«A saída é o poder central assumir a sua responsabilidade», disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, acerca da obra de ligação do concelho à auto-estrada A23, considerando que a edilidade não possui capacidade financeira para custear o empreendimento.
António Robalo considera que serão necessários «entre 10 a 15 milhões de euros» para a conclusão dos trabalhos iniciados pela Engenharia Militar e que agora se encontram suspensos, pelo facto do Município não ter renovado o protocolo assinado com o Exército.
Face ao problema, a Câmara Municipal do Sabugal quer que seja o Governo a levar por diante a construção da estrada, cujos trabalhos tiveram início em 2006, no âmbito de um acordo de cooperação que envolveu o Exército, através do Regimento de Engenharia de Espinho, e a Universidade da Beira Interior, que deu apoio técnico à execução da obra.
As obras estão paradas desde o final de 2010, tendo contudo o presidente reafirmado o carácter prioritário dessa ligação para o desenvolvimento do concelho
«Temos vindo a observar que outras situações idênticas são colocadas, pelo menos, na agenda do poder central», afirmou ainda o autarca, acrescentando que o assunto já foi apresentado ao Secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, a quem António Robalo solicitou uma audiência para analisar a situação.
A obra aproveita alguns quilómetros de estrada já existente e implica ainda a construção de novos troços, com uma extensão de 14 quilómetros, estando prevista a ligação à A23 no nó de Belmonte.
A Câmara já gastou na obra um milhão e 200 mil euros, segundo a informação prestada pelo presidente na última Assembleia Municipal, valor contestado pelos vereadores da oposição que consideram que esse valor é apenas respeitante aos protocolos assinados com o exército, faltando contabilizar os trabalhos de «administração directa» que a câmara também executou.
plb
Estou de acordo consigo Ramiro Matos. Mas se já temos 2 ligações à A23, também temos 2 ligações Sabugal-Soito (agora 3), e penso que seria mais viável fazer uma boa ligação à A23 (ao resto do país) e só depois pensar em fazer mais estradas dentro do conselho ou melhorar as estradas já existentes. Pois quem precisa de ir ao sabugal não lhe vai fazer diferença demorar mais ou menos 5 minutos… Mas quem quer vir de Lisboa ou de outra parte do país até à sua terra natal, vai fazer diferença demorar mais ou menos 30 minutos ou 1 hora. Entendem o que quero dizer? Para evoluir o nosso conselho, para um melhor desenvolvimento rural, para combater a desertificação do Sabugal, é necessário ligar o Sabugal ao resto do país, para ai conseguirmos evoluir, e para que alguém possa apostar no Sabugal e criar postos de trabalho… Penso que estou certo, mas gostaria de ouvir as vossas opiniões.
Cumprimentos
José Nunes
Concordo em absoluto com a necessidade de uma ligaçao melhor a A23.
Mas continuo a pensar que esta soluçao em concreto nao e a melhor.
O Concelho tem duas ligaçoes a A23. Uma no sentido da Guarda, outra no sentido da Covilha.
Sao as duas nacionais e, isso sim, era o que se devia reivindicar da Administraça9o Central. O reperfilamento das duas estradas, entre o sabugal e o Barracao e entre o Sabugal e Caria.
Ramiro Matos
Eu acho que essa ligação seria fundamental para o desenvolvimento do nosso conselho, pois a nível do desenvolvimento rural, é fundamental uma boa ligação para o resto do país. No entanto, acho que em vez de se ter feito a estrada Sabugal-Soito (onde já existem duas ligações), devia se ter dado prioridade à ligação A23. E só depois pensar em melhorar as estradas já existentes do conselho, nomeadamente a que passa por Vila boa, e só depois pensar em novas ligações dentro do conselho. Acho que o erro foi dar prioridade à ligação Sabugal-Soito em vez da ligação à A23. Mas esta ligação é fundamental para o nosso conselho e espero que seja feita…
É a atitude correcta: Pedir, exigir, reivindicar, protestar, boicotar, revoltar, por esta ordem gradativa.