Morreu esta semana Sidney Lumet, realizador norte-americano, autor de filmes como «Doze Homens em Fúria», «Serpico» ou «Um Dia de Cão». Os dois últimos foram papéis memoráveis de Al Pacino.

Conhecido como um dos grandes realizadores de um cinema chamado liberal, que tem como principais características uma raiz realista e política, a sua estreia no cinema, depois de uma passagem pela realização de séries de televisão, dá-se em 1957, com o filme de tribunal «Doze Homens em Fúria».
Esta primeira longa-metragem rende-lhe a primeira de quatro nomeações para Óscar de Melhor Realizador. As restantes três foram para «Um Dia de Cão» (1975), «Escândalo na TV» (1976) e «O Veredicto» (1982), tendo recebido uma outra nomeação para Melhor Argumento Adaptado por «O Príncipe da Cidade» (1981), escrito a meias com Jay Presson Allen.
Com cerca de 40 filmes realizados, filmados ao longo de uma carreira de meio século (o último filme de Lumet, «Antes que o Diabo Saiba que Morreste», é de 2007), conseguiu dirigir grandes lendas do cinema, como o já referido Al Pacino, Henry Fonda, Paul Newman, Marlon Brando, Katharine Hepburn, Faye Dunaway, Robert Duvall ou River Phoenix.
Dentro deste grupo de actores de luxo, aos quais se podiam juntar muitos outros, 17 conseguiram ganhar ou pelo menos chegar aos nomeados para os Óscares. Em 2005, dois anos antes da última longa-metragem que nos deixou, recebeu o Óscar honorário da Academia.
Sidney Lumet faleceu em Nova Iorque aos 86 anos, vítima de linfoma.
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«Série B», crónica de Pedro Miguel Fernandes
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