Acordámos com a Rebolosa, bem cedo, pela manhã. A geada quase mágica que caiu sobre o povoado não podia privar-nos dum convívio são e caloroso, onde os sorrisos frescos da alvorada nos recebiam, em festa. «É a festa da Padroeira Catarina, grande Senhora. E pelo que conta a história este povo e suas gentes elegem-na protectora.» Ali respirava um pedacinho de Portugal em que a partilha torna sempre felizes os corações.
SANTA CATARINA NA REBOLOSA
Rebolosa acordou De manto branco vestida Mais tarde rompeu o sol Os sinos chamam à festa Ali respira-se vida! Enquanto sai a procissão É a festa da Padroeira Crianças estão na escola Só o Tomás ali anda Carina, trabalha na feira E lá no alto da Laje Novas mesas, mais fogueiras O cheiro é uma loucura Pois vamos de mesa em mesa Passamos então à «Peña» |
É uma vez no ano Santa Catarina a festejar! «Depois de tudo fechado Não vamos para a estrada… É comer, beber, dançar…» «Malta nova, amiga e unida É o Paulo quem nos diz Festas únicas, diz Paula Pinto «Mostrando a alma das gentes» O centro do convívio «Gostámos de os ter connosco «Quem nunca veio à Rebolosa Todos levam a ordem devida E quem manda cá no «sítio»? Quero rematar afinal |
«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
netitas19@gmail.com