O Partido Socialista do Sabugal fez chegar à Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) propostas de alteração ao projecto de Plano Regional de Ordenamento do Território da Região Centro (PROT-Centro), que genericamente consideram ser um documento que não serve a Beira Interior e muito menos o Concelho do Sabugal.
Para os responsáveis do PS do Sabugal a aprovação do plano nos moldes em que se encontra elaborado conduzirá, a breve prazo, «ao esvaziar das aldeias destes concelhos, sendo as pessoas atraídas/induzidas a se fixarem nas sedes de concelho ou nas grandes cidades, onde encontrarão resposta facilitada para as suas necessidades pessoais e profissionais». Defendem que o documento ignorou completamente o Concelho do Sabugal: «já nem se trata de estratégias, trata-se de apagar do mapa o nosso Concelho».
A proposta apresentada à CCDRC defende haver uma alternativa que adopte «políticas voluntaristas de funcionamento em rede dos diferentes territórios da Beira Interior, mais ou menos densamente ocupados» e que conjugue as fortes dinâmicas de desenvolvimento das cidades principais com as dinâmicas de desenvolvimento local de menor amplitude, mas de importância fundamental para as populações que lá residem e trabalham. No fundo, «uma alternativa que entendesse as relações transfronteiriças locais como oportunidades de desenvolvimento».
Por acreditarem que ainda é possível alterar esta situação, os Vereadores e os Deputados Municipais do Partido Socialista enviaram para a CCDRC duas propostas.
A primeira propõe, pura e simplesmente, que se anule o que está feito e se elabore um novo documento. A segunda, por não acreditarem que a CCDRC aceite anular o documento colocado à discussão pública, propõe um conjunto de alterações às Normas Orientadoras que permitiriam melhorar o documento.
Documento para download. Aqui.
plb
Não vai dar em nada. Esta filosofia da CCDRC já tem cerca de vinte anos. No início dos anos 90 participei na fundação de uma associação patrocinada pela CCRC em parceria com a Universidade de Coimbra, UBI e várias associações empresariais para captar fundos Europeus para a beira Interior, a aplicar num pólo de desenvolvimento, cujo eixo era a Guarda Covilhã e Castelo Branco, e centralidade na Covilhã. Mandatado para aprovar o projecto, lembro-me que me abstive, para não votar contra. Na mesma reunião, um dos críticos foi o saudoso prof Alfredo de Sousa, pelas mesmas razões. Há um livro desse período (cujo título agora não me ocorre) do Dr. Lopes Marcelo, antigo candidato socialista à Câmara de Castelo Branco, a rebater esta filosofia de investimentos. Também ninguém lhe ligou nenhuma!
Resumindo: Ninguém se iluda; isto não muda “com falinhas mansas”! Não percam tempo, e dinheiro em selos…