Novembro começa por louvar os santos e recordar os mortos. Santo, poderá ser todo e qualquer um de nós, desde que pense e se preocupe com os outros e seja solidário com os mais carentes. E a carência pode não ser só de bens, mas também, e muito, de afectos.
A morte é a saudade, isso não há dúvida, mas a maior homenagem aos que nos deixaram é recordar o seu exemplo, o bem realizado. Ninguém pode ter feito tudo errado e, mesmo quem errou muito, não terá sido pela falta de carinho, de compreensão? Quem muito erra é quem menos recebeu e por isso não aprendeu a dar, nem a dar-se.
Ideias destas em Capeia Arraiana, podem não ser as mais desejadas. Se calhar incomodam. Me desculpem, mas esta é a minha homenagem à morte, aos nossos queridos que quero continuar a amar.
NÃO HÁ MORTE
O pensamento ressuscita o teu nome
Que afinal não morreste!
Repetir,
Repetir o teu nome baixinho
Para não morreres na minha memória.
E se penso em ti
Ficas para sempre
Como se a viver continuasses.
Meu amor
Mantém-te a vida
Fica sempre o teu ser
No teu nome
Nos actos que deixaste
Que estão aí
Na vida
No que se diz
No que se pensa.
A história do teu nome continua
A história da tua vida fica, fica…
Ficas aí
Porque penso o teu nome
Ficas aí
Porque repito o teu nome.
Vives
Porque penso que vives…
Estás aí
Porque sinto que estás
Na minha vida
No meu caminho
Como sempre fizeste
Te dás
Como sempre fizeste.
Vives, como sempre viveste e viverás!
Poema de «Ecos do Meu Pensar»
«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
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