O Sol a pino escaldava-me o passo, sentei-me na sombra da oliveira no penedo, meti a mão ao bolso e tirei aquela pedra que me acompanha há mais de 20 anos. Olhei-a com a mesma saudade com que a olhava em outros tempos. Levantei os olhos e tentei descortinar para lá da planície e da neblina quente que diluía o horizonte a silhueta das serras, das serras onde nasce aquele rio que me corre nas veias onde um dia apanhei aquela pedra.
