O cinema soviético do período mudo é sobretudo conhecido por grandiosos filmes de propaganda que relatam os episódios da Revolução Russa. Sergei Eisenstein é o nome mais conhecido dessa geração, mas há muitos nomes que a integraram e que não são tão conhecidos nos dias de hoje. Inclusive alguns fizeram comédias.
Ler MaisEste é o momento de todos contribuirmos para definir uma estratégia de desenvolvimento do Concelho.
Ler MaisJean-Louis Ebénézer Reynier nasceu a 14 de Janeiro de 1771 em Lausanne, na Suíça, tendo-se destacado enquanto militar ao serviço de Napoleão. Na terceira invasão de Portugal coube-lhe ocupar o Sabugal e Alfaiates, onde permaneceu no período preparatório do avanço para Lisboa. Na retirada voltou a acampar no Sabugal, onde enfrentou as tropas anglo-portuguesas comandadas directamente por lord Wellington.
Reynier foi um oficial talentoso, que porém era por vezes acusado de ser muito inseguro e de trato difícil.
Formado em engenharia civil, ofereceu-se para servir no exército francês em 1792, tornando-se oficial de artilharia. Serviu abnegadamente em combate, o que, aliado aos seus conhecimentos, lhe valeu ser promovido a general de brigada com apenas 24 anos.
Integrou a expedição ao Egipto, onde serviu na batalha das Pirâmides e foi nomeado governador de uma província. Tomou parte na expedição à Síria, e, de volta ao Cairo, desentendeu-se com o comandante-em-chefe, o general Menou, o que lhe valeu ser preso e acusado de traição.
Já em Paris, bateu-se em duelo com o general Destaing, a quem provocou a morte. Napoleão expulsou-o então da cidade. Mas o reconhecido talento de Reynier fez com que estivesse de volta pouco tempo depois.
Em 1804 integrou o Corpo de Observação de Nápoles, e, no ano seguinte, venceu os austríacos. Em 1806 serviu sob as ordens de Massena e, em 1807, assumiu o comando do exército francês na Calábria, cuja campanha o levou a Grande Oficial da Legião de Honra. Em 1808 foi nomeado Ministro da Guerra e da Marinha do Reino de Nápoles.
No decurso da importante Batalha de Wagram, o Imperador retirou o comando ao Marechal Bernadotte, chamando Reynier para o substituir à frente de um dos corpos.
No final de 1809 foi enviado para a Península Ibérica, onde tomou o comando do 2º corpo, que integrou o Exército de Portugal, sob as ordens de Massena. Apesar dos reveses desta campanha, Reynier tornou-se Conde do Império, em reconhecimento dos seus méritos.
Em Janeiro de 1812 retornou a França para preparar a campanha da Rússia, na qual participou. Na retirada, já na Alemanha, ficou prisioneiro dos russos, que, sabendo-o suíço de nascimento, lhe ofereceram uma comissão no seu exército. Reynier recusou, permanecendo fiel à França, e retornou a Paris, graças a uma troca de prisioneiros. Desgastado pelas campanhas adoeceu gravemente e morreu pouco depois, em 27 de Fevereiro de 1814.
No decurso da terceira invasão de Portugal foram diversos os momentos de tensão entre Massena e os seus comandantes dos corpos, incluindo Reynier. Massena considerava-o um general com muito talento, mas que era tímido e desesperava perante a menor dificuldade.
Antes da invasão se iniciar, coube-lhe cobrir a linha do Tejo, sustendo as tropas do general Hill. Depois o marechal comandante ordenou-lhe que viesse para norte, entrasse em Portugal pela Idanha e atingisse o Sabugal e Alfaiates, onde deveria instalar os seus 18 mil homens. Esteve no Sabugal de 27 de Agosto a 11 de Setembro de 1810. Seguiu depois para a Guarda e desceu o vale do Mondego, acompanhando os outros corpos no movimento geral.
Na batalha do Buçaco Reynier formou a esquerda do ataque francês, tendo sofrido pesadas baixas. Passando Coimbra e Leiria o exército invasor chegou às célebres linhas de Torres Vedras, também chamadas de Lisboa, que não conseguiu ultrapassar, espraiando-se em toda a sua extensão, cabendo a Reynier ocupar Vila Franca de Xira e Castanheira do Ribatejo. Recuou depois para Santarém, cidade que ocupou enquanto os franceses esperaram por reforços que nunca chegaram.
Reynier era admirado pelos seus soldados, dado o rigor com que manobrava as tropas e os estratagemas a que recorria para iludir o inimigo. Em Santarém, passando grandes privações, por falta de víveres, Reynier pensou numa incursão à margem esquerda do Tejo para recolher algum do gado. Wellington tinha soldados guardando toda essa margem, sem porém se conhecer o seu número. Reynier concretizou então um plano, que consistiu em fazer subir um balão de ar quente que mandou fazer com papéis, facto que despertou a curiosidade dos soldados portugueses e ingleses, que saíram dos seus refúgios para observarem o artefacto. Munido do seu binóculo o general contou então as tropas inimigas, planeando depois uma incursão que foi muito bem sucedida.
