António Carlos Saraiva Fernandes é natural do Sabugal e reside há 10 anos na Arrifana, no concelho da Guarda, onde é presidente da Junta de Freguesia, eleito nas listas do Partido Socialista nas eleições de Outubro de 2009. Engenheiro florestal e coordenador técnico do Centro de Formação Agrícola da Guarda, este sabugalense é, aos 34 anos, um dos mais jovens autarcas do distrito.
– O que se destaca na actividade da Junta de Freguesia da Arrifana eleita nas últimas eleições autárquicas?
– No que me diz respeito, trata-se de uma experiência nova, na medida em que não tinha qualquer experiência como autarca. Numa primeira fase procurei, com os demais elementos da Junta, inteirar-me da situação da autarquia, ao mesmo tempo que nos empenhámos em resolver questões mais imediatas. Passada essa primeira fase de adaptação, estamos agora a projectar algumas obras necessárias ao desenvolvimento da freguesia que pensamos vir a candidatar a fundos comunitários.
– Esta freguesia, dada a sua proximidade com a Guarda, tem sido muito procurada por pessoas que trabalham na cidade para aqui fixarem residência, fazendo assim com que venha perdendo a matriz rural que a caracterizava. Isso é um problema acrescido para a Junta?
– Esta freguesia tem uma característica única ao nível do concelho da Guarda. Por um lado é uma freguesia rural, mas por outro lado é também uma freguesia com características urbanas ou semi-urbanas. Isso traz benefícios mas também condicionalismos. Temos na zona do Outeiro de S. Miguel e na confluência da estrada que liga a Pinhel uma área de características urbanas, e já praticamente integrada na cidade. Depois temos o núcleo mais antigo da freguesia, junto à Estrada Nacional 16, que é uma aldeia de características rurais, assim como as anexas da freguesia, que são as aldeias de João Bravo, João Bragal de Cima e Casais da Ribeira, que têm uma matriz rural ainda mais acentuada. Outra particularidade da freguesia é o facto de conter no seu território a intercepção das duas auto-estradas que servem a Guarda, a A23 e a A25, e que nos ligam a Espanha e ao Litoral. As facilidades de acessos e a proximidade da cidade potenciam a fixação de pessoas e de empresas na área da freguesia, sendo notória a procura de espaço para construção.
– E sente que essas características singulares da freguesia dificultam o trabalho da Junta?
– Dificultam, porque nos criam problemas diferenciados que exigem também soluções diferentes. Há problemas próprios de uma freguesia rural, como a assistência aos idosos, a limpeza dos caminhos agrícolas, o abastecimento de água e o saneamento, mas também problemas próprios dos espaços urbanos, como a necessidade de espaços de diversão e de lazer. Por outro lado, os habitantes da área mais urbana resistem muito à sua plena ligação à freguesia, na medida em que fixam aqui residência mas trabalham na cidade, à qual acabam por se sentir mais ligados. Aqui haverá um esforço a fazer pela própria Junta, pois temos de procurar abordar as pessoas, motivando-as para interagirem com a demais população e participarem na vida colectiva.
– Qual tem sido o relacionamento com a Câmara Municipal da Guarda na tentativa de resolver os principais problemas da freguesia, nomeadamente aqueles que resultam da expansão urbana?
– Temos mantido neste tempo, que ainda só leva oito meses, uma boa relação com a Câmara Municipal. Sabemos quais as responsabilidades da Junta de Freguesia, mas temos a certeza que muitos dos problemas apenas se resolverão com uma intervenção activa por parte da Câmara. Temos feito uma grande pressão no sentido da sua intervenção nas questões mais urgentes, e tem havido abertura para isso. Foram tomadas algumas acções, como a colocação junto ao Outeiro de S. Miguel de abrigos para as crianças que esperam pelos transportes públicos, situação em que a Câmara correspondeu à nossa solicitação. Necessitamos também de um espaço de lazer paras as crianças da freguesia, situação que espero conseguir resolver em breve com o empenho da Câmara, pois tenho já uma reunião agendada para esse efeito. Estas soluções acontecem de uma forma faseada e de acordo com as disponibilidades de meios da autarquia, situação que temos de compreender.
– A escola básica da Arrifana, que conta com 12 alunos, não vai fechar este ano, mas isso poderá suceder em breve uma vez que uma grande parte das famílias que aqui vivem optam por levar os filhos para escolas da cidade. O que pensa de um eventual cenário de encerramento da escola?
