E quando percebemos que já estamos em terras sabugalenses, parece que uma alma nova se apodera de nós e que o mundo é melhor!…

A obrigatoriedade de usar placas de cor diferenciada consoante a origem dos produtos vendidos, é a principal novidade do projecto do novo Regulamento do Mercado Municipal do Sabugal, que foi aprovado por unanimidade na reunião do Executivo Municipal de 8 de Junho e que vai ser colocado à discussão pública.
O projecto do novo Regulamento surgiu pela manifesta desactualização do Regulamento em vigor, que data de 1991, tornando-o mais funcional e adaptado à nova realidade. Há muito que estava a ser preparado, e tardou a ser apresentado ao executivo, cujos vereadores, nomeadamente a eleita do PS Sandra Fortuna, o tinham já reivindicado ao presidente por mais de uma vez.
Após a discussão pública que se seguirá, o projecto será submetido à apreciação e votação da Assembleia Municipal, sendo apenas depois remetido para publicação no Diário da República, passando então a estar em vigor.
A grande novidade do regulamente é a obrigação que os comerciantes passarão a ter de identificarem claramente a origem dos produtos que vendem, recorrendo a placas com cores diferentes, fornecidas pela Câmara Municipal.
Nos termos do previsto no projecto de regulamento, os produtos a expor para venda no Mercado serão obrigados a estar identificados com placas que indiquem a sua origem, usando-se cores diferentes para esse efeito:
Placa amarela – produto do concelho do Sabugal;
Placa laranja – produto regional;
Placa azul – produto nacional;
Placa beije – produto importado.
No mais o regulamento estabelece os horários de funcionamento das lojas, bancas e terrados, assim como do serviço de abastecimento. Estabelece ainda as regras que enquadram a atribuição de espaços por hasta pública, e como se processa a transferência ou cedência do espaço a terceiros e a mudança de ramo de actividade por parte dos comerciantes.
A Câmara Municipal, também fica sujeita a obrigações específicas, nomeadamente na conservação da infra-estrutura, na gestão dos espaços, sua fiscalização e aplicação de consequentes penalizações por incumprimento das normas regulamentares.
O Regulamento define ainda as coimas a aplicar em caso de se verificarem infracções ao estipulado.
Não posso deixar de observar que o projecto de Regulamento é uma peça deveras peculiar, dada a originalidade de algumas das suas normas, de que é exemplo o seu artigo 7º, que tem por epígrafe «proibições». Atente-se a estas pérolas: «é proibido não cumprir regras…», «é proibido não manter os espaços organizados», «é proibido não obedecer às ordens…». Outra aberração é a norma genérica do artigo 28º («das infracções»), onde come tudo pela mesma tabela: 50 a 500 euros de coima pelas infracções ao Regulamento, não especificando nem diferenciando. Ou seja, a realização de obras não autorizadas é igual a ocupar áreas de circulação ou a não ter os preços dos produtos afixados.
plb
Em honra de Teresa Duarte Reis, colaboradora do Capeia Arraiana, poetisa que domina, «em harmónica simbiose as técnicas da versificação», recebemos, em forma de «comentário», este belo texto de Manuel Leal Freire, a que decidimos dar o devido e merecido relevo.
As associações de desenvolvimento ADRUSE, Pró Raia e Raia Histórica, promoveram a aquisição (arrendamento) de um espaço em Salamanca (Espanha) tendo em vista a instalação de uma loja de produtos regionais portugueses e de um local de divulgação turística.
Para se conseguir esse objectivo vai ser celebrado um protocolo, que envolve também as câmaras municipais do distrito, entre as quais a do Sabugal. Está igualmednte previsto envolvimento do governo civil da Guarda, ficando porém agora a dúvida de que tal se mantenha, atendendo à exoneração dos governadores civis e do anúncio governamental de que não serão nomeados outros que os substituam.
De acordo com o previsto, as câmaras e o governo civil financiam o projecto, cabendo às associações de desenvolvimento a implementação e a monitorização do mesmo, afectando-lhe os meios físicos e humanos que se revelem necessários.
