O Município de Trancoso, presidido por Júlio Sarmento, deliberou criar o órgão consultivo «Conselho Estratégico» legitimado pelo mandato autárquico que termina em 2013 e com a conclusão do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) que pode representar a derradeira oportunidade para realizar investimentos estruturantes com comparticipação comunitária.
«Consideramos que a arquitectura institucional do Município de Trancoso não esgota o espaço de reflexão e debate, que se pretende alargado, mais plural e inclusivo, sem prejuízo das competências próprias dos órgãos municipais, pelo que se pretende implementar no Município um Conselho Estratégico que poderá, eventualmente, evoluir para um modelo institucional», defendia o documento de orientação estratégica apresentado pela autarquia de Trancoso à Assembleia Municipal e que «recolheu generalizado consenso».
O Município de Trancoso aposta no Conselho Estratético para ajudar a reflectir «sobre a melhor estratégia e nas decisões com acerto, sobre os investimentos prioritários, procurando maximizar os impactos, de modo a promover o desenvolvimento, a sustentabilidade das economias e preparar o futuro».
Segundo o documento aprovado «é necessário, não só, promover o debate e a reflexão sobre a estratégia concelhia, como contribuir para valorizar as opções dos investimentos, que a concretizarão».
Entre esses investimentos estruturantes que constam das Grandes Opções para o mandato destacam-se o Museu da Cidade, o Centro de Interpretação da Batalha de São Marcos ou de Trancoso (determinante em 1385 para a independência de Portugal), o Mercado Municipal, o Campo da Feira, o novo Cemitério, reabilitação da Rua da Corredoura (uma das principais do centro histórico e centro de comércio e serviços), a Recreação da Oficina de Gonçalo Enes (O Bandarra, poeta-profeta referido por Fernando Pessoa e pelo Padre António Vieira), os conteúdos museológicos e a intervenção na antiga vila medieval de Moreira de Rei onde D. Sancho II esteve antes da sua ida para o exílio em Toledo.
A criação do Conselho Estratégico tem como objectivo «alargar o espaço de reflexão e debate sobre a estratégia e os investimentos mais relevantes, numa perspectiva apartidária, constituir-se como fórum de debate local, permitir novas abordagens e o concurso de novos pontos de vista, apreciar e dar parecer sobre os projectos de investimento público, com maior dimensão e impacto na comunidade, dar parecer sobre todos os assuntos que a Câmara Municipal entenda solicitar e apresentar ao executivo novas propostas no âmbito de temáticas definidas».
Integram o recém-criado órgão consultivo Santos Costa, Conceição Alexandre Batista, César Prata, Amaral Veiga, Carlos Martins, Emília Tracana, João Batista, João Duarte Fonseca, Américo Mendes, Luísa Gil, Celina Pinto, Cristina Borges, José Domingos, Luís Pedro Cerveira, Miguel Santiago e Eduardo Pinto.
Os «consultores» são personalidades ligadas aos sectores da educação, planeamento, pensamento, jornalismo, investigação, música, etnologia e etnografia, animação sociocultural, hotelaria e turismo, IPSS, política e intervenção social.
jcl (com gabinete de Imprensa da CMT)
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