Dia 18. – A minha homenagem tem que ir para esses guardiões (ou guardiães) das memórias, que mostram no presente muitos pedaços do passado e tantos fios que tecem a vida futura. São os registos, as memórias duma vida humana cheia de aventuras vivas ou duras que não se podem apagar. Nestes tempos em que a tecnologia traz tudo tão rápido que logo se desvanece, urge-nos que as memórias fiquem. Memórias efectivas porque reais mas também afectivas dum passado «a letras de ouro» traçado. Os antigos consideravam o museu como um local dedicada às musas e eu acho bastante interessante! Musas inspiradoras de arte que distrai, mas mais ainda: regista, ensina e marca… marca… Aproveitemos o Museu para conhecer a riqueza dos tempos em que as palavras estavam marcadas, muitas vezes pelo sangue… talvez em sulcos de pedra!
A ESTÓRIA DA HISTÓRIA
Aos monumentos de pedra, marcas de um povo e de uma época
«Pedras que falam»
Que soltam gemidos
Que escrevem, que dizem
Que contam, recontam
O bem e o mal.
Marcas que marcam
Trabalho de gente.
Passados vividos
A bom trabalhar…
Ou marcas de tempos
Da história longínqua
Falada na pedra
De bem trabalhar.
É vida passada, vivida no além
Marcado, sentido
De quem?
De alguém.
De gente que trabalhou
Vidas do passado
Respeito, encantado…
O passado dos meus avós
Antepassados de história
Com história
Ou com muito trabalhar.
São traços bem fortes daquele viver
São sulcos marcados
No seu «destecer»
De vida tecida, passada, sem rosto
De rosto marcado em sulcos de pedra.
Do livro Arco-Íris
«O Cheiro das Palavras», opinião de Teresa Duarte Reis
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