O primeiro livro, «Aldeia do Bispo – As pedras e as gentes», foi editado em 2005 por iniciativa dos mordomos da Capeia (e pelas suas mães) e contém vários estudos de carácter etnográfico e antropológico, da autoria de aldeiadobispenses. O segundo, «Aldeia do Bispo – Na raia da memória», foi editado em 2007 também por iniciativa dos mordomos da Capeia desse ano e respectivas mães.
O prefácio esclarece os motivos e as razões da publicação de dois livros com temas relacionados com vida e história de Aldeia do Bispo.
Há dois anos os mordomos e mordomas da Capeia (e as suas mães), lembraram-se de editar um pequeno livro com textos, poemas e fotografias sobre Aldeia do Bispo e as suas gentes. Este novo volume que agora chega às mãos do leitor constitui como que a continuação do primeiro. As boas ideias são para ser seguidas e os mordomos deste ano acharam por bem editar mais este livrinho. O subtítulo («Na raia da memória») procura clarificar os objectivos: preservar aquilo que se encontra na memória de muitos de nós, numa fronteira difusa, mas que corre o risco de se perder para sempre. Recolheram-se lendas, tradições e rezas populares. Escreveu-se sobre a escola, sobre os professores e sobre os alunos. E descreve-se uma das actividades que mais profundamente marcaram o quotidiano da nossa aldeia, há cinquenta ou sessenta anos: o contrabando. Tudo elementos vivos da nossa identidade comum, que quase todos conhecemos muito bem, mas que é preciso passar ao papel.
A escrita é a fixação da linguagem falada. Através da escrita vencemos o tempo e o esquecimento. Se não descrevermos e registarmos a tradição oral da nossa terra ela perder-se-á fatalmente na noite dos tempos. Por tudo isso, aqui ficam palavras de gratidão para com as novas gerações de mordomos (da festa e da Capeia) que, nos últimos anos, resolveram inscrever nos seus programas algumas actividades culturais. Como a edição deste livro, por exemplo. Bem-hajam!
Resta acrescentar que estes dois livros foram impressos e encadernados graciosamente pela tipografia Diana, de Évora, propriedade de um nosso dedicado conterrâneo, o senhor Justo Nabais.
Adérito Tavares
Também gostei desta iniciativa e de ficar a conhecer tradições e curiosidades sobre Aldeia do Bispo. Há muita coisa que se conta e que se perde à medida em que as pessoas nos deixam.
Haveria que continuar. 🙂
Beijinhos!
Zé (Almada)
“Aldeia do Bispo- Na raia da memória” e “Aldeia do Bispo- As pedras e as gentes” encontram-se disponíveis para venda na Casa do Castelo.
Poderão ser aqui adquiridos (10 Euros), ou poderemos enviar por correio.
Contactos:
Natália Bispo
Casa do Castelo
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