O primeiro livro, «Aldeia do Bispo – As pedras e as gentes», foi editado em 2005 por iniciativa dos mordomos da Capeia (e pelas suas mães) e contém vários estudos de carácter etnográfico e antropológico, da autoria de aldeiadobispenses. O segundo, «Aldeia do Bispo – Na raia da memória», foi editado em 2007 também por iniciativa dos mordomos da Capeia desse ano e respectivas mães. Ler Mais
Segunda parte do DVD com as Capeias Arraianas e outras touradas do Verão de 2009.
Autoria: Fredo Soito
Os DVD’s do Fredo do Soito podem encomendados:
pelo email: fredosoito@hotmail.fr, pelo telefone: +33 6 74 90 55 38,
ou pessoalmente na maioria das Capeias do mês de Agosto nas aldeias da raia sabugalense.
jcl
Iniciei a colaboração semanal com o Capeia Arraiana, com a rubrica em título em 15 de Dezembro de 2008, perfazendo até agora 58 crónicas, a grande maioria, escolhendo temas que de uma maneira ou de outra, estavam relacionados com as gentes e as terras do Riba-Côa.

Com as chuvas intensas dos últimos dias a água da barragem do Sabugal subiu até à cota máxima e está a sair pela descarga de superfície, facto que poderá motivar o regresso das cheias ao rio Côa.
O nível da água atingiu pela primeira vez o limite máximo e sai em grande quantidade pela descarga de emergência. A ponte de Malcata tema água prestes a roçar o tabuleiro e nas imediações da barragem, nomeadamente na Colónia, há campos agrícolas alagados, o que significa que a área abrangida pelas expropriações não tiveram em conta esta cota máxima da barragem.
A construção da barragem era a garantia de que passaria a ser possível normalizar o leito do rio Côa, muito sujeito a enchentes que alagavam os campos e destruíam pontes e pontões. Porém terá havido um manifesto descuido, que fez com que a água atingisse rapidamente a cota máxima, podendo agora provocar novas enchentes se entretanto a precipitação não abrandar.
A chuva e o vento que assolaram ontem todo o país, também provocou quedas de árvores no concelho do Sabugal, para além provocar o alagamento de caminhos agrícolas e de campos de cultivo.
plb
A Casa do Castelo foi honrosamente convidada pela Câmara Municipal de Trancoso para participar nos «Serões da Beira» cujo tema foi «A presença da comunidade Judaica nas Beiras».

Manuel Dias Tavares, filho de José Tavares e de Conceição Dias, nasceu nos Foios no dia 25 de Janeiro de 1927 e faleceu no dia 25 de Fevereiro de 2010.
Como quase todos os do seu tempo, enquanto frequentava a escola primária ia guardar as vacas e ajudava os pais na lavoura.
A partir dos 14 anos andou no contrabando até que chegou o dia de ir cumprir o serviço militar onde permaneceu dezasseis meses e meio.
Casou aos 19 anos com Delfina Gomes Leal. Tiverem seis filhos estando todos vivos e de boa saúde. Vivem três em Portugal e três em França.
O Ti Lei foi a salto para França no ano de 1956 tendo deixado nos Foios a esposa com quatro filhos. Só em 1960 levou a esposa e o filho mais novo tendo levado os outros no ano seguinte.
Em França começou por trabalhar em Brive, como servente, numa exploração de areia. Mais tarde foi trabalhar nas linhas de caminho de ferro onde permaneceu cerca de dois anos. Passou ainda por Rouen e Versailles acabando, mais tarde, por ir para a região de Paris onde esteve cerca de 18 anos. Aí trabalhou na construção civil e mais tarde foi para o aeroporto Charles de Gaulle onde teve um trabalho mais leve até chegar à idade da merecida reforma. Esta chegou um pouco mais cedo, visto ter sofrido um acidente de trabalho.
Passado algum tempo decidiu regressar aos Foios onde passou um resto de vida feliz tendo sido frequentemente visitado pelos filhos e netos que sempre lhe demonstraram um enorme carinho. Curiosamente os netos nasceram todos, ou quase todos, em França e nutrem pelos Foios uma ardente paixão, e é para onde se escapam logo que tenham uns dias livres para não falar nas férias que são passadas, maioritariamente, nesta localidade. As festas, as capeias e o rio chamam-nos.
O Ti Lei foi, sem dúvida, um homem bom. Foi amigo de toda a família e da população em geral. A prova esteve no seu funeral que apesar da muita chuva e vento, autêntico temporal, teve muita gente quer dos Foios quer de outras localidades vizinhas.
Para melhor identificação digo que o Ti Lei Chão era pai também do Lei que durante muitos anos teve o restaurante «LEI» no Sabugal tendo-se também transferido para os Foios onde já possuía uma casa.
Interpretando fielmente o sentimento da população de Foios aqui ficam as sinceras e sentidas condolências.
José Manuel Campos
Concluído que está o primeiro estudo estatístico a partir das fichas dos processos inquisitoriais dos réus naturais ou residentes no Sabugal, vamos agora entrar numa fase mais morosa, mas mais elucidativa da leitura do conteúdo dos processos.