– Na verdade há crianças da Arrifana que vão estudar para a Guarda e para o Outeiro de São Miguel, que é uma escola regional privada com que a freguesia também conta, e isso provoca a escassez de crianças que se verifica na escola pública. Contudo, no próximo ano lectivo, a escola vai manter-se. Quando o Centro Escolar da Sequeira entrar em funcionamento então é certo que a escola da Arrifana fechará. O centro escolar, cujo projecto conheço, tem todas as condições para o ensino e para o desenvolvimento das crianças. Eu tenho uma opinião muito própria acerca do encerramento das escolas básicas nas aldeias. Penso que não se justifica manter em funcionamento escolas com poucos alunos, que se juntam na mesma sala, independentemente do ano escolar que frequentam. Isto é gerador de problemas de pedagogia e não contribui para o bom desenvolvimento da aprendizagem. Existindo um centro escolar próximo, e no caso da Arriana ele ficará a cinco quilómetros, não se justifica manter a escola aberta nessas condições. Os edifícios das escolas cujos alunos vão para os centros escolares devem passar a ser centros de recolha das crianças, que proporcionem actividades extracurriculares até ao momento em que os pais os vão recolher. Isto implica ter transportes adequados, e aqui defendo o uso de meios de transporte de média dimensão, evitando-se os autocarros que percorrem várias aldeias até encherem, já que o transporte tem que ser rápido, pois não é adequado sujeitar as crianças a viagens longas. Claro que é importante para as aldeias a manutenção das escolas, que são um sinal de vitalidade, mas a realidade é que a população envelhece e as crianças são cada vez menos e elas merecem uma formação pedagógica adequada.
– Como é que a Arrifana apoia os seus idosos, que pelos vistos são cada vez em maior número?
– Temos um centro de dia, inaugurado há pouco tempo, que é uma obra de uma associação de solidariedade social da Arrifana, que presta também apoio domiciliário aos idosos da freguesia. Mas não descuramos a possibilidade de ser criado um lar. Na intervenção que fiz na cerimónia de inauguração do centro de dia disse às entidades presentes que necessitamos de um lar e que para o conseguirmos instalar necessitamos de apoios. Quando a Liga dos Amigos da Arriana decidir avançar nesse projecto a Junta de Freguesia dar-lhe-á todo o apoio.
– Como autarca da Guarda, o que pensa da mais que certa decisão política de passar a haver portagens na A23 e a A25, vias estruturantes para a cidade e para a região?
– Sou completamente contra essa medida. Compreendo que a situação que o país vive, ao nível económico e financeiro, obrigue a alterações nas SCUT, mas o Interior merece uma diferenciação face ao resto do país. Se assim não for, temos que nos valer de taxas pela preservação do meio ambiente, da água, da estabilidade e do controlo da biodiversidade. Ou seja, merecemos ser ressarcidos desse prejuízo. Se não há cidadãos de primeira e de segunda, todos devendo pagar, então quem vive no Litoral tem de nos pagar os prejuízos que temos para que toda a sociedade beneficie. Se ainda existe caça é porque os agricultores e os demais habitantes do interior a preservam, se existe floresta e se se mantêm actividades tradicionais é porque, teimosamente, alguém insiste em o garantir. Mantemo-nos aqui contra todas as adversidades e isso tem um custo. Por exemplo, no inverno quem vive da Guarda tem de pagar um elevadíssimo custo pelo aquecimento, nada comparável com o que se paga no litoral. Face a isto defendo o seguinte em relação às SCUT: nós pagamos as portagens, mas depois somos ressarcidos face às condicionantes de que falei. O mais viável é, em função do rendimento per-capita de cada região definir as que pagam e as que estão isentas. No nosso caso, o pagamento de portagens em vias que atravessam a região vem trazer-nos custos que as nossas empresas, que operam num mercado extremamente condicionado, não podem suportar. As pequenas e médias empresas têm de fazer constantes de viagens nas auto-estradas no desenvolvimento da sua actividade. Se têm de pagar mais esse «imposto» por se deslocarem no distrito ficam assim sem lucros e o resultado é o seu encerramento e o desemprego para quem lá trabalha. Somos poucos e temos pouca representatividade eleitoral, mas temos de por cobro a esta subjugação permanente aos interesses do Litoral.
plb
Comentário:
Guião.
Governabilidade sustentável e caminho certo dos Países.
