SOLIDARIEDADE SOCIAL, eis o terceiro desafio com que se defronta hoje o Concelho do Sabugal.
Continuo esta minha breve abordagem aos grandes desafios do Concelho do Sabugal.
A importância que hoje assume a grave situação social com que o País se defronta, e que ganha maior gravidade em regiões como a nossa em que, ao elevado nível etário da população se alia a crescente desertificação de grande parte das aldeias, impõe-me que considere esta questão como fundamental.
Para além disso, tenho dito que a gestão da «coisa pública» deve ter como preocupação maior garantir a plena cidadania de todos, isto é, que a Administração Pública deve entender que o serviço que presta é o serviço mais nobre que alguém pode exercer, pois, do mesmo resulta ou não que o seu destinatário usufrua sem entraves ou constrangimentos dos direitos constitucionalmente definidos.
E se em Dezembro de 2007 dizia «Se a percentagem de idosos atinge hoje quarenta por centro da população concelhia, os mesmos devem merecer uma atenção especial, devendo adoptar-se estratégias que conduzam a um aumento da qualidade de vida dos nossos “mais velhos”», esta frase tem hoje ainda mais razão de ser.
Importa aprofundar a relação do poder autárquico com o movimento social protagonizado pelas IPSS.
Importa dinamizar o trabalho da Rede Social do Concelho, actualizando o Plano de Desenvolvimento Social, elaborado em 2006 para o quinquénio 2006-2011 e elaborando o respectivo Plano de Acção (pelo que sei nunca foi elaborado nenhum desde 2006…).
Mas importa, sobretudo, perceber que a fragilidade dos nossos idosos e, sobretudo, dos mais isolados, se combate com um conjunto de acções de proximidade, muitas das quais venho defendendo há muitos anos: Unidade Móvel de Saúde; sistema de distribuição ao domicílio de medicamentos; Loja do Cidadão Móvel; Centros de Noite; Aldeias-Lar; etc.
Uma sociedade coesa e desenvolvida não assenta apenas em processos de desenvolvimento económico. Assenta, sobretudo, na criação de um território de qualidade onde todos, dos mais novos aos mais velhos, têm as condições para serem felizes.
E não teremos um Sabugal melhor se não atendermos às necessidades de 35% da população residente!
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ps. Sábado passado tive o prazer de confraternizar com os naturais de Vale de Espinho que se reuniram em Lisboa. Para os que não sabem toda a minha família materna era natural desta Freguesia e ali passei muito bons momentos da minha meninice, quando passava férias com as minhas saudosas tias Gina e Rita. A todos os que me acolheram como um dos seus, obrigado!
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)
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