A polémica está instalada na cidade da Guarda face a uma decisão aprovada por larga maioria na Assembleia Municipal, recomendando ao Município um corte de 20 por cento no orçamento do Teatro Municipal da Guarda (TMG) para este ano, revertendo esse valor para as juntas de freguesia.
A proposta de corte de 20 por cento nas verbas destinadas à Culturguarda, empresa municipal que gere o TMG, foi apresentada pelo presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa, Baltazar Lopes, tendo o grupo do PSD acrescentado à proposta que essas verbas revertam para as juntas de freguesia do concelho. Face ao teor que a proposta assumiu a mesma foi aprovada por larga maioria, incluindo a quase totalidade dos presidentes de juntas de freguesia, que por inerência integram a assembleia.
A polémica estalou quando o director do TMG, Américo Rodrigues, revelou que a proposta do autarca de Aldeia Viçosa não passa de uma retaliação face a uma posição por si assumida no seu blogue «Café Mondego», onde denuncia uma atitude torpe e indigna do edil que impossibilitou, com roncos de vuvuzela a realização de um concerto de música erudita na sua freguesia.
Em novo post editado ontem, dia 29 de Junho, no seu blogue pessoal, Américo Rodrigues denunciou a atitude revanchista do autarca:
«No domingo publiquei uma denúncia acerca do comportamento do presidente da junta de Aldeia Viçosa que, perante várias testemunhas e uma patrulha da GNR, boicotou um concerto clássico promovido pela Fundação Trepadeira Azul, ameaçando, berrando e tocando vuvuzelas. O comportamento daquele edil foi inaceitável e indigno de um representante do poder local.(…)
Hoje, o mesmo presidente da junta propôs à Assembleia Municipal que se cortasse em 20% o apoio da Câmara ao Teatro Municipal da Guarda. O voto foi aprovado. Convém dizer que sou o director do TMG. O alvo sou eu e o que significo. Ou seja, o tipo que criticou e denunciou o inaceitável comportamento de um autarca tocador de vuvuzelas.»
A situação gerou uma avalanche de reacções de indignação face à proposta de corte orçamental na fatia destinada pela Câmara à cultura, que coloca em causa a programação do TMG, instituição da Guarda que tem merecido elogios a nível nacional e internacional pela qualidade do seu desempenho. Américo Rodrigues indica mesmo que espera por uma definição clara da situação por parte do executivo municipal para tomar decisões de fundo.
O Capeia Arraiana soube que o voto da assembleia é apenas indicativo, não vinculando a acção futura da Câmara.
Veja o post de Américo Rodrigues… [aqui]
plb
Kim sentiu-se na necessidade de abandonar a terra onde nasceu, de onde saiu e regressou com planos e projectos ambiciosos, sendo o “Bardo” o mais conhecido e a sua sensibilidade fotográfica também é muito peculiar. Sempre trabalhou em defesa da região e Sortelha é um dos últimos gritos que lançou. Como já disse, o Kim sentiu necessidade de sair daqui e algures neste país está a recuperar fisicamente e psicologicamente das agressões de que foi vítima por pessoas que dizem defender o concelho do Sabugal.
Pois é, remar contra a maré é muito dificil e ela acaba por vencer aqueles que se atrevem a tentar…
É pena, pois o Kim acrescenta sempre qualquer coisa ao debate de ideias sejam ideológicas ou políticas…. Eu acho que ele prefere as ideológicas…….
Boa Sorte Kim
josnumar
Acabei de ler os seus comentários que acho, como sempre, oportunos e inteligentes, mas já que falou no Kim Tomé, sabe o que é feito dele?
Tenho sentido a falta dele aqui no capeia
Esclarecimento: No “post” anterior quando escrevo ”
Parece que o erro não foi cometido pelos autarcas, mas sim por aqueles que demonstraram ao povo a sua incultura e falta de chá em pequenino” quero expressar que o erro é das atitudes dos autarcas incultos e a falta de chá em pequenino, levando-os a assumir projectos e acções reprovados por pessoas cultas, trabalhadoras e dinamizadoras da cultura e da economia da nossa região.
Na Guarda, como em Sortelha, não interessa o que acontece, não interessa o que se faz. Apenas conta o que se vê. Em Sortelha, poucos vêem a vergonha das eólicas. Em Aldeia Viçosa, as vuvuzeladas tocadas pelo presidente de junta, no decorrer de um concerto de música, apenas incomodaram os que queriam viver uma experiência cultural diferente, única pela sua originalidade e escolha do local do evento.
Nos dois casos, a polémica parece que foram as iniciativas dos dois dinamizadores destes eventos: Kim Tomé com o movimento “Vamos Salvar Sortelha” e a Fundação Trepadeira Azul, com o concerto “Naturalismos”. Ambos os eventos apoiados e defendidos pelo blog “Café Mondego”, cujo administrador é Américo Rodrigues, actual director do Teatro Municipal da Guarda. E aí estão as retaliações contra aqueles que defendem a cultura e o desenvolvimento harmonioso da nossa região. Parece que o erro não foi cometido pelos autarcas, mas sim por aqueles que demonstraram ao povo a sua incultura e falta de chá em pequenino.
É o que digo. Estamos entregues aos trogloditas. É este tipo de gente que tem tem conduzido os destinos da região. Com os resultados que se vêm! Parabéns, continuam no bom caminho e quem os elegeu também.