Aquando da retirada, Reynier voltou a surpreender ao montar um estratagema que iludiu as linhas luso-britânicas e lhe garantiu um avanço considerável. Mandou fazer manequins vestidos de soldados, colocou-os nos locais das sentinelas e abandonou os postos durante a noite. Só ao amanhecer os aliados deram conta de que as linhas francesas estavam desertas.
Na véspera da batalha do Sabugal Reynier fez mais uma vez desesperar Massena, que estava em Alfaiates. O Marechal ordenara-lhe que garantisse a ponte do Côa, dando tempo a Loison para recuar com o seu corpo. Porém Reynier mostrava-se nervoso e impaciente, face aos movimentos que os seus postos avançados observavam ao exército anglo-luso, que vinha de Vale Mourisco em direcção ao Sabugal. Os ajudantes de campo de um e outro oficial cruzavam-se incessantemente com missivas. Reynier dizia estar defronte de toda a vanguarda do exército aliado e queria retirar durante a noite, mas Massena ordenava-lhe que se mantivesse firme e escrevia-lhe: Não penso que o inimigo nos queira atacar; colocou-se na estrada de Penamacor para ver se queremos ir por ela. (…) o 6º corpo está à sua direita e o 8º atrás de si, e ou um ou o outro lhe dará apoio em caso de necessidade. (…) Para lhe dizer a verdade, não creio que lord Wellington esteja à sua frente. Mas estava, e em pessoa, preparando um ataque vigoroso às linhas francesas. Atacado, Reynier resistiu quanto pôde, até receber enfim autorização para retirar.
Massena elogiou porém o esforço do seu general: o combate do Sabugal honra Reynier, pois este general recuperou toda a sua energia logo que a acção começou, escreveu o general Koch nas «Memórias de Massena». Na verdade cumpriu a sua missão e conseguiu retirar em boa ordem, sem perdas consideráveis.
O nome de Reynier está escrito no lado sul do Arco de Triunfo.
Paulo Leitão Batista
Os ciganos aparecem pela primeira vez em Paris em 1427 assentando os seus arraiais num acampamento em Saint-Antoine-des-Champs, em Neuilly e em Ville-d’Évéque.
Ler MaisA casa tipicamente beiroa, envolvida pelo curral, com o famoso balcão ou patim e de vistosa escadaria ligando o piso térreo ao superior, toda em pedra, melhor ou pior aparelhada, é dos principais vestígios do nosso passado colectivo, que merece preservação.
Para o homem antigo, a casa tinha sobretudo uma preocupação prática. O povo queria um local de abrigo onde a funcionalidade superasse a comodidade. Vale a pena citar Mestre Aquilino Ribeiro: «A aldeia, mal o sol pula detrás dos montes, esvazia-se para os campos. É lá que estão os tesouros. A casa pouco mais representa do que ponto de passagem, abrigo para a noite, compasso de espera para a cova.»
Esse aspecto prático impôs construções exíguas e singelas como aquelas que caracterizavam a aldeia beirã, hoje muito desvirtuada com o proliferar de edifícios modernos . Via de regra a construção antiga é em pedra, variando o tipo com a composição morfológica do solo onde a casa está implantada. Raro perduram habitações de madeira, material apenas usado para simples cabanas de recolha de gado ou de alfaias agrícolas. A casa do lavrador era norma ter defronte um logradouro murado, que em certos lugares se chama quintã, mas que usualmente dá pelo nome de curral ou pátio. Aqui existia o alpendre ou coberto, onde se formava a moreia da lenha, se instalava o poleiro das pitas e se quedava o carro das vacas.
Por bitola, a casa tinha dois pisos, sendo o superior para instalação das pessoas e o térreo para recolha dos animais. Não era em vão que existia esta disposição na casa beirã. Os invernos eram rigorosos e o facto dos animais dormirem por baixo contribuía para aquecer os aposentos superiores, pois a separar os pisos havia apenas uma placa de solho.
Para acesso à casa havia uma escaleira exterior, não muito alta, encimada por um balcão ou patim, geralmente protegido por guardas de granito. Em muitos casos havia um poleiro por baixo do balcão, onde as pitas entravam por um buraco existente na parede, que era tapado com tropeço de pau traçado à medida.
Quando ao interior da casa era comum entrar-se directamente na saleta, onde se dispunha uma mesa e arcas da roupa e de cereais. Na cozinha havia a lareira, encostada à parede, tendo por base uma laje de granito. Ao fundo da lareira surgia uma pequena divisória em pedra, a que se chamava pilheira, que servia para depositar a cinza. Em toda a cozinha havia bancos pequenos e geralmente um escano, que era um banco corrido, com encosto, instalado junto da lareira e que por baixo tinha armários onde se guardavam louças. A um canto aparecia a cantareira ou vasal, que era uma espécie de estante onde se colocava a loiça e os cântaros da água. Muitas casas eram de telha vã e não tinham chaminé, saindo o fumo pelas frestas das telhas.
Os quartos, ou alcovas, eram de muita exiguidade, onde cabia apenas uma cama. Esse facto demonstra bem que a habitação era apenas lugar de passagem, refúgio para a noite, porque o mais da vida estava nos campos, no trato dos agros.
Ante a urgência construtiva e a negligência da fiscalização, destruiu-se irremediavelmente a harmonia urbanística. Em poucas décadas de construção moderna na aldeia, seguindo novos gostos e elaborados estilos, ganhou-se muito na comodidade interior, mas perdeu-se no aspecto exterior da habitação aldeã.