A Assembleia Municipal de Penamacor, presidida pelo socialista Jorge Seguro, aposta em reuniões temáticas e descentralizadas no sentido de contribuir para a discussão de assuntos importantes para o desenvolvimento do concelho. Tornar as reuniões mais participadas e conferir-lhes uma maior dinâmica, são outros dos objectivos.
O período autorizado para a prática desportiva da pesca nas águas interiores vai abrir já no dia 1 de Março, altura em que as margens do rio Côa se voltarão a encher de pescadores ávidos de capturar a saborosíssima truta das suas águas frias.
O início da época de pesca é sempre um momento muito aguardado pelos amantes dessa actividade, que desde há muito anseiam pelo momento. Uns vão para montante e outros para jusante, de cana em punho e cesto a tiracolo, esperançados em pescar boas trutas. Alguns vão mesmo em conjunto, fazendo desse dia uma jornada de festa.
Na Rapoula do Côa a Associação Cultural e Recreativa local preparou a realização de um convívio, que juntará os pescadores após os primeiros «lançamentos» e onde se espera degustar as primeiras trutas do ano.
Os maiores de 16 anos podem obter a respectiva licença de pesca, desde que não estejam sujeitos a medida de proibição de pescar por disposição legal, decisão administrativa ou decisão judicial.
A pesca tem contudo regras e o seu desrespeito pode originar coimas pesadas que convém evitar.
A primeira das regras é a de que o pescador tem que estar munido de licença para o efeito. Outro dever é o de devolver imediatamente à água os peixes cuja captura não esteja autorizada. Há ainda a absoluta proibição de se usarem quaisquer meios ou processos de pesca que não se destinem a capturar o peixe pela boca.
Para além das coimas, que variam entre os 5.000 e os 50.000 euros, a condenação por qualquer crime ou contra-ordenação pode implicar ainda a interdição do direito de pescar e a perda, a favor do Estado, dos objectos que serviram ou estavam destinados a servir para a prática da infracção e ainda os produtos dela resultantes.
A licença de pesca lúdica em águas doces, também chamada licença de pesca desportiva, pode ser obtida através das caixas multibanco. Para tal os pescadores devem aceder aos menus «pagamentos e outros serviços» e seguidamente a «Estado e Sector Público» até deparar com «Licenciamento de Pesca Lúdica», devendo então seguir as instruções subsequentes que surgem no ecrã.
No Sabugal as licenças podem ser ainda obtidas nas seguintes casas comerciais:
António Manuel & David Alexandre, Lda
Rua Cidade da Guarda, nº20
6320-360 Sabugal
César Augusto Portas, Café e Mini-Mercado
Estrada Nacional, nº38
6320-283 Rendo
Palmira de Jesus Lareia Afonso «Pamel Sport»
Rua Barbosa do Bocage, nº3
6320-355 Sabugal
Robert´s Bar
Rua 5 de Outubro
6320-344 Sabugal
Coyote Bar
Rua dos Pontões, nº 21
6320-392 Sabugal
A Câmara Municipal do Sabugal adiantou a informação de que o rio côa será repovoado com cerca de três mil trutas, ainda antes do dia 1 de Março.
Concessão do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. Aqui.
plb
O quarto encontro dos antigos alunos e professores do Externato Secundário do Sabugal vai acontecer no dia 1 de Maio de 2010 no Sabugal. O encontro, que deveria ter acontecido em 2009, não se realizou devido ao falecimento de José Diamantino dos Santos, fundador daquele colégio, onde estudaram gerações sucessivas de estudantes do concelho do Sabugal.
Afinal faltará liberdade de expressão em Portugal ou será este assunto mera arma de arremesso político, apenas tema de conversa e nada mais? Tema que se esquece, logo que outro escândalo ou desgraça apareça, como a tragédia da Madeira fez esquecer o Haiti, como a «face oculta» fez esquecer o Freeport e como as restantes novelas do dia a dia, da pedofilia à Maddie, do «apito dourado» ao «Vale e Azevedo» fizeram esquecer outras tantas comédias.

