A vereadora socialista Sandra Fortuna defendeu em reunião do executivo municipal do Sabugal que a construção da estrada de ligação do Sabugal à A23 é uma obra utópica, cujos trabalhos devem parar imediatamente, pondo termo a um gasto de verbas exorbitantes que pode colocar a câmara perante grandes dificuldades financeiras.
A vereadora do Casteleiro, defendeu a medida numa reunião realizada em 27 de Outubro, em que se debateu uma alteração ao orçamento municipal face à necessidade de reforçar as verbas para custear os trabalhos naquela obra. Os eleitos do PS votaram contra a proposta, que recebeu os votos favoráveis dos vereadores do PSD e obteve a abstenção do vereador do MPT, Joaquim Ricardo, o que obrigou o presidente António Robalo a fazer uso do voto de qualidade para aprovar a proposta.
Após a votação Sandra Fortuna fez uma declaração de voto justificativa da posição tomada: «Os vereadores do Partido Socialista votam contra por não concordarem com as verbas exorbitantes para a referida obra. Como já foi dito por nós, trata-se de uma obra utópica, com gastos excessivos e capaz de levar a câmara a grandes dificuldades financeiras. Como temos responsabilidade política e já demonstrámos por várias vezes, é nosso entendimento que a obra pare imediatamente.»
Joaquim Ricardo, que tem sido um adversário da obra, optou pela abstenção, viabilizando assim a aprovação da sua continuidade. Porém no final da votação fez também uma declaração de voto, afirmando que se abstivera porque esperava por uma análise aos trabalhos e aos correspondentes gastos entretanto realizados. Mesmo assim não deixou de criticar a obra: «Entendo e sempre entendi que este projecto, para além dos custos previsíveis serem insuportáveis para o executivo, a sua realização não traz ao território valor acrescentado justificável».
Capeia Arraiana falou com Sandra Fortuna que disse que a posição agora assumida pelos elementos do PS era coerente com o que sempre defenderam. «O mesmo não se passa com Joaquim Ricardo que de crítico assumido da execução da obra passou a tolerá-la ao optar pela abstenção nas votações sobre o assunto», disse a vereadora socialista.
Considera que a obra é uma aventura muito mal planeada e indevidamente suportada pela câmara, não tendo sido feito o necessário para que a mesma fosse assumida pelo governo. Sobre o que deve ser decidido face aos gastos necessários para a continuidade dos trabalhos, a vereadora do Casteleiro mantém-se peremptória: «Ou o poder central assume a obra ou, caso contrário, a mesma tem de parar, já que a câmara não tem condições financeiras para a manter».
plb
Eu bem que nao queria escrever nada, mas tem de ser!Esta obra seria desnecessaria nos tempos actuais, e evitar-se-ia todo o esforço da Câmara Municipal, se aquando a projecçao da auto-estrada principal se tivesse feito logo esta ligaçao e nao tivesse, a mesma, ficado esquecida…
Já agora e, porque nao me lembro bem, quem estava a frente da Autarquia entao???
Obviamente que terei todo o gosto em explicar ao Sr. Carlos Bicho todo o percurso desde a campanha eleitoral, até ao dia de hoje, passando por todas as etapas que foram calcorreadas pelos intervenientes neste projecto, que sem sombra de dúvidas seria o mais favorável no que diz respeito ao desenvolvimento do Concelho.
Não acredite quando lhe dizem que os eleitos pelo Partido Socialista se foram embora. No executivo municipal estão três Vereadores eleitos pelo PS, que por sinal estão a desempenhar um bom trabalho.
Quanto à Assembleia Municipal, acho que só já estamos os eleitos pelo PS, os eleitos pela CDU e 3 eleitos pelo MPT. Pelo menos fomos os únicos a comparecer na última Assembleia, supondo eu que os restantes eleitos já desertaram…
Para qualquer esclarecimento, não hesite em me contactar. Estou disponível para falar com o Senhor.
Saudações Socialistas
Nuno Teixeira
P.S. Nunca duvide que o meu interesse é o desenvolvimento do nosso Concelho.
qual lugar?
