O Município de Mêda contesta frontalmente a decisão governamental de Encerramento Nocturno do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde local.
A Câmara Municipal de Mêda, perante a notícia do encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde da cidade, que passará apenas ao horário entre as 8 e as 20 horas, levado a cabo pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a partir do dia 14 de Julho, tornou público que os órgãos autárquicos repudiam e contestam tal medida.
A Autarquia está em total desacordo com o procedimento, mantendo o compromisso de defender o não encerramento do serviço, por este ser «uma mais-valia para o bem-estar de todos os munícipes, contribuindo para a fixação populacional num território tão desertificado», refere a Câmara em comunicado.
O serviço abrange uma população maioritariamente idosa e por isso carente de cuidados médicos. Os problemas ver-se-ão agravados pela distância a que o Centro de Saúde se encontra do Hospital da Guarda, que fica a cerca de 70 quilómetros, a que acresce a inexistência de uma equipa do INEM que possa assegurar os transportes mais urgentes e prestar os primeiros cuidados em casos de gravidade.
«Para o Município o que está em causa é o Estado Social, onde a saúde deve encontrar a sua importância singular, intensificando-se ainda o dever da sua defesa quando falamos do interior, onde estamos longe de tudo e de todos», diz-se ainda.
A Câmara Municipal de Mêda solicitou uma audiência ao Secretário de Estado da Saúde, para defender o não encerramento do serviço.
«A autarquia compromete-se, perante todos os Munícipes, a assumir, com eles, a linha da frente na defesa do não encerramento anunciado, pois a vida humana é um valor inestimável, a sua desconsideração perante as confrontações com análises ou critérios economicistas, é uma afronta inqualificável. Iremos desencadear todos os mecanismos ao dispor, no sentido de tentar impedir o anunciado encerramento nocturno do SAP», conclui a nota remetida à Comunicação Social.
plb