Hoje gostava de partilhar com todas as pessoas que, eventualmente, estejam a ler estas linhas, um texto da escritora Oriah Mountain Dreamer que é, simplesmente, a melhor declaração de amor que até hoje li.

Depois do chumbo a um projecto de plantação de eucaliptos em Santo Estêvão, a Câmara do Sabugal decidiu dar luz verde a um projecto similar na Quinta de Valverdinho, na freguesia do Casteleiro, sem que porém houvesse unanimidade na decisão.
O presidente da Câmara, António Robalo, teve de usar o voto de qualidade para fazer aprovar o parecer favorável ao projecto de arborização, na reunião do executivo de 30 de Março. Face ao empate verificado na votação, com os vereadores do PSD a votar favoravelmente, os do PS contra e o do MPT abstendo-se, valeu o facto do presidente ter votado do lado que defendia a aprovação.
O projecto, apresentado pela empresa Sociedade Civil e Herdeiros de Manuel Macário Castro, prevê a plantação de eucaliptos numa área de 30 hectares na Quinta de Valverdinho, no limite sul da freguesia do Casteleiro.
Submetido à apreciação do Gabinete Técnico Florestal da Câmara, o mesmo considerou ser o eucalipto uma planta que não é originária das nossas terras, e que a região é claramente inapta para este tipo de produção florestal. Considerou ainda que esta espécie é prejudicial para o ecossistema, por provocar a erosão dos solos, consumir muita água aos recursos subterrâneos, prejudicar a fauna selvagem e afectar de forma negativa a paisagem e a biodiversidade.
Face aos factos, mas atendendo ao eventual interesse do projecto do ponto de vista económico, o gabinete técnico propôs que a Câmara desse parecer favorável a um «ensaio», praticável em dois hectares, para se testar a adaptabilidade da espécie aquele solo e às condições climatéricas da região.
Tendo vencido a proposta de dar parecer positivo ao projecto, dado o voto de qualidade do presidente, o PS, pela voz do vereador Luís Sanches, fez uma declaração de voto, defendendo o fim da plantação de eucaliptos nas terras do concelho, atendendo aos malefícios desta espécie para os solos e também à clara inaptidão dos terrenos para esta produção. Luís Sanches afirmou não compreender como se decidiu há dois meses pela oposição a um projecto igual em Santo Estêvão e agora optar-se por uma decisão contrária. Chamou a atenção para o que consigna o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Norte, que defende que o eucalipto não se enquadra no que é a principal função da floresta na região e define metas para a diminuição significativa do eucaliptal, que actualmente ocupa 7% da área arborizada, defendendo-se uma diminuição para apenas 3% em 2025 e para somente 1% em 2050.
Esta decisão surge depois de, na reunião de 19 de Janeiro, a mesma câmara ter negado parecer favorável a um projecto similar em Santo Estêvão, de que o Capeia Arraiana deu a devida nota. Ver Aqui.
plb