Não quero comentar nada sobre isto, mas apenas dizer ao sr. Carlos Bicho que está enganado. Em Portugal vota-se em listas, não se vota em pessoas. Não sei bem como é em França, mas aqui é assim: quando se vota é numa lista. Essa lista (que pode ser , nas eleições autárquicas e apenas nestas, em partidos ou listas independentes) inclui candidatos efectivos e suplentes. Os eleitos das diversas listas tomam posse, mas podem (por vários motivos) renunciar ao mandato. No caso de várias renúncias de eleitos que eram candidatos efectivos , vão buscar-se os candidatos suplentes. Há países onde quando um eleito morre, têm que se realizar novas eleições para preencher o lugar. Aqui não, já que a votação é em listas e não em pessoas. Ou seja, quando o sr. Carlos Bicho votou, fê-lo na lista do Partido Socialista, sujeitando-se a que todos os candidatos efectivos renunciassem ao mandato e terem que tomar posse os candidatos suplentes. É assim a lei eleitoral, em Portugal. O mesmo se passa nas eleições para a Assembleia da República.
Por isso é que a maioria dos eleitores do concelho de Sabugal não soube quem elegeu para a Assembleia da República, tanto do PS , como do PSD. Como não se informam (nem acho que isso lhes interesse), só sabem que votam no PS ou no PSD. E não adiantada vir dizer que votaram no Sócrates, porque esse era candidato pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco e no concelho do Sabugal vota-se nos candidatos do Círculo Eleitoral da Guarda.
A única eleição uninominal , em que se vota em pessoas, é a do Presidente da República.
Boa tarde.
É a primeira vez que escrevo um comentaire .
Vivi muitos anos em France onde sempre gostei do socialisme do Miterrand.
Nas eleições nao conhecia ninguem e votei nos socialistas. Agora disseram-me que se foram todos embora: o primeiro, o segundo e o quarto.Alors as pessoas em quem votei nao entraram.E ainda me diz o sr. Nuno que gosta do sabugal?Já nao acredito.Porque nao aceitaram o lugar?
Como Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, não me sentiria bem, ficar alheado a esta questão e como tal, tenho que tornar pública a minha posição. Se bem que, só quem anda distraído, é que ainda não a conhece.
Tal como já referi várias vezes nas Assembleias Municipais, para as quais fui democraticamente eleito, e às quais é meu dever comparecer, sou totalmente contra esta “obra”, que no meu entender não passa de um enorme buraco financeiro para o Município do Sabugal.
Não me venham com conversas de “Poder Central”, porque o que o “Poder Central” deveria, e muito bem fazer, era única e simplesmente, tomar uma posição relativamente ao Município do Sabugal, no que diz respeito a este tipo de obras e obrigar a Câmara a tapar as “covas” que anda a abrir.
Já foi uma guerrinha aquando do “Centro de negócios transfronteiriço do Soito”, porque o “pai” e o “padrinho” da obra queriam-na parecida com cada qual….
Agora mais uma “birrinha” que está a empurrar o Concelho para a banca rota.
E depois a culpa é do Partido Socialista, que está no poder e que não sabe gerir as contas públicas!!!!!
Tenham vergonha e parem de abrir “covas” para as quais querem empurrar o concelho e o país….
Em resposta aos comentários feitos e direccionados à Vereadora Sandra Fortuna, responderia com uma questão… “O que dizer do Vereador Joaquim Ricardo?” No que me diz respeito, acho que já disse tudo o que penso desse Sr. em local próprio e olhos nos olhos. Sim sou Homem e como tal é assim que faço.
Há pessoas que na falta de argumentos vêm para aqui criticar Vereadoras e Professoras, em vez de actos.
Onde andam esses críticos cada vez que é necessário dar a cara para discutir assuntos do interesse público… faltam a Assembleias…!!!
Para boicotar o desenvolvimento do concelho, já sabemos com quem contamos.
Agora, acho que chegou a altura de saber com quem se poderá contar e quem quer lutar pelo desenvolvimento do Concelho, independentemente das simpatias partidárias.
Tenho dito
Nuno Teixeira
Que fácil é fazer oposição irresponsavel! será que tudo se pode parar com um clique? Deve cultivar-se a responsabilidade em todos os estados e situações.
Toda a gente sabe que a camara não tem condiçoes financeiras para concluir esta obra.
tambem é verdade que se o anterior presidente considerasse a obra prioritária, a teria mandado fazer no lugar da do Soito.
é uma decisão dificil que o presidente tem que tomar! Eu não queria estar no seu lugar. Mas sem ovos, não há omolettes. um abraço bismulense.
Utopia? A ligação é à A23 é uma realidade incontornavel.Poderei dizer que é uma obra megalómana, desnecessária, um sorvedouro de dinheiro, estar contra ou a favor, mas uma utopia…Essa não!… É uma realidade!Vindo de uma vereadora e professora, fico triste com o nível dos políticos que temos.Está tudo dito.
