A empresa sabugalense «Viúva Monteiro e Irmão» comprou por cerca de 200 mil euros um autocarro para transportar pessoas de mobilidade reduzida com capacidade para 12 cadeiras de rodas mas, no entanto, ainda nunca foi utilizado para esse fim.
Em declarações à agência Lusa a gerente da empresa «Viúva Monteiro e Irmão», Ana Fantasia, explicou que «na sequência do processo evolutivo e de renovação da frota foi adquirida em 2009 uma viatura com 55 lugares que podem ser desmontados e transformados em cinco lugares de passageiros e 12 cadeiras de rodas».
O veículo custou cerca de 200 mil euros e foi subsidiado com 57 mil euros pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) tratando-se de um veículo de características únicas no País com um processo de adaptação rápido que demora cerca de 45 minutos a dois técnicos da empresa.
Ana Fantasia admitiu que o autocarro ainda nunca foi requisitado para transportar pessoas em cadeiras de rodas «porque há pouca procura ou talvez porque não está suficientemente divulgado» acrescentando que tinham feito esta opção «com o objectivo de ser uma mais-valia porque é difícil transportar pessoas com mobilidade reduzida».
A responsável pela «Viúva Monteiro e Irmão» destacou ainda à Lusa algumas características especiais da viatura como o sistema de acesso das cadeiras de rodas ao interior que é feito utilizando uma plataforma elevatória, facilitando a entrada dos passageiros com mobilidade condicionada uma vez que «a pessoa entra no autocarro através dessa plataforma e ocupa o seu lugar, sendo a cadeira segura por um sistema de retenção».
A empresa de transporte de passageiros «Viúva Monteiro e Irmão» tem a concessão rodoviária ao nível do concelho do Sabugal e faz ligações no País e no estrangeiro registando anualmente um volume de negócios de cerca de um milhão de euros.
jcl (com agência Lusa)
Em relação à Viúva Monteiro, talvez esta compra tenha sido fruto de uma decisão menos acertada. Parece-me que un investimento deste tipo, mesmo com ajudas e com as melhores intenções de mais-valia ou de melhores serviços, teria sido necessário um estudo prévio sobre as reais necessidades e sobre a procura a este tipo de veículo. Talvez um carro mais pequeno, com menor investimento fosse suficiente.
Em relação à sra. Maria Bispo, segundo a notícia, o autocarro não foi oferecido, houve um subsidio, apenas isso. O autocarro não tem sido utilizado no transporte unico e exclusivo de pessoas a mobilidade reduzida, mas é utilizado no transporte regular ou ocasional da empresa. Portanto o investimento não foi perdido. Continua a ser uma mais-valia para o concelho. Talvez a Sociedade Portuguesa de Esclerose Multipla, possa fazer apelo a esta empresa e poder dar maior e melhor utilização deste autocarro “especial”.
Como coordenadora distrital da Sociedade Portuguesa de Esclerose Multipla, a notícia sobre um autocarro oferecido e sem utilização aos portadores de deficiência, dá para ficar com inveja…
Nós por cá, receberiamos e utilizariamos o mesmo de braços abertos.
Aqui fica a nossa sugestão