O flagelo Neoliberal consiste num conjunto de políticos enfeudados ao grande poder económico e financeiro, que empobrecem milhões de europeus e também gente de outros continentes.
Estou a ser repetitivo nos meus artigos? Provavelmente, mas se o leitor(a) se puser diante da televisão ou ler os jornais, notará que é constante a lavagem ao cérebro, e que a mentira repetida já se tornou numa verdade consentida. Falam sempre os mesmos, escrevem sempre os mesmos, por isso temos uma perspectiva da crise e da sua resolução através somente das opiniões dos Corifeus enviados pelo sistema, uma visão diferente não tem lá lugar.
Estamos entregues aos latifundiários da comunicação social, temos um exemplo flagrante em Berlusconi. Primeiro conseguiu uma grande fortuna, depois comprou meios de comunicação social e, finalmente, fez-se eleger.
Cada dia aumentam mais o poder económico, financeiro e mediático, tudo à custa do poder político, que afinal é o único eleito democraticamente.
Com toda a sinceridade e, do fundo do coração, não me canso de agradecer aos administradores do Capeia Arraiana, por nos terem dado este Espaço de Liberdade. Ao entrar na Internet, este blog pode ser visto por milhares de pessoas, ou até milhões, que terão através de alguns dos seus artigos, uma visão totalmente diferente do que dizem os órgãos de comunicação social controlados. Só se dizem aqui verdades? Ninguém é dono da verdade, mas aqui clama-se por Liberdade, Democracia e Justiça Social.
Deu origem a este artigo, em primeiro lugar uma frase de um senhor chamado António Nogueira Leite, dizem que é gestor e conselheiro nacional do PSD: «vamos ter todos de empobrecer obrigatoriamente» o que significa que depois de José Sócrates, chegarão outros idênticos. Ou será que o programa político/económico do Partido Socialista de Sócrates, é o do Partido Social Democrata de Passos Coelho, mas encapotado? Nunca se sabe. Uma coisa é certa, os dois têm no programa empobrecer a classe média e atirar com os sectores populares para a indigência. Tenho a impressão que anda aqui um bipartidismo imposto e controlado pelo grande poder financeiro e económico, para dar uma imagem de Democracia, presumo que seja esta a tal ditadura de que alguns falavam… Oxalá me engane.
Em segundo lugar, a causa deste artigo foi uma afirmação do Senhor Presidente da República, dizendo que os restaurantes deveriam dar as sobras da comida aos pobres. Vamos brincar à caridade? Ou vamos lutar contra as causas da pobreza? Governem para dar os recursos económicos aos mais pobres, sem os quais é impossível manter uma vida digna. Ouçam os pedidos de justiça dos mais humildes, e não as exigências da oligarquia económica e financeira, escutem os que votam, e não os que só têm dinheiro.
Lembrei-me, ao ouvir esta frase de Cavaco Silva, dos finais dos anos cinquenta e princípios dos de sessenta aqui na então vila do Sabugal. Nos dias de mercado, os pobres vindos de algumas terras do Concelho, vinham bater às portas das casas ricas para que lhes matassem a fome. Isso era quase sempre à hora do almoço. Então os donos das casas diziam às criadas para lhes darem fatias grandes de pão centeio. Assim era feito, os pobres de mãos postas e a gemer «pai nossos» e «avé marias», agradeciam essa caridade para com eles. Este era o Portugal, logicamente também o Concelho, rural, feudal e católico, ainda estamos a pagar, pelo menos nas mentalidades, esse domínio da Igreja Católica, que tem na sua doutrina, uma das principais orientações que é a caridade. Isto fez de Portugal um País social e economicamente atrasado. Parece mentira? Mas é verdade.
Pessoalmente, considero o Professor Cavaco Silva um dos guardiões da Ortodoxia Neoliberal em Portugal.
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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“Vamos brincar à caridadezinha
Festa , canasta
E boa comidinha”, como diz a canção do José Barata Moura parece ser , novamente, o lema de alguns.