O espaço terá a designação Oficina de Turismo «Portugal Interior» e estará localizada na Plaza Mayor da cidade espanhola de Salamanca.
As associações envolvidas são a Associação de Desenvolvimento da Serra da Estrela (ADRUSE), a Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro Norte (ProRaia) e a Associação de Desenvolvimento do Nordeste da Beira (Raia Histórica).
plb
«Ribeira do Casteleiro»: (…) «as suas margens se costumam cultivar para centeio». Esta simples frase, escrita há 260 anos, é muito importante. Foi lavrada pelo «Cura deste dito lugar de Casteleiro» na resposta ao inquérito nacional ordenado pelo Marquês de Pombal e em que cada pároco respondeu a algumas dezenas de perguntas da Corte. Coisa séria: uma espécie de Censos / 1756.
O mundo da imaginação encaixa-se, à perfeição, no mundo da escrita. Desta feita, ao anotar, na minha mente, a intenção de escrever um pequeno texto para o Capeia Arraiana, surgiram-me, de novo, imagens dos contrafortes do Monte do Jarmelo. E é convencimento meu que a escrita, como a leitura, podem ser boas formas de viajar!
A cidade de Coimbra recebe, nos dias 2 e 3 de Julho, as confrarias gastronómicas de todo o país, numa iniciativa designada Mostra de Sabores Tradicionais, a qual divulgará os valores da gastronomia tradicional portuguesa.
Participam no evento mais de 30 confrarias, de norte a sul do país, incluindo das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Coimbra acolherá a iniciativa, no próximo fim-de-semana, no Parque D. Manuel Braga, onde as confrarias ocuparão vários stands e aí servirão petiscos e exporão artesanato e outros produtos regionais. Também haverá animação através de danças e cantares tradicionais.
No sábado, pelas 10 horas, realiza-se o desfile inicial, a partir da Câmara Municipal de Coimbra até ao local da Mostra.
A Mostra de Sabores Tradicionais é promovida pela Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Câmara Municipal de Coimbra, Turismo de Portugal e Turismo do Centro.
A Confraria do Bucho Raiano, do Sabugal, por dificuldades logísticas, não ocupará qualquer stand na Mostra, mas estará presente na iniciativa, participando no desfile com as demais confrarias gastronómicas.
plb
Três dias de animação intensa e de qualidade, com a participação directa de mais de 100 pessoas, e mais de 7.500 visitantes. É este o balanço que a organização da Feira de São João faz do evento que animou a Guarda entre 23 e 25 de Junho e que contou com a colaboração de dezenas de colectividades do concelho e da região, tanto na venda de produtos como na animação do evento.
Será que viver honestamente se tornou inútil neste meu País? Tudo leva a crer que sim, mas o pior está para vir, com a brutal austeridade que nos vai ser imposta, nessa altura será o salve-se quem puder, vai ser o reino dos corruptos, dos mentirosos, dos oportunistas, dos ignorantes, dos servis, dos que não têm pinga de escrúpulos, dos tais «parasitas improdutivos», dos que se vendem a quem der mais, dos partidários de todos os partidos e dos discípulos de todas as ideologias, daqueles que são a negação mais absoluta do que é a Democracia. De fora, virão as ordens e as orientações para a nossa economia e para a nossa Democracia, não virão ordens para mudar mentalidades, isso é impossível.
Na reunião de 22 de Junho, o executivo municipal do Sabugal aprovou alterações ao Regulamento Municipal do Transporte Público de Veículos Ligeiros de Passageiros – Transporte de Táxi. Não houve porém unanimidade, tendo o vereador Joaquim Ricardo votado contra o projecto.
O facto de terem chegado à Câmara Municipal várias reclamações acerca de um profissional taxista que recolhe clientes sem respeitar a sua vez na praça de táxis, recentemente mudada para o lado norte do Largo da Fonte, levou a Câmara a introduzir regras precisas de funcionamento do serviço.
