O Capeia Arraiana lançou-me o desafio e aqui está a minha perspectiva sobre o tema do presente e futuro do concelho de Sabugal.
Devo referir desde já que não tenho nenhuma varinha de condão capaz de fazer parar a desertificação do concelho. Se a tivesse não estaria, com toda a certeza, a exercer a minha profissão de professor em Aguiar da Beira.
Andaria por aí a proferir palestras por todo o país e, quiçá, no estrangeiro, sobre como estancar a hemorragia humana no Interior.
Concordo, por isso, com o Presidente da Câmara do Sabugal, quando na Assembleia Municipal, realizada em 29 de Dezembro de 2009, e em resposta a um longo «libelo» acusatório sobre as GOP’s e o Orçamento lido por dois deputados municipais eleitos pelo PS, referiu que não havia nenhuma varinha de condão que pusesse fim à desertificação. Refira-se a propósito que, apesar de o PS ter feito os maiores reparos ao Orçamento e às GOP’s acabou por se abster na votação sobre esses documentos, na Assembleia Municipal. Não deixaram, no entanto, estes deputados, de referir a crónica desertificação do concelho, mas não se lhes ouviu uma única ideia para a contrariar.
A desertificação do concelho (tema que é já recorrente em campanhas eleitorais há muito tempo, talvez desde o final dos anos 80, do século XX) não se combate na minha opinião, com a promoção da Capeia Arraiana a Património Imaterial da Humanidade. Posso ser bastante politicamente incorrecto, mas acho que as Capeias Arraianas são um divertimento com tradição, sem dúvida (com todas as virtudes que os divertimentos têm), mas não travam nenhuma desertificação do concelho do Sabugal. Aliás, acho até que esse divertimento já se está a descaracterizar com a presença das «moto-quatro», tractores e tudo o mais, nos encerros. Já li apelos de verdadeiros aficionados para que parem com esse «espectáculo» (dentro do próprio espectáculo) que são as «moto-quatro» a acelerar nos encerros. Não fui eu que escrevi isso. Considero, também, e poderei voltar a ser politicamente incorrecto que nas Capeias Arraianas não vejo turistas.
Apesar de ver milhares e milhares de pessoas nos encerros e nas Capeias apercebo-me que são quase só pessoas da região. Como o concelho fica com o triplo da população no mês de Agosto é natural que se vejam muitas pessoas. Mas, se exceptuarmos alguns espanhóis das localidades fronteiriças (que vão logo embora, mal termina a tourada), não se vislumbram pessoas que venham de longe ver esta tradição. Talvez uma ou outra pessoa, mas sem qualquer significado.
A criação de infra-estruturas não é, por si só, sinónima de fim da desertificação humana no concelho de Sabugal. Mas quando se pergunta ao povo se quer ou não essas infra-estruturas, o mais certo é que diga que sim. Pode ser que algumas dessas infra-estruturas não tenham utilização, mas o povo quer que elas existam. Como explicar este fenómeno? Não sei explicar. Se alguém souber, que explique. Podia aqui dar um exemplo (um pouca a talhe de foice, embora não relacionado com o Sabugal): para que servem os submarinos comprados pelo Ministro da Defesa Paulo Portas, se ainda esta semana foi noticiado que os vendedores não estão a cumprir as contrapartidas acordadas? Quanto a mim, não servem para nada, mas o povo não pensa isso, tanto que, nas últimas eleições legislativas, premiou o partido de Paulo Portas em vez de o castigar. No entanto a recuperação das Termas do Cró, o empreendimento Ofélia Club, em Malcata, o Parque de Campismo ou o CNT (antiga Cristalina) no Soito, ao criarem postos de trabalho (como se espera) são infra-estruturas que merecem o meu apoio.
Outra questão é de arranjar algo que nos identifique como povo e partir daí para a promoção do concelho, atraindo um número crescente de turistas que nos visitem, cá durmam e se alimentem. Isto é outro assunto. Estará aqui a descoberta da «pólvora». Resta saber o que se pode «vender» (detesto esta palavra, neste contexto, mas à falta de melhor…) aos turistas. Óbidos tem a Festa do Chocolate, Mora tem o Fluviário e o Entroncamento tem o Museu Ferroviário. Resta dizer que todas estas localidades estão perto de Lisboa, portanto a conversa é outra. Podem ir 200.000 pessoas à Feira do chocolate a Óbidos e voltar no mesmo dia para Lisboa. O Sabugal, tão longe de Lisboa, não tem esse privilégio. Podem dizer, também: e Seia, não tem o Museu do Pão, com milhares de visitantes? Tem, mas Seia fica pertinho da Serra da Estrela que os turistas sempre aproveitam para visitar, também.