Paulo Leitão Batista
Para cargos de grande responsabilidade convém escolher os que não os pretendem.
Ler MaisO comando territorial da Guarda da GNR relembra que o período crítico contra incêndios florestais vigora até 15 de Outubro, razão pela qual se mantêm atenta na vigilância da floresta.
Segundo o comunicado semanal da GNR da Guarda, na semana transacta registaram-se no distrito 41 ocorrências relacionadas com o uso do fogo, sendo elaborados 12 autos de contra-ordenação em matéria de defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente por falta de extintores em máquinas agrícolas e florestais, por realização queimadas em terrenos agrícolas e florestais e por realização de fogueiras para simples queima de lixos e sobrantes de limpeza de terrenos.
«Os Posto Territoriais e as Equipas do Serviço da Protecção da Natureza e Ambiente deste Comando, mantiveram-se atentos, durante o mesmo período, aos trabalhos e a outras actividades executadas com máquinas em espaços rurais (e com eles relacionados), fiscalizando, nomeadamente, se as mesmas estavam dotadas de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas, bem como de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés, e se também dispunham de um ou dois extintores. Dessa foram se identificaram potenciais agentes causadores de incêndios florestais e se dissuadiram comportamentos que poderiam propiciar a sua ocorrência.», refere o comunicado, assinado pelo comandante, coronel, José Manuel Monteiro Antunes.
A GNR recorda que «o período crítico no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios vigora até 15 de Outubro, continuando, até essa data, a ser proibida a realização de queimas (uso do fogo para queima de lixos e sobrantes de limpeza de terrenos) e queimadas (uso do fogo para queima de pastos e restolhos para renovação de pastagens), conforme o estipulado na Portaria 269/2010 de 17 de Maio». O comunicado recorda também que a coima mínima aplicável neste tipo de infracções é de 140 euros.
Durante a semana a GNR deteve 17 pessoas, das quais 11 em flagrante delito e 6 por mandado judicial. Foram ainda elaborados 220 autos de contra-ordenação, 198 dos quais por infracções ao Código da estrada.
Registaram-se 21 acidentes de viação, 11 dos quais por colisão e dois por despiste. Dos mesmos resultaram dois feridos graves e um ferido leve.Após análise sumária das causas dos acidentes registados, foi possível apurar como causa provável da sua maioria, o desrespeito de cedência passagem e a velocidade excessiva.
Em 22 de Setembro a GNR levou a efeito uma operação direccionada para a fiscalização geral do trânsito, com particular incidência no transporte de mercadorias em circulação, bem como intercepção de suspeitos da prática de crimes. Foram fiscalizados 87 veículos e condutores, tendo sido elaborados 15 autos de contra-ordenação.
Na zona de fronteira com Espanha, foram realizadas seis operações no âmbito da Fitossanidade Florestal, direccionadas para a fiscalização do Nemátodo do Pinheiro, tendo sido fiscalizados 161 veículos e elaborados cinco autos de contra-ordenação.
No período em apreço, os Núcleos de Programas Especiais dos Destacamentos Territoriais de Gouveia e Vilar Formoso realizaram 4 acções de sensibilização subordinadas ao tema «Regresso às Aulas em Segurança», nos concelhos da Seia, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo. Estiveram presentes 73 encarregados de educação, tendo-lhes sido distribuídos panfletos informativos.
No dia 22 de Setembro, o Núcleo de Programas Especiais do Destacamento Territorial da Guarda participou nas acções desenvolvidas em Manteigas no âmbito do dia «Dia Europeu sem Carros». Para o efeito acompanhou e elucidou 42 alunos de escolas daquele concelho.
plb
Massena comandou a terceira invasão de Portugal em 1810, à frente de um exército que se propunha enviar os ingleses para o mar e tomar conta de um território e de um povo que se mostrava indomável. Porém, tal como as anteriores, esta invasão fracassou e com ela esmoreceu a chama do ilustre Marechal de França.
André Massena nasceu numa aldeia dos Alpes a 6 de Maio de 1758, no seio de uma família humilde, em que o pai era curtidor e fabricante de sabão. Foi o terceiro de cinco irmãos e teve uma infância dura. Aos 14 anos embarcou num navio mercante como grumete e aos 16 ingressou no exército francês. Passados dois anos era sargento, patente de que nunca passaria, dadas as suas origens humildes, não fosse a revolução de 1789, que o catapultou para o topo da hierarquia militar. Os seus elevados méritos no campo de batalha levaram-no a Marechal de França, e a acumular os títulos de Duque de Rivoli e Príncipe de Essling.
Cobriu-se de glória nas campanhas da Áustria e de Itália, o que lhe valeu ser chamado por Napoleão Bonaparte de «filho querido da vitória», e tido como o melhor estratega francês, cuja fama apenas era suplantada pela do próprio imperador.
Em 1810, após o fracasso da segunda invasão de Portugal, comandada por Soult, Napoleão decidiu acabar de vez com a resistência deste rincão ocidental da Europa, onde os ingleses se haviam instalado, ajudando a que se mantivesse como o único país do continente que não estava submetido à vontade dos franceses. Em 17 de Abril, ordenou a formação do Exército de Portugal que ele próprio comandaria. Porém os afazeres da politica prenderam-no em Paris, e nomeou comandante-em-chefe do novo exército o Marechal Massena, tido como o seu melhor e mais prestigiado lugar-tenente.
