Teve hoje, 24 de Abril, início o 8.º Torneio de Futsal Interfreguesias, promovido pela Câmara Municipal do Sabugal.
Ler MaisTiago Monteiro vai participar na Gold Coast Supercarnivale do Campeonato V8 Supercar Australiano. O piloto português aceitou o convite para este novo desafio que terá lugar entre os dias 22 e 24 de Outubro.
O piloto da SEAT no WTCC vai estar ao volante de um Holden Commodore VE da Centaur Racing, habitualmente pilotado por Tony D’Alberto. Esta competição é uma estreia para Tiago, que já conhece o circuito citadino de Queensland, onde correu em 2003 quando alinhava na Champ Car, equivalente americana da Fórmula 1: «Antes de mais é uma honra ser convidado para correr nesta prova onde vai estar uma selecção dos melhores pilotos do mundo. Sempre tive a curiosidade de testar estes carros, e adorei correr na Australia tanto na F1 como na Champ Car. Quero agradecer a toda a organização do campeonato Australiano assim como ao dono da equipa, Al D’Alberto por me oferecerem esta oportunidade e mais uma vez à SEAT por me permitirem participar numa corrida fora do WTCC.» O pilloto português acrescentou ainda que o «Surfer’s Paradise sempre foi um grande evento e tenho a certeza que vai ser uma grande festa!»
A Gold Coast Supercarnivale é um evento de resistência, em que Tiago partilhará o volante com Tony D’Alberto. Pela frente, duas corridas de 300km cada, em que 17 pilotos internacionais vão estar lado a lado com outros 17 nomes do campeonato australiano.
Esta será mais uma experiência na carreira de Tiago Monteiro, que desta vez leva a bandeira portuguesa ao outro lado do mundo.
jcl
O Lince é decididamente um animal enigmático. Tão enigmático que são vários os seus nomes: lobo-cerval, liberne, gato-cerval, gato-cravo ou gato-real. Há até quem o apelide de gato-fantasma ou de nunca-te-vi! Também se lhe atribuem características estranhas como a capacidade de perfurar a rocha com o seu «olhar de lince».
Ler MaisJosé Mário Branco vai actuar no Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) no dia 25 de Abril, pelas 21h30.
O cantor, músico e compositor José Mário Branco, expoente da música de intervenção em Portugal, e desde sempre ligado ao movimento revolucionário, actua na Guarda no dia em que se comemoram os36 anos da revolução de 25 de Abril.
José Mário Branco que já actuou no TMG, em 2005, está de volta à cidade mais alta, onde cantará algumas das canções que fazem parte do seu longo trabalho, quase todo ele inspirado no ideário revolucionário.
José Mário Branco nasceu no Porto em 1942, filho de professores. Iniciou a sua carreira durante a ditadura, tendo sido perseguido e exilado em França, entre 1963 e 1974. Foi companheiro de percurso de outros cantores que comungavam o ideal revolucionários, como José Afonso, Sérgio Godinho e Fausto, com os quais participou em concertos e na edição de álbuns.
São famosos os seus discos «FMI», «Ser Solidário», «Margem de Certa Maneira», «Resistir é Vencer», entre outros.
plb
Vai decorrer este sábado, 24 de Abril, a partir das 21 horas, o IV Festival Tunas na Raia da cidade do Sabugal. Os sons académicos estão marcados para o Auditório Municipal com organização da Câmara Municipal do Sabugal com o apoio da Empresa Municipal «Sabugal+».
O IV Festival de Tunas na Raia tem a participação da Carpe Tuna – Real Tuna Académica Masculina da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, Tuna Mus – Tuna Médica da Universidade da Beira Interior, Castra Leuca – Tuna Académica Masculina do Instituto Politécnico de Castelo Branco e dos espanhóis Magistério de Ávila – Tuna do Magistério de Ávila.
jcl
Voltamos a Trindade Coelho, distinto jurista e escritor, natural do Mogadouro, que iniciou a vida profissional no Sabugal, como delegado do procurador régio. Em referência anterior falámos dos sabores dos contos insertos no seu livro «Os Meus Amores», impondo-se agora seguir por novo trilho, ao encontro de outro dos seus livros emblemáticos: o «In Illo Tempore».
Esta obra literária é considerada uma das maiores evocações à vida estudantil na lendária e académica cidade de Coimbra, também chamada a «Lusa Atenas». São lembranças de juventude, enquadradas no ambiente académico dos jovens de todo o país que na cidade do Mondego se encontravam para frequentar a universidade.
Nos finais do século XIX a maior parte dos estudantes permaneciam em Coimbra durante todo o ano lectivo, alojados em quartos alugados ou arregimentados em repúblicas. Eram tempos de diversão, de arruaça, de namoro eloquente, de amizade, de gozo e de partidas.
No meio estudantil a súcia e o bom petisco faziam parte da vida quotidiana. E, para além da descrição das figuras típicas e das cenas de maior humor, o autor não deixa de referir os momentos de lazer, quando a malta se juntava em farta patuscada, compondo e cantando versalhadas espontâneas, exaladas pelos que tinham veia poética. À maneira das terras do interior, donde provinha boa parte da malta, também se desfechava a expressão «entre quem é» quando quem quera batesse à porta. Do que se comia, parco que fosse, a todos se ofertava, num espírito de partilha que os estudantes trouxeram das terras distantes de onde provinham.
Trindade Coelho fala-nos mesmo de uma célebre república de varudos transmontanos que, fartos de comer os «gaspachos» que as criadas lhes serviam, decidiram trazer da terra um moço com ares de patego, mas muito bom cozinheiro, para lhes dar preparo aos bons paladares que em Coimbra queriam degustar. Assentando praça, logo o patusco tratou de confeccionar a boa comida transmontana, passando a casa a receber de amiúde hostes de estudantes sequiosos de provar as iguarias do mestre de culinária, que fez largo sucesso na cidade.
De entre as descrições da vida coimbrã, cabe aqui realçar a diferenciação entre os estudantes ricos, colectores de abonada mesada, mas senhores de desmandos que os traziam quase sempre empenhados e mal alimentados, e os estudantes remediados, como o era o autor, de mais modesto pecúlio, mas que tinham melhor viver. Os filhos dos ricos levavam vida desregrada, pensando que o dinheiro lhes bondava para tudo, mas quando davam fé estavam endividados e a recorrer às casas de prego. E Trindade Coelho explicita com mestria:
«Não acontecia assim com os remediados! Esses governavam-se! Em regra, arranchavam todos em república, em qualquer rua do Bairro Alto, em cujo topo ficava a Universidade; – e eles e uma criada, em geral “já de certa idade”, lá se arranjavam de portas a dentro, – e arranjavam-se bem: almocinho sempre de garfo, metendo os seus ovos e o seu bife, café com leite e pão com manteiga, ou chá! Ao jantar, a bela da sopa, o belo do cozido, os seus croquetes e coisa parecida, um regalado “prato de meio”, frutas à sobremesa, queijo, café. – e Baco sempre presidindo, e a Alegria!».
«In Illo Tempore», um livro que se lê de um fôlego, tais os quadros pitorescos da vida dos estudantes em Coimbra que ali se descerram.
«Sabores Literários», crónica de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
O Centro Cultural e Recreativo de Alfaiates (CCRA) celebra o Dia do Sócio este sábado, 24 de Abril, com a actuação do Rancho do Grupo Etnográfico do Sabugal.