Silvestre da Silva era um fidalgote minhoto que não atinava com um modo de viver e, de experiência em experiência, descobre que nada suplanta a vida do campo, onde os regalos do estômago ofuscam tudo o resto e proporcionam a maior das felicidades.
«Coração, Cabeça e Estômago» é uma novela humorística de Camilo Castelo Branco, onde um homem, Silvestre da Silva, procura um sentido de vida. Primeiramente procurou a felicidade no amor, ou melhor, no «coração». Foram intensas e autênticas as suas paixões amorosas, mas as mulheres desiludiram-no, até porque raramente corresponderam ao seu declarado amor.
Decepcionado, Silvestre decide desenvolver o seu intelecto, a «cabeça», e passou a escrever nos jornais da época. Porém, as suas doutrinas andavam desfasadas com as teorias dominantes e os artigos que escreveu geraram reacções adversas, dentre as quais a de um advogado do Porto, que dele se queixa e o faz ir parar à cadeia por ordem judicial.
No final, Silvestre volta-se para os prazeres mais materiais da vida e regressa ao campo, às suas origens, onde redescobre o valor da óptima e variada cozinha minhota, que lhe contenta o «estômago».
A revelação da importância da vida serena do campo e da importância do bom trato alimentar teve-a Silvestre em casa de Tomásia, a filha morgada do sargento-mor de Soutelo, com quem viria a casar.
«O pai de Tomásia, erguida a toalha da mesa, onde almoçávamos, às sete horas da manhã, sopa de ovos, salpicão, batatas ensopadas com toicinho, e toicinho cozido com batatas, disse-me que sua filha estava casadeira, e ele disposto a casá-la comigo, se eu quisesse. Antes que eu respondesse, inventariou os seus cabedais, o valor do património dos seus quatro irmãos padres, os quais estavam presentes, e unanimemente disseram que tudo deixavam por escritura a sua sobrinha.»
Silvestre pensou no assunto e, passados alguns dias voltou a casa do lavrador, onde aceitou comer na cozinha, correspondendo a um pedido expresso de Tomásia:
«Encontrei sobre a mesa do escabelo, adorno da lareira, uma tigela vermelha vidrada com requeijão, e um pichel reluzente de estanho a transbordar de espumoso vinho verde. Tomásia sentou-se do outro lado, e comeu e bebeu como a filha de Labão com Jacob.
Conversámos nestes termos também patriarcais:
– Quantos anos tem a senhora Tomásia? – perguntei.
– Vinte e seis, feitos pela Santa Luzia.
– Muito bem empregados. Admiro que vossemecê ainda não seja casada!
– Ainda não é tarde.
– Também digo: mas quem é tão bonita como a Srª Tomásia onde quer acha um noivo.
– Sou sã e escorreita, Deus louvado. Se lhe pareço bonita, isso é dos seus olhos. Coma uma colher de requeijão, e beba, que o vinho está muito fresco.»
Pois seria destino de Silvestre casar de facto com aquela rapariga desempenada, «de carne e osso mais que o ordinário» e «mais larga de cintura que nos ombros», que nunca experimentara doença e que «almoçava caldo de ovos com talhadas de choiriço».
Já enlaçados, viveram ambos para a degustação da boa culinária minhota, ganhando fama pelo farto e saboroso comer de sua casa, de mesa sempre posta para os amigos, que cresceram a olhos vistos.
«Sabores Literários», crónica de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
O segundo convívio de antigos alunos do Colégio do Sabugal, em 2008, que teve lugar na Junta de Freguesia local, provou como sabe bem matar saudades e recordar aqueles tempos de juventude que ninguém quer apagar. O poema «O cheiro das palavras» faz parte do meu segundo livro «Ecos do Meu Pensar».
Ler MaisOs acontecimentos do último fim-de-semana na Ilha da Madeira, trouxeram-me à memória um texto de um dos livros da escola primária, não me recordo se da 3.ª ou 4.ª classe, sobre os rios portugueses.

A AENEBEIRA-Associação Empresarial do Nordeste da Beira organiza de 26 a 28 de Fevereiro e em 6 e 7 de Março no Pavilhão Multiusos de Trancoso a VII Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira e III Festival Gastronómico «Trancoso – Gastronomia com Tradição». Ler Mais
Eric Cantona foi um dos jogadores que fez história no futebol britânico dos anos 1990 ao serviço do Manchester United. Tão depressa fazia passes e golos brilhantes como agredia adversários ou até o público. O francês está no centro da última obra de Ken Loach.

Promovido pela empresa «Inovinter – Centro de Formação e de Inovação Tecnológica», do pólo de de Gouveia, está a decorrer, no Centro Cívico de Foios, um curso designado por «Técnicas de Socorrismo».