Massena tudo fez para evitar a nomeação. Não via com bons olhos que o exército fosse formado por corpos comandados por oficiais generais que estavam há muito na Península. Desconfiava especialmente de Ney e de Junot. O primeiro porque era também Marechal e era demasiado orgulhoso e irascível, e o segundo porque havia comandado a primeira invasão e não apreciaria reentrar em Portugal numa posição secundária. Napoleão recebeu porém Massena em audiência e convenceu-o a aceitar a missão.
Escolheu os oficiais do seu estado-maior e os comandantes de engenharia e artilharia e, em 29 de Abril, partiu de Paris, chegando a Valladolid a 10 de Maio, onde se correspondeu com os chefes dos três corpos que formavam o Exército de Portugal: o marechal Ney e os generais Junot e Reynier. Passou depois a Salamanca, onde organizou o seu exército e ordenou a tomada de Ciudad Rodrigo, que capitulou a 9 de Julho, criando-se assim as condições para que cumprisse com segurança a missão de submeter Portugal.
A tropa lançou-se sobre Almeida, cuja praça foi tomada após a infeliz explosão do paiol, e dali seguiu pela estrada da Beira, travando um primeiro combate no Buçaco, em 27 de Setembro, onde as forças anglo-lusas levaram a melhor sobre um exército francês que caiu no erro de tentar forçar linhas bem posicionadas. Massena perdeu ali um pouco do seu brio, mas prosseguiu com a invasão levando os ingleses e os portugueses da sua frente. Só as célebres Linhas de Torres Vedras, autêntica barreira defensiva inexpugnável, fez parar o movimento de Massena, que se quedou à espera de reforços para forçar a tomada de Lisboa.
Até Março de 1811, o exército francês subsistiu como pôde, com as tropas depauperadas e desmotivadas. Sem meios para atacar Lisboa, desiludido e desconfiado dos seus lugar-tenentes, Massena decidiu retirar. Planeou cada movimento com o maior rigor, conseguindo evitar grandes perdas, mau grado a perseguição tenaz que o exército ango-luso lhe deu. Sem força para avançar, soube controlar a retirada, demonstrando neste particular os seus dotes de estratega. Mesmo assim, quis evitar abandonar Portugal, planeando deixar os feridos e o material pesado em Almeida e avançando sobre o Sabugal e Penamacor, tomando o caminho do Sul, onde se reuniria ao Marechal Soult, que operava no sul de Espanha, para relançar a invasão pelo Alentejo. Contudo a insubordinação de Ney não lhe deixou margem para executar esse projecto, tanto mais que Wellington o interceptou no Sabugal, onde lhe deu combate, obrigando-o a recuar para Espanha.
Massena perdeu na batalha do Sabugal um obus, não se cansando de dizer que essa foi a única peça de artilharia que lhe foi retirada pelo inimigo em Portugal, assim provando que retirara sempre em boa ordem, nunca se considerando literalmente derrotado.
Já em Salamanca decide voltar a Portugal para abastecer a praça de Almeida, e trava com grande vigor a batalha de Fuentes de Oñoro, onde não conseguiu romper as linhas aliadas, assim se gorando a derradeira tentativa de reentrar em Portugal. Face ao fracasso, Massena caiu no desfavor de Napoleão, que lhe retirou o comando do Exército de Portugal, substituindo-o por Marmont. Para o humilhar o major general do exército francês envia-lhe de Paris uma missiva com as ordens expressas do imperador: «É desejo de Sua Majestade que se apresente em Paris imediatamente. O Imperador ordena expressamente que só traga consigo o seu filho e outro dos seus ajudantes-de-campo.»
Muitos franceses consideram Massena como o responsável pelo fracasso da invasão, fosse por ausência de uma estratégia ousada, por não ter conseguido submeter os seus comandantes de corpo ou por não ter dado combate vigoroso aos ingleses entrincheirados nas Linhas de Torres.
Mas são também muitos os militares franceses do seu tempo e os historiadores que vêm em defesa de Massena. Houve desde logo o mérito de lord Wellington que ao retirar para se fortificar junto a Lisboa, lhe deixou um território deserto e sem recursos, onde não pôde subsistir. Depois há a questão da dimensão do exército que Napoleão lhe entregou, porque ao invés dos 70 mil homens prometidos, Massena nunca teve mais de 45 mil. Fulcral foi também a constante insubordinação do Marechal Ney, que comandava o 6º corpo, que se recusou por diversas vezes a cumprir as ordens literais de Massena, colocando em causa as manobras do exército invasor.
André Massena, que morreria tuberculoso em 4 de Abril de 1817, esteve nas nossas terras raianas no momento em que preparava a execução da invasão e também aquando da retirada. No movimento retrógrado instalou o quartel-general em Alfaiates, de onde intentou a manobra de evolução para o sul. Porém o avanço dos aliados para o Sabugal, pela margem esquerda do Côa, gorou-lhe esses planos. No dia da Batalha do Sabugal, a 3 de Abril de 1811, foi de Alfaiates que enviou a ordem de retirada a Reynier, que comandava o corpo que foi atacado pelo exército anglo-luso. Foi ainda em Alfaiates que concentrou os seus corpos de exército e fez de seguida a manobra de recuo para Espanha.