A norma agora aprovada e acrescentada ao regulamento em vigor desde 2003, obriga a que a utilização dos táxis que estão parqueados respeite a sua ordem de chegada à praça, excepto nos casos em que seja solicitado o serviço de um táxi com lotação superior a cinco lugares, situação em que avançará a primeira viatura que reúna essas condições. Por outro lado, nenhum taxista poderá tomar passageiros na sua viatura a menos de 500 metros da praça de táxis.
O desrespeito pela norma agora introduzida do Regulamento constitui contra-ordenação punível com coima de 149,64 a 448,92 euros.
A alteração ao Regulamento não mereceu porém a unanimidade dos elementos do executivo, pois o vereador Joaquim Ricardo, eleito pelo MPT, votou contra por considerar que a nova regra relativa à tomada de passageiros faz com que deixe de haver livre escolha por parte dos utentes do serviço, corrompendo-se igualmente a livre concorrência entre os taxistas. O facto de se estar num meio rural, onde as pessoas se conhecem e há taxistas que têm clientes de há longo tempo, desaconselha à imposição de regras que desvirtuem essa realidade. O vereador considerou de resto a proposta ilegal já que não existe lei que condicione a livre escolha dos consumidores.
plb
Coube aos confrades Francisco Santos e Rosa Santos representarem a Confraria do Bucho Raiano no XV Capítulo da Confraria da Broa de Avintes, que se realizou naquela localidade situada junto a Gaia, ao Porto e ao Rio Douro. Os confrades do Bucho presentes descrevem, agradados, como decorreu o cerimonial.
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(Clique nas imagens para ampliar.)
A Assembleia Municipal do Sabugal decidiu por unanimidade atribuir ao escritor sabugalense Manuel António Pina a medalha de mérito cultural do Município.
A proposta foi apresentada pela Câmara Municipal à Assembleia que se realizou do dia 24 de Junho, na passada sexta-feira, nos termos do regulamento das distinções honoríficas recentemente publicado.
Nos termos do regulamento, a Medalha de Mérito Cultural é atribuída a pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, que se tenham destacado em qualquer forma de expressão cultural, designadamente na literatura, nas artes plásticas, no teatro, na música, no cinema, na investigação histórica, na divulgação e preservação do nosso património, na valorização das gentes do Município, ou que, de qualquer forma, tenham promovido a cultura.
Foi precisamente o que sucedeu com o sabugalense Manuel António Pina, que se destacou no âmbito da escrita, enquanto escritor e jornalista, cuja obra literária o levou de resto a ser recentemente agraciado com a maior distinção da literatura de língua portuguesa: o Prémio Camões.
Nascido no Sabugal em 1943, Manuel António Pina, foi, ainda criança, levado para outras terras, vindo mais tarde a fixar-se no Porto. Foi jornalista durante várias décadas e estreou-se na poesia em 1974 com o livro «Ainda Não É o Fim nem o Princípio do Mundo Calma É Apenas Um Pouco Tarde». No ano anterior publicara o seu primeiro livro para crianças, «O País das Pessoas de Pernas para o Ar». Consensualmente reconhecido como um dos melhores cronistas de língua portuguesa, publicou dezenas de livros de poesia e de literatura para crianças, mas só em 2003 se aventurou na ficção «para adultos», com «Os Papéis de K.».
Os seus livros de poesia estão traduzidos em várias línguas, incluindo «Os Livros», publicação que venceu os prémios de poesia da Associação Portuguesa de Escritores e a da Fundação Luís Miguel Nava.
Em Abril de 2009, numa iniciativa da Junta de Freguesia do Sabugal, realizou-se um acto de homenagem a Manuel António Pina, que passou pelo descerrar de uma placa na casa onde o escritor e jornalista nasceu há 67 anos e onde viveu parte da infância. Realizou-se também uma palestra sobre a vida e a obra do homenageado e foi exibida uma peça teatral da autoria do escritor.