Um País empenhado com uma divida grande como o nosso. É como um Grande lavrador/ ou Agricultor empenhado que cultiva as terras com uma grande divida. Pois se não deitar de novo e rapidamente a semente á terra não cria mais riqueza atempada para pagar o que deve a tempo e horas. Acabará por morrer á fome, e na miséria. Pois tanto as pessoas, como o País só conseguirá pagar as despesas mensais e reduzir as dividas produzindo, criando, e construindo, sempre mais e melhor, em todas as árias. A governação do Pais tem que ser como o sal nos alimentos que comemos, com respeito aos gastos, e investimentos nem demais, nem de menos. A semente que devia ter espalhada, o Governo de Portugal o Sr. Pedro Passos Coelho, era o dinheiro da TROICA, mas meteu nos Bancos não pode haver crescimento nem produção, e continuaremos a empobrecer, porque não se deitou a semente á terra.
Para bem do Pais e urgente mudar de Politicas.
Saúde da Boa.
Comentário.
O Valor dum País.
É Cidadania activa; é o que Portugal mais precisa.
Mostrar Portugal; e ser Portugueses.
É reunir estes oito mandamentos.
Ser Português é ser solidário com todos os Cidadãos.
Ser Português é querer para todos os Cidadãos o que queres para ti próprio.
Ser Português é não violar os direitos de igualdade.
Ser Português é respeitar todos os cidadãos para seres respeitado.
Ser Português é haver emprego para todos.
Ser Português é haver um tecto máximo para salários, e reformas sustentável.
Ser Português e haver uma justiça para todos os cidadãos combatendo a corrupção.
Se queres um Mundo melhor; e um Pais mais justo com emprego para todos. Partilha e envia aos teus amigos.
Comentário:
Ser Português Construtivo de Portugal.
É reunir estes oito mandamentos.
É mostrar a Portugal, que se é assertivo; e ter bom censo.
Ser Português é ser solidário, com todos os Cidadãos.
Ser Português é querer para todos os Cidadãos, o que queres para ti próprio.
Ser Português é não violar os direitos de igualdade.
Ser Português é respeitar todos os cidadãos, para seres respeitado.
Ser Português é ter direito a um emprego de igual modo para todos.
Ser Português é haver um tecto máximo para salários, e reformas sustentável.
Boa tarde.Comentário e Comeração 25 Abir 2012 . Assinalasse o dia da nossa produção Nacional dia 26/ Abil.Pois o nosso sistema produtivo Agricula dava lucro.Hoje com tanta evuloção e com tantos meios mudernos não dá i abandona-se.Abulição das fronteiras, aumentos de impostos e despreso dessa actividade dá agora é prejuizo e tambem cotribui para a chamada crise.Gostava de saber o que têm faito os Governantes para defender o nosso sistema produtivo. U que não cosigo entender autorizam que fossemos invadidos pelos países estrangeiros.Continuam apelando á coesão Nacional, mas nada fasem;nem consigo ver uma linha de rumo para o pais criar riqueza.Pois eu lembro-me bem dos terrenos cultivados que mais pareciam uns jardins onde eu nasci. E que 80% das pessoas viviam desse nosso território.Pois as parçelas pequenas estão a ficar todas abandunadas.Pois só contribuem para haver encendios.Pois para o pais ter condições para produzir deviasse faser a tal lei do emparçelamemto,As pessoas em vez de terem 40 ou 60 parçelas terião uma só quinta.Há muito terreno bom que podia estar cultivado; mas não é, porque são parçelas pequenas.Pois as partilhas que se fasiam antigamente eram as seguintes.Que todos queriam ficar com uma sorte no mesmo prédio.Mas isso hoje não têm jeito nenhum.Com a evolução dos tempos isso ficou ultrapasado.Mas lá se mantêm essa situção igual.
O descurso e a omilia é sempre a mesma de quem tem o puder de dirigir os destinos do nosso País nada tem feito.Pois o que eu fasia era compor os terrenos Agriculas e faser póssus nos terrenos.Que reponham as Froteiras e que deixem trabalhar as pessoas para bem de todos.
Espero ter contribuido para bem de todos com este meu comentário para que alguem fassa alguma coisa para bem do nosso pais.Gosta de o ver com a mesma cor verde.
Sem outro assunto subscrevo-me com respeitosos comprimentos.
Tomei conhecimento da estoria de Arrifana,ao ler esta página pois é a realidade da vida encerramentos atrás de encerramentos de escolas; não está serto.
Haver se us nossos Governantes repoiem as coisa no lugar serto.
E que não nos aprocimem a todos das Cidades grandes e do Mar.