Paulo Leitão Batista
O historiador Jorge Martins publicou em tempos de comemorações centenárias mais um livro intitulado «A República e os Judeus». O autor recorda no jornal «Público» que com a República «os judeus tinham vida pública e não se escondiam na sinagoga como seres exóticos e marginais».
Ler MaisVou escrever uma série de crónicas sobre a música tradicional do Soito, de que tenho conhecimento.
Ler MaisMais um novo ano escolar que começa e com eles os velhos e desgastados problemas! Numa era em que o encerramento de escolas continua na ordem do dia e, cada vez mais a ser a política adoptada pelo nosso Ministério de Educação, várias questões se nos impõe! Com o crescente número de encerramento de escolas, estaremos realmente a salvaguardar o real interesse dos alunos, das suas aprendizagens e das suas famílias? E para além disso também da comunidade em que se inserem?
Muitos argumentarão que o parque escolar tem tendencialmente vindo a descer, que o número de alunos por escola é cada vez menor, que não é comportável manter abertas escolas assim, que o rendimento escolar dos alunos é menor, etc… etc… E eu acrescento, blá, blá, blá! O que move efectivamente o encerramento de cada vez mais escolas por parte do governo e do Ministério da Educação são motivações meramente economicistas! Menos escolas, menos professores, menos auxiliares, menos dinheiro gasto! E os alunos, e as famílias e as comunidades?
Os alunos não são meros números nem estatísticas, são seres humanos, são crianças, muitas delas de tenra idade, que necessitam de um ambiente adequado para desenvolver as suas capacidades e aprendizagens. Deslocá-las mais de 20 quilómetros (no caso da nossa freguesia) do meio que as viu nascer e crescer, do local onde criaram a sua identidade, dos seus espaços de referência, do seu professor dos seus colegas e amigos (já de si poucos) será isso realmente benéfico ao seu crescimento enquanto pessoas e cidadãos
Será essa transferência de alunos acompanhadas necessárias condições: ocupação dos tempos livres; criação de espaços adequados e não «tudo ao monte e fé em Deus»; transportes seguros; refeições adequadas; colocação de Auxiliares de Acção Educativa em número suficiente e com formação adequada?? São tudo questões pertinentes e que preocupam os nossos pais e Encarregados de Educação!! Não basta irem para a comunicação social propagandearem os «Magalhães»!! A aprendizagem vai muito além disso!!
E como se tudo isso não bastasse temos o problema cada vez mais gritante da desertificação das nossas aldeias, muitas delas, como a nossa, bem vivas em usos e costumes! Quem dará continuidade a isso, às nossas tradições, às nossas raízes, se, desde já, nos «roubam» o nosso futuro que são as crianças?? Sim, porque não tenhamos ilusões, a nossa população vai ficando cada vez mais envelhecida e de dia para dia vão desaparecendo «os filhos da terra» os que a sentem verdadeiramente no sangue, que a sentem como sua! Por isso se impõe uma reflexão profunda sobre o fecho das escolas com o perigo cada vez mais crescente da nossa perda de identidade como pessoas e cidadãos de pleno direito de uma comunidade!
A Junta de Freguesia da Bendada, na pessoa do seu Presidente, deseja a todos os alunos, pais, encarregados de educação e restante comunidade educativa os votos de um excelente ano lectivo!
Jorge Dias
(Presidente da Junta de Freguesia da Bendada)
Tal como estava anunciado a Banda da Força Aérea deslocou-se a Foios para dar um concerto de cerca de duas horas. Aconteceu no passado sábado, dia 25, do corrente mês de Setembro.
Ler MaisO Partido Socialista, pela voz de Nuno Teixeira, deputado municipal e presidente da concelhia sabugalense do PS, atacou frontalmente a execução autárquica ao fim de quase um ano de mandato, defendendo que apenas se tem feito uma gestão corrente. A Assembleia ficou ainda marcada pelas críticas dos socialistas ao projecto do PROT-Centro e pela intervenção do deputado Manuel Rito, que fez um aviso à navegação apontando qual o rumo certo a seguir.
Para Nuno Teixeira a dinâmica anunciada pelo PSD há um ano na campanha, não passou de uma «artimanha eleitoral», e enumerou os erros da governação do PSD: «A Câmara do Sabugal é hoje conhecida como uma mera agência festiva e com muita competência na atribuição de subsídios», disse o deputado, que considerou ainda verificar-se uma inteira dependência face ao anterior executivo, uma incapacidade de tratar e fazer avançar dossiers e, referindo-se ao vereador do MPT Joaquim Ricardo, «ter uma maioria à custa de um vereador a quem ninguém reconhece qualquer competência específica ou trabalho realizado».
O deputado lançou depois uma bateria de perguntas ao presidente António Robalo, tendo por base as suas promessas eleitorais:
Onde estão a SabugalInvest, a qualificação do Mercado do Sabugal, o Centro Nacional de Micologia da Colónia Agrícola, o Ofélia Club, o Centro Náutico, a melhoria da rede social, o funcionamento das comissões inter-freguesias, a construção dos Centros Educativos, o reforço de meios tecnológicos nas escolas, o Fórum Jovem, os espaços informais de desporto, convívio e lazer e o apregoado Parque Temático de atractividade internacional? Questionou.