José Nóbrega
Embora tal me parecesse evidente, não posso deixar, no entanto, de me manisfestar totalmente de acordo com a posição da Vereadora Sandra Fortuna e dos Vereadores do PS.
Numa altura em que tanto se fala de contenção orçamental; numa altura em que ficou claro que para a Administração Central esta não é uma via de interesse regional; numa altura em que nada se sabe sobre a posição da Câmara de Belmonte onde a estrada iria parar; numa altura em que cada vez faz mais sentido a ligação à Guarda, continuar a investir milhões e milhões só para satisfazer o ego de alguns, é, no mínimo, debaratar os fracos recursos que temos.
Gastem-se as energias e, se necessário, o dinheiro, em protocolar com as Estradas de Portugal o reperfilamento das ligações à A23/A25 junto ao Barracão, fazendo as variantes às localidades atravessadas; e à A23 em Caria, fazendo as variantes a Santo Estêvão e ao Casteleiro e construindo um nova ponte em Caria, e de certeza que se poupará muito dinheiro à Autarquia e se ganhará peso para negociar com o Governo.
E isto não tem nada a ver com a ligação iniciada a Espanha, nem com o troço já construído ou em vias de conclusão…
Essa é, queira-se ou não queira, outra discussão que deveria envolver sobretudo as relações transfronteiriças do Concelho do Sabugal e da Beira Interior.
Ramiro Matos
Pois resta saber se com a actual conjuntura (passagem de SCUT para vias portajadas), se se torna compensador. Os últimos dados apontam para uma quebra significativa dos utilizadores de vias portajadas (coisas da crise), o que irá acontecer por arrasto com a A23. No meu entender vai ser um elefante branco para o concelho do Sabugal, que dificilmente irá ter o retorno financeiro desejado. É apenas uma opinião que vale o que vale e só o futuro a confirmará ou não.
Existem outros investimentos que poderiam ser mais rentáveis, que deveriam ser levados em conta, que já foram amplamente referidos.
A Srª Vereadora, pelo que sei, apoio e integrou a lista do Sr. Tony, o tal candidato que tinha todas as soluções para os problemas do concelho e, lógicamente, também tinha solução para a ligação à A23.
Afinal, onde está essa solução Srª vereadora?
Ou, só vingava se ganhassem as eleições?
É esse o amor que têm ao concelho?
Seria oportuno que respondesse a estas questões…
Porventura, a Sr. Vereadora já leu na acta da Assembleia Municipal as intervenções dos deputados do P S quando a ligação foi iniciada?
Pelo que vejo, anda bastante dístraída ou está mais virada para o show off?…
ai tão responsáveis… esses pss. agora estão preocupados em acabar com a ligação à A23. é o fim.
Desculpem o meu espanto!Mas, SÓ AGORA é que se deram conta???!!!
Depois de, literalmente, terem enterrado dinheiro e estragado terrenos…descobrem agora que é utópica!?
Todo o processo foi um erro – não a ideia – e o resultado está visto!
Já agora seria bom que se avaliassem também os beneficios futuros e que não se falasse só dos custos, porque essa ligação pode trazer muitos beneficios ao Concelho.
Finalmente começam a surgir algumas posições que, deverão fazer reflectir todos os que são responsáveis por este projecto inutil para o concelho . disse sempre e publicamente que , seria um erro enorme a CM substituir-se ao Poder Central. Há obras vitais para o concelho mas não esta! e concordo que deve ser feito um balanço de todo o dinheiro do orçamento municipal já aí investido. Não é mal nenhum suspender este projecto, até que haja um compromisso escrito do governo sobre a possível comparticipação e inclusão no Plano Rodoviário Nacional. Vem aí o orçamento de 2011. Que haja capacidade para encontrar o melhor caminho neste caso, são os meus votos!
Assim se separaram as àguas. Esperemos que esta posição não venha a custar o mandato ao Sr. Presidente da Câmara, que até agora tem sido exercido de forma bastante positiva. Às vezes é preciso coragem, para assumir posições de ruptura com o passado… É a diferença entre estagnar e avançar. A Posição do PS é lógica. Quanto custa a obra e quais os encargos futuros que a mesma acarreta para o município? Estes são ou não comportáveis; comprometem ou não a capacidade de realização de investimentos futuros? É em função disto que se deve decidir; sem complexos.