Nos termos regulamentares a medalha de mérito cultural será entregue a Manuel António Pina em cerimónia pública e solene, que provavelmente acontecerá em 10 de Novembro, Dia do Concelho do Sabugal.
plb
A choça era o abrigo do pastor, no tempo em que guardar as ovelhas era tarefa permanente, que obrigava a passar os dias e as noites vigilante.
No tempo calmo do Verão, era uso levar o gado para os pastos, muitas vezes longe da aldeia onde ovelhas e cabras tinham a corte. Durante o dia a piara andava pelo monte, guardada pelo pastor, recolhendo ao sol-pôr a um terreno arável, onde previamente fora montada uma vedação, formada por cancelas móveis. A essa vedação se chamava bardo, redil, cancelhal ou aprisco. Era lá que o pastor ordenhava as ovelhas e tratava com denodo aquelas que apresentassem moléstia. Seria aí também que as ovelhas, os cães do gado e o pastor passariam a noite.
Para além da recolha do gado e sua guarda nocturna, o cancelhal visava estrumar a terra. Para tanto era mudado todos os dias, estrumando-se em cada noite novo talhão, até que a propriedade ficasse adubada.
Ao redor do bardo o pastor erguia a sua choupana, onde se refugiava, protegido do frio, do vento e da chuva. Além do mais era aqui que guardava os parcos haveres e os utensílios da faina: louças, colares, campainhas, e também o inseparável pífaro. Este abrigo era denominado por choça, sendo o seu tipo mais comum a grade ou taipal rectangular, formado com paus de madeira (às vezes uma cancela do próprio bardo), forrado com palha, que se erguia, voltada contra o vento, firmada por estacas com galha. Era sob ela que se enroscava o pastor, passando ali a noite, coberto pelo inseparável cobertor de papa.
A vantagem da choça era a sua mobilidade. Mudando-se as cancelas do bardo, às vezes para bem longe, igualmente se deslocava a grade da choça, tudo transportado num carro de vacas.
Mas para além do tipo mais comum e singelo de choças referido, havia também choupanas de maior elaboração e mais cuidado feitio. Às vezes usavam-se duas esteiras que se apoiavam uma contra a outra, formando um gracioso casoto de duas águas. Noutros casos colocam-se anteparos laterais à grade erguida contra o vento, ficando uma cabana com abertura apenas de um lado.
Paulo Leitão Batista
As Piscinas Municipais de Penamacor e as Piscinas do Parque de Campismo do Freixial reabriram as suas portas no dia 20 de Junho para mais uma época balnear.
Uma zona agradável e apelativa ao convívio para miúdos e graúdos que procuram alternativas para passarem o verão, as piscinas municipais de Penamacor uma boa opção. Bem situadas e com um ambiente acolhedor, são um local para diversão e lazer, à mercê das pessoas da região.
Segundo a informação difundida pela Câmara Municipal de Penamacor, as piscinas encontram-se abertas todos os dias das 10 às 20 horas, até meados do mês de Setembro.
Exposição Hans Christian Andersen
Ainda em Penamacor está patente ao público uma exposição dedicada ao dinamarquês Hans Christian Andersen, célebre pelos seus contos infantis. A inauguração decorreu no dia 17 de Junho, nos Paços do Concelho, com a presença do presidente da Câmara, Domingos Torrão, do promotor da exposição, Niels Fischer, e da vereadora da Cultura, Ilídia Cruchinho.
A vila de Penamacor irá acolher a exposição durante os meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro.
plb
Continuo pelas Aldeias Históricas, agora com Castelo Novo, um monumento que aprendi a admirar ainda jovem. Eram as visitas de Estudo de aluna ou mais tarde Professora, que me levavam a estudá-lo e a apreciá-lo, na sua magnífica estrutura altiva e dominadora, que, tocando o céu mais pequenina me fazia sentir. E lembro a Beira interior, neste tempo das cerejas rubis brilhando ao sol, convidando a todas à visita desta zona peculiar da Cova da Beira, de cheiro a frutas frescas e amoras doces, de recantos viçosos e trilhos verdejantes.