Sobre outros assuntos denunciou: «O Parque Campismo não avançou um metro», «a requalificação do Rio Côa é uma miragem», «a ligação à A23 continua um sorvedouro dos dinheiros públicos».
«Foi um ano inteiramente perdido para o Concelho do Sabugal», considerou, tendo em conta que «não foi desenvolvido, tão pouco apresentado, qualquer projecto estruturante para o Concelho em nenhuma das áreas fundamentais» e «não se conhecem projectos ou propostas que identifiquemos como mais-valias para o desenvolvimento sustentado do Concelho».
Seguidamente elogiou o desempenho dos vereadores socialistas, que pautaram «a sua intervenção por uma oposição atenta mas construtiva, apresentando um numeroso conjunto de propostas», mau grado a falta de condições para trabalharem. «Aliás, o Sabugal será porventura a única Câmara do País, onde aos vereadores da oposição não foi disponibilizado qualquer espaço para trabalhar, tão pouco a possibilidade de receber e ouvir os Munícipes», atitude que considera revelar «uma faceta de democraticidade duvidosa e totalmente à revelia do consignado no Estatuto do Direito de Oposição».
Nuno Teixeira deixou uma conclusão: «A verdade nua e crua, é que a acção da Câmara durante este ano, se resume a uma simples gestão corrente».
Um outro deputado do PS, Carlos Alberto Morgado Gomes, relançou a questão do Plano Regional de Ordenamento do Território da Região Centro (PROT-Centro), já apresentada pelos vereadores socialistas no executivo autárquico.
O deputado considerou que o PROT-Centro «não só não serve os interesses do Concelho do Sabugal, como, mais grave ainda, contribuirá para agravar a situação com que hoje o Concelho se defronta, ou mesmo, a colocar em risco a própria sobrevivência da nossa terra», enumerando de seguida um conjunto de erros e omissões que o plano contém e que manifestamente prejudicam o concelho. Acaba porém concluindo que «face à gravidade do que conhecem, este não é nem pode ser um momento de luta político-partidária, exigindo-se que todos contribuam para que a versão final do PROT-Centro contribua para a inversão da actual situação do nosso Concelho e o integre nas dinâmicas de desenvolvimento da Beira Interior».
O presidente António Robalo lamentou que o documento andasse já a provocar polémica, porquanto o mesmo apenas agora, no final do mês, entrará em discussão pública.
A reunião da Assembleia Municipal foi também protagonizada por Manuel Rito, ex-presidente da Câmara e agora deputado municipal, que numa critica implícita ao desempenho do presidente António Robalo, fez uma intervenção de fundo apontando o rumo concreto a seguir no futuro pelo Município.
plb
A colocação na aldeia da Torre de uma escultura representativa de Frei João Domingos, da autoria do escultor Eugénio Macedo, foi a forma encontrada pelos habitantes para homenagearem o seu ilustre conterrâneo, falecido em Lisboa no dia 9 de Agosto deste ano, que se destacou no apoio às populações carenciadas de Angola.
A ideia da homenagem partiu de um familiar do Frei João Domingos, o senhor Olíbio Melro, que recebeu de imediato o apoio da população da Torre, que se prontificou a colaborar no financiamento da obra. O trabalho foi entregue ao escultor Eugénio Macedo, que colocou logo mãos à obra.
A escultura está quase concluída, pelo que se antevê a sua inauguração na primeira quinzena de Outubro. O monumento evocativo será colocado no largo da aldeia, defronte da porta da igreja.
Frei João Domingos Fernandes era membro da congregação dos padres dominicanos do Rosário e morreu vítima de um Acidente Cardiovascular Cerebral, deixando consternados os que o conheciam, sobretudo os habitantes da Torre, aldeia do concelho do Sabugal onde nascera há 77 anos e onde ia frequentemente.
Licenciou-se em Teologia, em França, e obteve o grau de Mestre no Canadá. Antes de ir para a Angola foi professor e director do seminário dominicano português, professor de filosofia no Centro de Estudos de Fátima e de Teologia na Universidade Católica de Lisboa. Chegou a Angola em 1982, para começar num projecto ligado aos padres dominicanos. Mais tarde, foi convidado pelos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé para reitor do Instituto da Ciências Religiosas de Angola. Foi ainda superior dos padres dominicanos em Angola e primeiro pároco da paróquia do Carmo, em Luanda. Fundou o Instituto Superior João Paulo II e o Centro Cultura Mosaico
Em 1998, foi agraciado com a comenda da Ordem Mérito do Estado Português.
O escultor Eugénio Macedo vem realizando diversos trabalhos, que se traduzem em monumentos que povoam e região, dentre os quais se refere o monumento ao imigrante no Meimão, a escultura de Agostinho da Silva em Figueira de Castelo Rodrigo, a estátua de D. Dinis em Alfaiates, as esculturas da Senhora da Graça e do Bombeiro no Sabugal.
plb
A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia antiga), foi travada durante a Guerra Peninsular, próxima do Luso, na Mealhada, a 27 de Setembro de 1810, combatendo por um lado forças coligados portuguesas e britânicas, sob o comando de Arthur Wellesley, primeiro Duque de Wellington, e por outro as forças francesas lideradas pelo marechal André Massena.