Acho que o povo estava mais a vontade espalhado pelo território Nacional.
Com isto termino muita saúde para todos os participantes que contribuem para bem da humanidade.
Boa noite. O problema, como todos sabemos, é que infelizmente há cada vez menos crianças neste interior. A resposta que eu dei, nada tem a ver com orientações políticas, quem me conhece sabe bem, é uma opinião própria fundamentada na minha experiencia, respeitando qualquer outra contrária. Manter na mesma sala de aula 6,7,8 alunos distribuídos por vários anos, não existindo ainda, recursos e infra-estruturas capazes de proporcionar as actividades extra curriculares adequadas, não me parece que seja a resposta adequada para as necessidades de aprendizagem e vivencia escolar das nossas crianças, mas respeito as opiniões divergentes. Quero realçar que sou contra uma qualquer formula pré definida que estabeleça critérios únicos para o encerramento das escola, cada situação deve ser analisada sob diversos “prismas” e com a participação de vários intervenientes locais, no objectivo único de salvaguardar o real interesse das crianças… Relativamente à Arrifana, foi possível manter a escola em funcionamento por mais um ano lectivo, nunca me conformaria com a deslocação dos alunos para outra escola com condições semelhantes, mas será compreensível com a entrada em funcionamento do novo centro escolar a cerca de 5km, não existam argumentos para a sua continuidade com a valência de escola, devendo se justificável, vir a desempenhar funções de sala de apoio e estudo devidamente acompanhado.
Cumprimentos a todos e parabéns ao “Capeia Arraiana” pelo excelente trabalho na divulgação da nossa terra, da nossa cultura e das nossas gentes! Obrigado.
Eu fui aluno do Professor Aristides Duarte quando ele ainda era colocado no concelho.
Na altura penso que comigo havia 3 alunos na escola e não fui prejudicado em nada por isso,muito pelo contrário. Eu fiz a primária toda com apenas 1 a 3 colegas e isso só me trouxe vantagens na aprendizagem, tinha professores com mais tempo para se dedicarem a cada aluno e isso para mim é uma grande mais-valia.
Comparando o meu caso com o da minha irmã, por exemplo, ela esteve sempre em turmas de 20 alunos do mesmo ano e posso dizer com confiança que não saiu da primária nem com metade da preparação com que eu saí.
Compreendo que se tenham que fazer esforços pela economia do país, mas o que é certo é que a educação vai de mal a pior, pelo menos é o que eu penso.
“Eu tenho uma opinião muito própria acerca do encerramento das escolas básicas nas aldeias. Penso que não se justifica manter em funcionamento escolas com poucos alunos, que se juntam na mesma sala, independentemente do ano escolar que frequentam. Isto é gerador de problemas de pedagogia e não contribui para o bom desenvolvimento da aprendizagem.” diz o senhor António Carlos Fernandes.
Como esta conversa vem sendo recorrente em todos os do PS (desde o ex-deputado Fernando Cabral , a exercer como professor na Guarda, vivendo na Guarda, ao senhor deputado Francisco Assis (que nem é da Guarda, mas foi eleito deputado pela Guarda, até um qualquer PS que se encontre- e como sei que o senhor Fernandes foi, também, eleito numa lista do PS) desafio-os a provarem por A +B que isso que alegam é verdade. Se não o fizeram ( e eu já desafiei, pelo menos o senhor Cabral a fazê-lo no jornal “Nova Guarda” e ele nunca o fez) provam que o que que alegam é só um lugar-comum que os do PS, agora, descobriram. Eu sou professor (colocado pelo PS a 120 Km da minha residência, coisa que nunca perdoarei) e não penso nada disso. Aliás, basta ver os resultados ( e o PS gosta tanto de estatísticas…) das escolas com muitos ou poucos alunos, com turmas com um ou vários anos de escolaridade, para se ver que isso não é verdade. Hoje o sucesso é generalizado a todas as escolas, quer as que têm muitos, quer as que têm poucos alunos, quer às turmas com um só ano, quer às turmas com mais de um ano de escolaridade ( o que não significa que alguém saiba alguma coisa, mas as estatísticas provam que sim), pelo que esse argumento não colhe. Portanto, caros senhores do PS digam de uma vez por todas: nós precisamos, a todo o custo, diminuir as despesas com a Educação ou transferi-las para as Câmaras e , por isso, só nos resta inventarmos uma série de “clichés” para ver se as pessoas acreditam.
Boa Carlinhos.