O post de José Carlos Lages intitulado «Pensamento do dia – É a obnubilação, estúpido!» conduziu-me a algumas reflexões sobre esse fenómeno histórico que tem influenciado os destinos da humanidade muito mais do que se pensa: a estupidez humana!

«Uma pessoa estúpida é aquela que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas sem que disso resulte alguma vantagem para si, ou podendo até vir a sofrer um prejuízo.»
Carlo M. Cipolla, As leis fundamentais da estupidez humana
Carlo Cipolla (1922-2000) foi um eminente e prestigiadíssimo historiador, especialista de história económica, que um dia surpreendeu os seus amigos com um livro a que chamou Allegro ma non troppo, no qual incluiu um estudo sugestivamente intitulado «As leis fundamentais da estupidez humana». Cipolla distingue a maldade da estupidez, considerando que esta tem sido causa de maior infelicidade que aquela.
A profundidade de análise que o conhecimento da anterioridade dá aos historiadores faz deles, frequentemente, pessimistas profissionais, relativamente às capacidades do homem para aprender com os erros do passado. Pelo contrário, o processo histórico parece ter contribuído para requintar o mal. A selvajaria, o vandalismo, o sadismo, tudo se tem apurado com o passar dos tempos. As carnificinas dos Romanos foram largamente ultrapassadas pelos suplícios medievais ou pelas torturas inquisitoriais. Esse verdadeiro monumento da crueldade humana que foi o tráfico de escravos dos séculos XV a XVIII parece quase uma brincadeira de aprendizes de carrasco quando comparado com os horrores nazis, ou estalinistas. O próprio Estaline dizia, aliás, que a morte de um indivíduo era uma tragédia mas a morte de um milhão era estatística.
Se o sofrimento humano fosse quantificável, mensurável, teríamos biliões de toneladas dele, ao longo dos milénios: pirâmides de mortos; multidões incontáveis de mutilados, de estropiados, de crianças esfomeadas, esqueléticas, de olhar inocente e suplicante; bandos de pedintes esfarrapados e pustulentos; milhões de deserdados sem eira nem beira, dormindo ao relento e vagueando aos Deus-dará por essas megalópoles desumanizadas, onde vale mais um cão de raça que um ser humano, onde se mata o próximo por dez réis de mel coado. Ó Céus! Que mundo construímos, depois de milhares de anos de civilização e de terem por cá passado Cristo, Buda, Confúcio e Maomé! Matamo-nos uns aos outros em nome deles!
São guerras nacionalistas, guerras de fronteiras, guerras de religião, guerras de máfias, guerras para vender armas, guerras para estimular a economia, guerras para… E, como dizia o Padre António Vieira, a Guerra é esse monstro que tudo devora.
Mas há mais e pior. Não contente com as guerras, pilhagens, saques, roubos e massacres com que tem infligido sofrimento aos outros e, com frequência, prejuízos a si próprio, o bicho-homem achou que ainda era pouco e resolveu encaminhar-se alegre e inconscientemente para o suicídio colectivo, numa espécie de harakiri universal. Vai daí começa a construir armas de destruição maciça, super-bombas de hidrogénio, acumulando um arsenal capaz de destruir várias vezes o planeta. E centrais atómicas, que são como que bombas-relógio produzindo continuamente lixo radioactivo, que sepultamos nas fossas oceânicas convencidos de que assim nos vemos livres dele. E pôs-se a lançar na atmosfera milhões de toneladas de dióxido de carbono, com que envolvemos o único planeta que temos, transformando-o assim numa estufa onde mais dia menos dia será impossível sobreviver. E arrasamos ou incendiamos todos os anos milhões de hectares de florestas, esses pulmões da Terra, que poderiam ir consumindo parte do tal dióxido de carbono mas que deste modo ainda produzem mais. E despejamos montanhas de lixo nas terras e nos mares. E envenenamo-nos uns aos outros com comida artificial, corantes e conservantes e vacas loucas. E engolimos hectolitros de estimulantes para ficarmos excitados e rios de nicotina para ficarmos calmos. E narcotizamo-nos, desde novinhos, com drogas «leves». E drogamo-nos, às vezes com a mesma idade, com ópios, morfinas, cocaínas e heroínas. E… e… Quase falta o fôlego!