Wellington retirara do Côa frente ao avanço imparável na máquina de guerra francesa, cujos soldados estavam ávidos por combater os ingleses e portugueses, que lhes fugiam sucessivamente, dando-lhes a entender que receavam qualquer recontro.
Mas, chegado à montanha do Buçaco, o comandante inglês decidiu ocupá-la com as suas forças (cerca de 50 mil homens, metade dos quais portugueses), esperando aí pelo exército invasor.
A posição ocupada no alto da montanha era formidável e meteu respeito aos franceses, fazendo com que Massena hesitasse. Bastar-lhe-ia contornar a serra para evitar um recontro generalizado, fazendo com que Wellington desmonta-se as suas linhas, mas o desejo de uma batalha era demasiado forte para soldados que se achavam os melhores do mundo, ainda mais perante um inimigo que assistira impávido à queda das praças de Ciudad Rodrigo e de Almeida e que se colocara em fuga face ao avanço do exército francês. A posição era difícil e claramente desfavorável, mas o comandante francês acreditava na vitória.
Do outro lado Wellington estava confiante na vantagem da sua posição, e esperava serenamente que os franceses o atacassem rompendo a pique pela serra e expondo-se ao fogo dos aliados. Foi atacado por cinco vezes sucessivas pelos homens de Massena, mas não cedeu a posição. O último assalto foi comandado pelas forças do Marechal Ney e do general Reynier, que foram incapazes de desalojar as forças anglo-lusas. Os franceses tiveram cerca de 4500 baixas, entre mortos e gravemente feridos, sendo que as perdas dos luso-britânicos ascenderam apenas a 1250 homens.
Esta foi a primeira batalha da Guerra Peninsular em que as forças do reconstituído e reorganizado exército português participaram (o exército havia sido desmobilizado por Junot em Dezembro de 1807 e parte dele enviado para servir Napoleão; só em 1809 havia sido restaurado e treinado pelo marechal inglês William Carr Beresford). Os soldados portugueses bateram-se aliás com grande coragem, o que lhes valeu fortes elogios por parte de Wellington.
A Batalha do Buçaco, vai ser recriada a 25 e 26 de Setembro numa iniciativa organizada pela Câmara Municipal da Mealhada, que reúne cerca de 200 figurantes de associações napoleónicas de vários países.
Ao princípio da tarde do dia 25 realiza-se um desfile pela Avenida Emídio Navarro, no Luso, ao qual se seguirá a recriação de uma escaramuça junto ao monumento evocativo da batalha.
No dia 26 recria-se a Batalha do Buçaco, pelas 11h00, junto às portas do Sul.
plb
O escritor sabugalense Manuel António Pina foi distinguido com o prémio literário da Fundação Bissaya Barreto de literatura para a infância.
A distinção foi para o livro «O cavalinho de pau do Menino Jesus e outros Contos de Natal», da autoria de Manuel António Pina, com ilustrações de Inês do Carmo e edição da Porto Editora.
O júri classificou de «notável» a obra premiada, com «qualidade estética capaz de despertar o imaginário da criança, a originalidade da leitura e o humor inteligente». O júri desta segunda edição do prémio literário da Fundação Bissaya Barreto, foi presidido por Lúcia Santos, chefe da Divisão de Infância da fundação, fazendo ainda parte Rui Veloso, professor especializado em literatura para a infância da Escola Superior de Educação de Coimbra e António Modesto, ilustrador e professor de Ilustração na Escola de Tecnologias Artísticas de Coimbra.
Os cinco mil euros que constituem o prémio serão divididos, em parte iguais, pelo autor do livro e pela ilustradora, em cerimónia pública que acontecerá na Casa Museu Bissaya Barreto, em Coimbra, cuja data será anunciada pela Fundação.
Concorreram ao prémio 205 obras literárias de 30 editoras, publicadas em Portugal entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Dezembro de 2009.
plb
A Real Confraria da Matança do Porco, de Miranda do Corvo, celebra no dia 9 de Outubro o seu II Capítulo com a recriação de uma matança do porco tradicional.
A matança do porco, o desmanche, a preparação da carne, tem contornos particulares que se revelam autênticos ritos culturais e de sociabilização. A salvaguarda destas práticas e promoção da gastronomia associada são medidas que visam a preservação do património cultural e identidade de uma população, para além de constituir um estímulo à prática de valores de sociabilização que com a modernidade tendem a cair em desuso.
A matança do porco é a festa pagã mais tradicional do país, que apela aos princípios mais íntegros da vida comunitária – solidariedade e fraternidade – entre famílias, vizinhos e amigos.
Embora um ritual pagão, está intimamente ligado á cultura cristã uma vez que os judeus e muçulmanos não consomem carne de porco. Nas religiões monoteístas só os Cristãos realizam a matança do porco.
O porco que vai ter o papel central do cerimonial será de raça bisara ou preto alentejano, criados no Parque Biológico da Serra da Lousã (PBSL), sem rações e com alimentação tradicional.
