Na passada quarta-feira, dia 10, do corrente mês de Agosto, por volta das 18 horas, o telefone tocou em minha casa. Do outro lado falou-me o Sr. Padre Carlos Martins para me dizer que tinha acabado de chegar à sua residência um grupo de jovens, católicas peregrinas, de várias nacionalidades, França, Lituânia, Bélgica, Holanda, China e que tinham como objectivo alcançar Madrid e poderem rezar com o Papa.
Ler MaisO Festival Sobressalto decorreu durante três noites de música e animação na freguesia da Castanheira, concelho da Guarda. Tudo o que aconteceu na Rua do Forno é da responsabilidade dos irreverentes «musicólogos» da Fanfarra Sacabuxa. Reportagem da jornalista Andreia Marques com imagem de Miguel Almeida da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).
Em 2010 a Associação Recreativa e a Junta de Freguesia da Moita-Jardim (Sabugal) organizaram a primeira semana cultural que se destacou pela sua originalidade (combinar a exposição de artistas locais de belas artes com as tradicionais actividades festivas e recreativas) e pelo franco sucesso de uma mostra do escultor Augusto Tomáz, cuja reputação já ultrapassou as fronteiras do país. A segunda edição da semana cultural – uma semana de arte e alegria – conta entre outros com os «Guardiões da Lua» da Quarta-feira.
Sem divulgação nenhuma na comunicação social (por termos um pouco negligenciado esse aspecto), cerca de 500 visitantes, ou seja o triplo de habitantes que tem esta pequenina aldeia, vieram admirar as esculturas do artista que tem o seu atelier em Santo Estêvão.
O sucesso alcançado levou-nos a repetir a iniciativa que pretende valorizar artistas da região. Escolhemos para este ano, destacar no pavilhão da junta os pintores Joaquim Nabais (Benquerença) e Joaquim Augusto Capelo Mendes (Sto. Estêvão). Às obras destes dois criadores que têm em comum uma notável mestria da sua arte, justapor-se-ão os quadros de pintores amadores da Moita (Suzana Ladeiro, Ana Catarina Mendes, Palmira Travancinha), o artesanato de bijutaria de Raquel Campos, e uma amostra da fabulosa colecção de velharias de Joaquim Soares Reis.
A exposição insere-se no âmbito de uma semana de actividades que conta ainda com as exibições do Rancho Folclórico de Sortelha (dia 12), Grupo Coral do Sabugal e grupo de cantares Toca da Moura de Caria (dia 13), Grupo de adufeiros (dia 14), Grupo de cantares da Meimoa (dia 15), Grupo de teatro «Guardiões da Lua» (dia 16), concerto de acordeão (dia 17), noite de fados (dia 18).
Nesta terra pobre mas rica em paisagens, não faltará também para o prazer dos olhos e do coração uma caminhada pelo interior (domingo 14 às 8 da manhã).
Segue-se, nos dias 19, 20, 21, 22 a festa do Santíssimo Sacramento.
São assim ao todo 11 dias de animação com poucos meios mas grande ambição de qualidade para todos os gostos numa das aldeias mais pequenas do concelho. Os dados alarmantes do último censo (-40% de residentes) não devem alterar a nossa determinação para que residentes, migrantes e emigrantes guardem intacto o amor que têm pela terra.
Dar a descobrir artistas de qualidade da região é a nossa maneira de despertar os sentidos.
Para os forasteiros também abriremos as portas da igreja cuja restauração foi há poucas semanas saudada pelo bispo da guarda. As esculturas agora instaladas no adro, belas, intrigantes, modernas e um tanto provocadoras, que têm a assinatura de Augusto Tomáz, também merecem o desvio. A Moita Jardim conta agora com a fonte pública mais original da região, sem que tenha jorrado nenhuma polémica.
A inauguração da exposição está marcada para no sábado, dia 13 de agosto, pelas 18 horas, e poderá ser visitada todos os dias das 16.00 às 21.00 horas. Será sempre bem-vindo.
António Joaquim Nabais Moreno
(Presidente da Junta de Freguesia da Moita-Jardim)
:: :: CAVALOS… CAVALOS… CAVALOS… :: ::
«Onde existem touros há geralmente cavalos, como acontece em Riba-Côa. Frequentemente aponta-se como origem das capeias arraianas a tradicional existência de gado na Genestosa espanhola; mas a verdade é que a presença de gado bovino e equino em Riba-Côa é ancestral, como prova o foral leonês de Alfaiates, que sobre o assunto tem variadíssimos preceitos legais. Aí se diz, por exemplo, que um guardador de gado recebia por cada quatro éguas guardadas um morabitino; os proprietários de mais de 25 vacas teriam de as registar, e para as vistorias do concelho teriam que disponibilizar um cavaleiro.»
(Clique nas imagens para ampliar.)