Que é isto senão suicídio? E que é o suicídio senão o mais estúpido de todos os crimes, a agressão suprema contra nós próprios?
O cientista francês Henri Laborit demonstrou que a vida nas grandes metrópoles conduz fatalmente o homem a uma atitude agressiva, quer em relação aos outros quer em relação a si próprio: agredimo-nos quando roemos as unhas, ou quando fazemos úlceras de estômago, ou quando disparamos um tiro nos miolos. E agredimos os animais, as plantas, o ambiente, o planeta. Por isso ele defende como únicas alternativas para a humanidade o controlo da natalidade, a paragem do envenenamento da Terra e do esgotamento dos recursos naturais, particularmente da água, e, principalmente, o fim da miragem urbana. As megalópoles descomunais, com 20 ou 30 milhões de habitantes, como Tóquio ou a Cidade do México, são uma aberração social. Condenam inapelavelmente o homem à destruição de si próprio e do planeta. A solução reside no regresso às pequenas comunidades: muitas pequenas cidades em vez de poucas grandes cidades. A salvação está no verde, não no asfalto. Caso contrário, o abismo atrairá o abismo, até à explosão final.
Tudo isto parece desmedido, excessivo, ultrapessimista. É verdade, mas nos últimos tempos várias coisas nos têm obrigado a reflectir sobre os horizontes sombrios da Humanidade: são os novos e velhos fundamentalismos, as guerras, quentes ou frias, que param e recomeçam, as pazes que se fazem e se desfazem, os ódios que se atiçam, os profetas pseudomoralistas e cínicos que são como Frei Tomás, os abutres que se alimentam da desgraça alheia, os pedófilos que refocilam na miséria e na inocência, e tutti quanti…
Em suma: essa fatal aliança entre o mal e a estupidez humana.
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«Na Raia da Memória», crónica de Adérito Tavares
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Dezembro de 2009.)
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E aprender a escrever, não?
Se algum erro aparece, as minhas desculpas escrevi à pressa; errar é humano!
A escritura e a linguagem oral sao para mim nada mais e nada menos que uma forma de fazer passar uma mensegem, nao uma maneira vaidosa de orgulho pessoal de se mostrar ou d’impressionar os outros… nao é isso que me interessa;
e para mim muitas vezez grandes discursos muito bem lavrados sao = a zero !
Muita gente se compreende sem escrever nada, sem dizer nada! Eis a proeza !
A estupidez humana !
Aqui esta um sujeito de conversa ao qual sempre me interessei !
A questao de saber o porquê de tanto sofrimento neste mundo…
A explicaçao de factos que à primeira vista sao enexplicaveis….
Como o diz e muito bem: essa fatal aliança entre o mal e a estupidez humana.
Sabendo que o mundo foi criado por Deus que tem um amor infinito por nos obra das maos dele, sabemos tambem da existencia do diabo que tem um odio infinito a Deus e nao podendo atinji-lo, vinga-se na humanidade.
Existe batalhoes de anjos de Deus, que quando nos pedimos ajuda a Deus ele poe à nossa disposiçao para nos ajudar; e igualmente batalhoes de anjos do inferno enviados pelo diabo para destruir et fazer sofrer a humanidade.
Ha uma guerra invisibel entre os anjos de Deus e os anjos do diabo.
O homem ( ou a humanidade ) é inteligente; quando ela se aproxima de Deus e lhe pede ajuda. Essa oraçao vai dar força aos anjos de Deus para lutar para a felicidade e a salvaçao desta vida.
O homem ( ou a humanidade) é estupido; quando decide ignorar tudo isso, achando-se muito inteligente para se defender et resolver as coisas da vida sozinho. Ele fica assim sujeito ao ataque dos anjos do inferno que têm como objectivo o sofrimento desta vida e se possivel de muitas outras à volta dela e finalmente que essa alma caia no inferno quando morrer.
É IMPORTANTE NESTA VIDA : PARAR PARA PENSAR !
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Os meus votos de muitas felicidades a todos os leitores da minha regiao natal !