando governava: « O pior castigo é sermos governados pelos maus e pelos vis ». Aos amantes da Democracia só lhes resta lutar para modificar todo este estado de coisas e, voltar a fazer dela o governo do Povo e para o Povo.
    Impensável, para mim, vêr no meu País três ou quatro estrangeiros terem mais poder de decisão do que milhões de eleitores…Infelizmente tenho que o dizer: isto não é Democracia!

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