A Câmara Municipal de Penamacor requalificou a torre de menagem da vila, abrindo-a como miradouro e espaço museológico. O investimento permitiu a instalação de painéis informativos sobre a evolução histórica do concelho, uma maqueta sobre a antiga fortificação e uma montra que reúne alguns dos objetos descobertos nas escavações arqueológicas realizadas nos últimos anos.
O Castelo de Penamacor, entendido como toda a área amuralhada do antigo burgo medieval, continua a exercer sobre o visitante a atracção e o fascínio que emanam dos lugares históricos, seja por simples curiosidade, seja pela sensação aventurosa e romântica de um imaginado regresso ao passado que inspiram. A Torre de Menagem, singular monumento que impressiona pela sua extraordinária robustez, tornou-se de há muito na imagem que todo o visitante retém da vila. É, incontestavelmente, o símbolo de Penamacor.
A Câmara Municipal procedeu recentemente à beneficiação do seu interior, por forma a criar motivos adicionais de interesse ao visitante, procedendo a alguns apontamentos museográficos, baseados nos materiais levantados nas campanhas arqueológicas que decorreram nos últimos anos, bem como à implantação, no eirado, de um miradouro apoiado em painéis de leitura do horizonte e luneta telescópica. Na prática, estamos perante um centro de interpretação do antigo castelo, onde não falta uma maquete da vila medieval, tal como ainda se apresentava no século XVI.
Testemunhos arqueológicos indicam que houve em Penamacor uma ocupação romana, de natureza militar, para defesa da região e da estrada que de Alcântara (Espanha) passava pela Guarda em direção ao centro de Portugal. Não é de admirar que todos os povos que invadiram a Península conservassem a sua fortaleza.
Com o intuito de consolidar as suas vitórias sobre os muçulmanos, D. Sancho I doou Penamacor à Ordem do Templo, que ao que parece não fez o que se esparava, pois, 1187, D. Sancho I encontrou o lugar abandonado. Ordenou, então, a construção do castelo e da Torre de Menagem e a repovoação do lugar. Devido ao sucesso destas medidas, o rei concedeu-lhe foral, em 1189 ou 1199, promovendo-a a vila e cercando-a de uma forte muralha. o foral foi renovado em 1209 e confirmado por D. Afonso II, 1217.
Em 1300, D. Dinis mandou construir uma segunda muralha em redor da vila, para proteger a população que aumentara.
Durante os reinados de D. Fernando, D. João I e D. Manuel I foram feitas reparações, tendo este último concedido foral em 1510.
Aos poucos foi perdendo a sua importância defensiva, sendo afastada do serviço ativo no ano de 1834.
O que resta do castelo é uma extensão de muralha com uma porta de entrada fortificada a norte, agora transformada em museu; um pelourinho do século XVI em frente à entrada, no exterior da muralha; uma torre sineira, outrora, talvez, uma torre de menagem; e, uma torre de vigia imponente, construída por D. Manuel I.
No cimo do monumento encontra-se um miradouro equipado com painéis informativos e uma luneta, que proporciona uma vista de 360 graus.
No alto é possível observar Espanha, a aldeia histórica de Monsanto, Castelo Branco e as serras da Gardunha, Estrela e da Malcata.
A requalificação do espaço foi feita recorrendo a funcionários da Câmara Municipal de Penamacor e com um investimento de apenas 10 mil euros.
«Ainda há muito trabalho para fazer na zona histórica e neste momento estamos a delinear o acesso à própria torre», explica Domingos Torrão, presidente da Câmara Municipal de Penamacor.
Nos últimos anos, a autarquia reabilitou e transformou em posto de turismo a antiga casa da Câmara, recuperando ainda a torre do relógio e o mecanismo do mesmo.
Ao mesmo tempo patrocinou escavações arqueológicas que permitiram delinear a muralha, da qual restam apenas alguns vestígios.
Um dos golpes que a zona sofreu ao longo dos últimos séculos aconteceu em 1739, quando um raio atingiu o paiol junto à torre de menagem.
A explosão destruiu as construções em redor e, segundo relatos da época, deslocou a torre em dois palmos, sem que no entanto esta tivesse ruído até hoje.
Na base do monumento são ainda visíveis as brechas, que estão agora identificadas.
A violência da explosão foi tal «que uma trave foi cair a duas milhas daqui», explica Joaquim Nabais, técnico da Câmara Municipal de Penamacor.
Durante o mês de Agosto, a torre pode ser visitada gratuita e diariamente, às 11.00 e às 15.00 horas, independentemente do número de visitantes. Grupos de cinco ou mais pessoas podem solicitar visitas extraordinárias, devendo para isso dirigirem-se ao posto de informação turística, sito na rua se Santa Maria, 19, ao Cimo de Vila. A breve trecho, perspectiva-se um esquema de visitação pago e com guia.
jcl (com Gabinete de Imprensa da C.M. Penamacor)