Foi ontem, dia 18 de Fevereiro, apresentado o livro «História do Escutismo em Setúbal e na Região», da autoria de Francisco Alves Monteiro, um chefe escuteiro da cidade do Sado que nasceu na Bismula, concelho do Sabugal.

«Nunca este salão nobre reuniu tanta gente para assistir a um evento desta natureza», declarou estupefacto o representante da Câmara Municipal de Setúbal, perante as centenas de pessoas que assistiam à apresentação e lançamento do livro.
A cerimónia começou às 21 horas, com a leitura de uma mensagem do bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, que assinou o prefácio da obra e que não pode estar presente.
A apresentação do livro coube a Salvador Peres, que exaltou o valor da obra, enquanto testemunho do nascimento e desenvolvimento do movimento escutista em Portugal e na região de Setúbal, levantando o véu relativamente a algumas histórias deliciosas que o autor resolveu revelar.
Enalteceu o papel de Francisco Alves Monteiro, o chefe Chico, como carinhosamente todos o chamam, que dedicou a sua vida ao escutismo em Setúbal e se empenhou na investigação acerca da história do movimento na cidade e no distrito.
O chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Alberto Pereira, enalteceu o valor dos escuteiros de Setúbal, que sempre foram os mais irreverentes e mais ousados, procurando estar sempre na vanguarda do movimento escutista.
Falou depois do importante papel do autor do livro na dinâmica escutista, um chefe que vive a causa intensamente, sendo um exemplo para todos. De seguida condecorou Francisco Monteiro, para grande surpresa e emoção do próprio, colocando-lhe o Colar de Nuno Álvares, a maior condecoração do movimento escutista português, o que motivou uma longa e calorosa ovação.
O livro fala do nascimento do escutismo na cidade do Sado, no crescimento do movimento e na sua consolidação, mau grado as dificuldades sentidas. Revela como o escutismo se cimentou e ganhou a sua própria dinâmica, participando em eventos nacionais e internacionais, promovendo a formação dos jovens para uma verdadeira cidadania. Contém inúmeras fotos antigas e inéditas, bem como documentos históricos que lançam luz acerca da evolução do movimento.
Um grupo de escuteiros tocou e entoou canções, animando o ambiente. O grande salão nobre dos paços do concelho foi exíguo para tanta gente. Muitos ficaram mesmo à entrada, porque o espaço estava verdadeiramente «à pinha».
A última intervenção coube ao autor do livro, que, com grande humildade, agradeceu as presenças, os contributos e as ajudas, afirmando que a edição do livro era o concretizar de um sonho antigo que agora vem à luz do dia.
Franciso Alves Monteiro nasceu na Bismula há 61 anos. Aos 14 veio com os pais e os irmãos para Setúbal em busca de vida mais desafogada, como tantos outros sabugalenses daquele tempo.
Em 1963, um ano após ter chegado à cidade do Sado, entra no movimento escutista, integrando a «Patrulha Falcão» do agrupamento 59. Empenhou-se na sua «carreira» de escutista, seguindo os ensinamentos de Baden-Powell, o fundador do movimento.
Passa a guia, caminheiro, instrutor, chefe, integrando por diversas vezes, e em diferentes cargos, a direcção da organização regional dos escuteiros.
Participa em acampamentos nacionais e internacionais, e em reuniões de alto nível, seguindo sempre o ensinamento do fundador do escutismo: procurar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrou.
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«Aldeia de Joanes», crónica de António Alves Fernandes
Quero salientar que no meu primeiro comentário sobre Francisco Alves Monteiro, verifivam-se uma ou outra palavra que não saiu corretamente, pelo que peço desculpa, reveladora ma pouca experiência nesta materia, mas queo afirmar que Francisco Alves Monteiro, recebeu a maior condecoração do Corpo Nacional de Escutas, que foi uma justiça que o Conselho Nacioanal lhe fez, e que a sua Terra Natal, a Bismula o desconhece, mas a cidade de Setúbal e toda a Região eu direi todos Agrupamentos Escutistas do País, o identificam, o conhecem. Como se diz ” ninguém é profeta na sua terra e aqueles que o são, entram no esquecimento. ” Das inúmeras mensagens, registe-se a do Bispo Emérito de Setúbal D. Manuel Martins, da Junta de Freguesia de Aldeia de Joanes e do Pároco da Bismula, Padre Helder Lopes.
Pela primeira vez na minha vida de 65 anos assisti ao lançamento de um livro onde se encontrvan centenas de pessoas. Este bismulense, este cidadão, este escuteiro de corpo e alma merecia esta homenagem, este convivio de pessoas, merecia a maior condecoração do Escutismo Portuguès, O Colar de D. Nuno Alvares. Honraste a tua terra Bismula, que tem sido madrasta, que te desconhece, mas a cidade de Setúbal e a sua Região, conhece-te e sabe quanto fizeste pela sua juventude. Obrigado Chefe Escutista Francisco Alves Monteiro.