O PBSL integra um Zoológico de Vida Selvagem Nacional, uma Quinta Pedagógica de Raças Portuguesas com Centro Hípico, Labirinto de Árvores de Fruto único no Mundo, Roseiral, Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais com oficina de artesanato e loja de venda, Ecomuseu, Museu da Tanoaria e Restaurante Museu da Chanfana.
Complexo lúdico-turístico, o PBSL alia a preservação do património natural e vivencial a uma missão social dando ocupação/emprego a cerca de três dezenas de pessoas portadoras de doença crónica e/ou psiquiátrica ou desempregados de longa duração. Um projecto integrador de pura responsabilidade social, marcando assim a sua especificidade na transmissão de ensinamentos e referências para a vida.
A ementa do II Capítulo inclui: sopa do campo com enchidos, sarrabulho à moda da região, pernil de porco com batata de forno, e arroz doce e tigelada mirandenses.
jcl
Quarta-feira, dia 22 do corrente mês de Setembro, quadros técnicos dos CTT levaram e efeito uma sessão de trabalho no Centro Cívico de Foios. Tratou-se da reunião de trabalho mensal da GSCCN – Gestão Serviço Clientes Centro Norte dos Correios, onde estiveram presentes os 22 Responsáveis desta Direcção (que abrange uma área geográfica desde Coimbra, Aveiro, Viseu, Covilhã e Guarda), bem como dois convidados de Lisboa e Coimbra da Unidade de Serviços Financeiros dos CTT.
(Clique nas imagens para ampliar.)
O 1.º Festival Internacional da Memória Sefardita decorre entre os dias 1 e 7 de Novembro de 2010 nas cidades Guarda, Trancoso e Belmonte. A iniciativa do Turismo Serra da Estrela conta com o alto patrocínio de Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa e inclui, no dia 3 de Novembro, uma visita a Sortelha e ao Sabugal.
A cerca de quatro meses do início do I Festival Internacional da Memória Sefardita, que terá lugar na Serra da Estrela, de 1 a 7 de Novembro de 2010, a organização recebeu o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, Professor Aníbal Cavaco Silva.
Este contributo demonstra a relevância deste evento para a divulgação de Portugal como país fortemente marcado pela Sefardita e sua herança ainda hoje presente em inúmeras localidades.
Um dos momentos altos do Festival será o Congresso que terá lugar no Teatro Municipal da Guarda, de 2 a 4 de Novembro de 2010.
A atestar a importância da temática do Congresso está confirmada a presença de oradores de renome nacional e internacional, focados no estudo do mundo Sefardita.
Alguns dos participantes: Tzvika Schaick, Curador e Director do Museu Dona Gracia em Tiberíades; Marques de Almeida, Coordenador Executivo e Científico da Cátedra de Estudos Sefarditas, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; José Alberto Rodrigues Tavim, Centro de História, Departamento de Ciências Humanas do Instituto de Investigação Científica Tropical de Lisboa e membro da Comissão Executiva da Sociedade de Estudos dos Judeus Sefarditas e da Diáspora Sefaradi, Universidade Hebraica de Jerusalém; Dov Stuczynski, Universidade de Bar-Ilan, Tel Aviv; Antonieta Garcia, Universidade da Beira Interior; Elvira Mea, Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto; Herman Salomon, Professor Catedrático da Universidade de Albany, E.U.A.; e Yom Tov Assis, professor de História Judaica Medieval na Universidade Hebraica de Jerusalém e Presidente do Instituto Ben Zvi em Jerusalém.
A organização pertence ao Turismo Serra da Estrela, aos municípios da Guarda, Belmonte e Trancoso e à Alegretur. O lema da iniciativa é «Venha descobrir a Serra da Estrela e junte-se a nós no I Festival Internacional da Memória Sefardita!»
As inscrições podem ser feitas no portal oficial do Festival. Aqui.
Secretariado do Festival: secretariado@leading.pt
jcl (com Turismo Serra da Estrela)
O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, autorizou a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) a tomar posse administrativa das parcelas necessárias ao rápido início das obras de construção do reservatório da Fatela do Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira constituído pelas barragens do Sabugal e da Meimoa.
O Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira integra um sistema de armazenamento de água, constituído pelas barragens do Sabugal e da Meimoa e um túnel de interligação entre ambas (Sistema Sabugal-Meimoa), bem como um sistema de distribuição de água, constituído por uma tomada de água na barragem de Meimoa, que liga à rede primária de rega, que por sua vez deriva para a rede secundária de rega, permitindo o regadio.
O Reservatório da Fatela, infra-estrutura que integra o Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira, situa-se a cerca de 20.830 m da origem do 3.º troço do Canal Condutor Geral da Cova da Beira, e foi implantado numa faixa de terreno adjacente ao mesmo. O Reservatório ocupa uma área de cerca de 2 hectares e uma capacidade útil de 27 dam3.
A partir do Reservatório da Fatela serão distribuídos os caudais para o bloco da Fatela, com 516 ha, que constitui um dos seis blocos de regadio (Belmonte, Caria, Ferro, Fundão, Fatela e Capinha), do Aproveitamento Hidro Agrícola da Cova da Beira. Os referidos blocos de regadio contemplam os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão e, em reduzida escala, o concelho do Sabugal. Prevê-se a conclusão desta obra em Agosto de 2011.
jcl (com Portal do Governo)