No Inverno, a natureza adormece de mansinho. Os canteiros ficam despidos de verde, sem perfume e a semente repousa…Tudo descansa. Nos parques, os baloiços perdem as risadas. É o silêncio… Vem a Primavera. É a Passagem para a vitória dos campos que começam a redescobrir o verde e a encher-se flores. Do outro lado, a Páscoa ou Peschat que se revela nos altares das Igrejas de cor roxa. No silêncio, se reza na calçada a Via-sacra e na Igreja o cântico solene é triste e recorda-o…
POESIA
Hecce Homo
preso injustamente…
Tantos presos
Pelas injustiças sociais
Os exageros
As exigências,
As descriminações raciais…
Outros presos ao seu orgulho,
À sua raiva
À avareza
Ao egoísmo…
Cada passo Seu
É o caminho de todos
Os que em grupo se encontram
Se ajudam, se amparam.
Ele cai
Humanamente cai,
Frágil…
E tantos que caem
Caem na verdade não aceite
Que não cabe no coração dos homens
Nalguns corações apertados.
Limpam-se as casas,
Se erguem os corações
Que Ele no alto da Cruz
Se desprende.
Na manhã de Domingo
É a vitória
A doce madrugada.
As flores se reabrem
O campo reverdeja
Voltam os chilreios alegres.
Com eles a madrugada
A alegria que viceja.
Ele vence a morte
Faz Nova Aliança
Nos lembra o valor da Vida.
E se Eleva!
É a Vitória dos que não se deixam esmagar pela injustiça, o desânimo, a discriminação… e se tornam eles próprios conscientes pela manutenção dos seus valores, na luta pelas verdades em que acreditam.
Excerto dum poema Peschat do livro «Ecos do Meu Pensar»
Desejo a todos esta Verdadeira Páscoa!
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«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
Sem a nossa participação interior, toda a religião, toda a ideologia e toda a moral, terminam convertendo-se em letra morta, algo de mecânico, a senhora ensina como deve ser essa participação interior. Por isso, bem-haja.
Devia ter respondido na altura própria.Obrigada. Espero que vá a tempo. Temos que sentir o interior de nós e valorizar os nossos talentos. amar e amar de tantas maneiras para vencer a solidão e adquirir a felicidade interior.