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Página Principal  /  Memória, Memórias... • Soito  /  Refrigerantes Cristalina – 1971
05 Julho 2010

Refrigerantes Cristalina – 1971

Por João Aristides Duarte
João Aristides Duarte
Memória, Memórias..., Soito cristalina, fabrica, joão aristides duarte 7 Comentários

A foto que apresento nesta crónica refere-se à Fábrica de Refrigerantes Cristalina, em 1971, no dia em que se festejavam os 25 anos da sua fundação. Esta fotografia foi-me cedida pelo sr. Carlos Alberto da Conceição, do Soito.

Fábrica dos refrigerantes Cristalina no Soito

A fábrica foi fundada em 1946 por Manuel de Oliveira, conhecido no Soito pelo Manuel Gaguelho. No início funcionava no Bairro do Forte. O transporte dos sumos era feito com uma carroça, puxada por burros (ando a ver se descubro essa fotografia que sei existir num livro editado na data da festa dos 25 anos, mas que nunca mais vi).

Passados uns anos a fábrica foi transferida para o seu local definitivo (onde hoje é o Centro de Negócios Transfronteiriço), começando por ser um pequeno barracão onde estava escrito «Manuel de Oliveira- Soito», até se transformar na fábrica que encerrou em 1993.

Em 1971 a Cristalina organizou uma festa para a comemoração dos 25 anos da fundação.

Foram convidados alguns clientes e algumas altas individualidades da época, como o Presidente da Câmara, o Governador Civil, o Bispo da Guarda, o médico, o pároco, o professor, etc, etc.

O meu professor (o professor Abadesso, natural da Castanheira, concelho da Guarda) trabalhava no escritório da Cristalina. Era um sportinguista ferrenho e sempre ouvi dizer que o facto de as camionetas que transportavam os sumos serem verdes, tinha sido ideia dele.

Estranhamente (ou talvez não, se atendermos à época e ao regime vigente quando se realizou a festa de aniversário) houve muitas pessoas que não foram convidadas, inclusive vizinhos e amigos e até familiares. Interessava era ter o maior número possível dos tais convidados «importantes», mesmo que esses nada tivessem a ver com a «Cristalina».

Lá dentro, onde foi servido um almoço, estavam as tais «altas individualidades», todas engravatadas, e houve discursos, entrega de presentes e um «corta-fita» realizado pelo Bispo da Guarda.

O Clero (alto e baixo), constituído por, pelo menos nove dos seus representantes, comeu à parte, numa sala da fábrica, não se misturando com os restantes convidados.

Na frontaria da fábrica foi colocada uma garrafa de sumos Cristalina gigante.

:: ::
«Memória, Memórias…», crónica de João Aristides Duarte

(Membro da Assembleia Municipal do Sabugal)

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João Aristides Duarte
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Origens: Soito :: :: Crónicas: «Música, Músicas» :: ::

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7 Comments

  1. Avatar Carlos Carriço Responder
    Segunda-feira, 14 Outubro, 2019 às 15:30

    Vendi durante 5 anos todos os produtos produzidos nesta fábrica de sumos,na região de Lisboa.
    Sumos de altíssima qualidade.
    Bons tempos,estou a falar de 1982 a 1987.

  2. António Emídio António Emídio Responder
    Sexta-feira, 27 Setembro, 2019 às 6:16

    Amigo Duarte :

    Bons tempos em que fábricas e empresas como a Cristalina, e ainda a NEVÂO, ( poderá haver outras que eu não saiba , e não me lembre ) laboravam anos a fio criando empregos e aguentando gente no nosso Concelho, presentemente a concorrência selvagem originada por uma economia destrutiva, e outras causas, obrigam a laborar meia dúzia de meses, e depois, quando perguntamos por elas dizem-nos : « fechou » ! .

    António Emídio

  3. Avatar José Ferreira Responder
    Quinta-feira, 26 Setembro, 2019 às 21:05

    Fui funcionário da cristalina como motorista. Tenho boas recordações, embora tenha lá trabalhado pouco tempo

  4. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Domingo, 30 Março, 2014 às 12:32

    Não… Esta fábrica nunca produziu pirolitos. Começou por produzir laranjadas e gasosas.

  5. Avatar Carlos Jorge Ivo da Silva Responder
    Sexta-feira, 28 Março, 2014 às 20:58

    Consta que esta fábrica terá produzido também os célebres Pirolitos. Será verdade ? Agradecia que me esclarecesse, se possível.

  6. João Aristides Duarte João Duarte Responder
    Terça-feira, 6 Julho, 2010 às 13:28

    Pois era, pois era!!
    Necessário se tornava guardar do pecado da gula os outros, que não eles…

  7. Avatar joao Valente Responder
    Segunda-feira, 5 Julho, 2010 às 17:56

    Só para confirmar que o costume do clero comer à parte do povo é costume antigo. Na casa dos meus bisavós havia uma dependência a que chamavamos quartinho, construído nos finais do século XIX para essa função de sala de jantar do clero que oficiava nas festas de Vilar Maior. Era independente da casa e tinha uma janelinha interior que dava para a cozinha, que guardava do pecado da gula e da inveja aos comuns dos mortais, qye naquele caso eram os ganhões lá da casa.

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