Na minha perspectiva o único turismo de que o Sabugal poderá beneficiar será o turismo cultural. Foi isso mesmo que a CDU (que elegeu dois deputados municipais, o João Manata e eu próprio, na qualidade de independente) apresentou ao eleitorado, nas últimas autárquicas, no concelho de Sabugal, através do seu manifesto eleitoral onde se escreveu o seguinte:
«Fazer do Sabugal um pólo de atracção turístico, através da valorização do património natural e edificado, destacando-se: Implementação de uma Rota dos Castelos; Reabilitação dos núcleos históricos do Sabugal e principais aldeias do concelho; Fomento do turismo rural e turismo de lazer e saúde e Reabilitação dos moinhos existentes.
Valorizar e difundir a cultura e a gastronomia local, através de: Apoio às associações e agentes culturais; Recuperação, em colaboração com as escolas, da Gíria Quadrazenha; Constituição um pólo museológico do contrabando e da emigração, Valorização da gastronomia local em particular os enchidos, truta e cabrito e associá-la à Rota dos Castelos.»
Julgo que neste conjunto de propostas estará um bom ponto de partida para um Sabugal com (algum) futuro a nível turístico. No Verão até se poderá (aí sim) acrescentar a este conjunto de propostas uma passagem dos turistas pelas Capeias Arraianas, integrando-os nas Rotas anteriormente apresentadas. Nem todos gostarão, mas haverá sempre alguns que gostem.
Penso, também, que a divulgação do concelho através dos grandes meios de comunicação social, poderá trazer alguma mais-valia ao concelho. Mas não tanta como se pode imaginar.
No entanto, termino como comecei, sem qualquer varinha de condão.
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«Política, Políticas…», opinião de João Aristides Duarte
Cada um só responde ao que quer e ao que lhe interessa, como é óbvio e como se vê. No entanto não deixa de ser estranha a desculpa para não responder: eu não estar identificado, ou melhor, estar identificado com AC. Está mais que visto que é uma desculpa porque ao Sr. José Meirinho, mesmo sem saber quem é, apenas presumindo que é do Soito, responde!!!
Eu não o quero incomodar, mas não posso ficar calado perante as coisas que escreve, dizendo, quando confrontado com elas, pura e simplesmente para o deixar em paz. Se eu lhe dissesse que me chamava António Carvalho respondia, ou arranjava outra desculpa para não ter de responder?
O debate de ideias é útil e não podemos querer impor as nossas pela força que neste caso se traduz num “passe bem e deixe-me em paz”. Mas acredite que não será a recusa em debater as suas ideias que lhe dará razão.
Passe bem e pense no que escreve em vez de se limitar a escrever aquilo que pensa, que nem sempre será o mais correcto.
Tanta conversa e nada de jeito. quantos de voces ja contribuiram ou envestiram no sabugal ? quantos ? foram embora porque são pessoas como voces fiseram do nosso conselho o que e hoje. eu com 22 anos abri uma empresa sem um unico apoio e continua com viabilidade.venham para ca , arisquem . sabem qual o problema do nosso conselho ? e as pessoas terem muitos euros no banco e estarem a espera que o pai ou a ovó morra , querem tudo de mão beijada . depois a culpa e do poder central da camara do distrito , a culpa e nossa ! a minha mãe sempre me disse , cada um faz a cama que nela se vai deitar. mas eu até acho piada cada um diz a sua bla bla bla bla bla bla bla e prontos continuamos na mesma.venham para ca o sabugal precisa de pessoas com vistas largas que os que ca estamos temos as vistas curtas. por isso e que envestimos ca .
Duarte neste ultimo artigo tens quase razao; desculpa com respeito à capeia nos acores, nao se sabe quem lancou esta polvora.
Mas era o seguinte = destacava_se uma equipa da Raia para os acores fazer o forcao, e aprender_lhes a pegar ao forcao antes das touradas para eles fazerem as pegas durante as touradas.Assim nao estavamos de acordo é normal OK.
Tens toda a razao ignorares esse tal (A.C)antes de cristo, que se identifique. O que é que ele sabe de encerros jà alguma vez pagou para tal, ou participou, duvido? o que ele tem é dor de cotovelo.
Com respeito ao encerro com motos eu (ALINHO) lancamos à tempos um apelo para fazer o encerro so com as motos;Portanto quem quiser participar mantem_se TEL:211538929_Port=968115092
Eu já tinha aqui escrto que nunca mais manteria um diálogo com o sr. AC, enquanto não identificasse. Digo e mantenho. Não tenho que lhe dar satisfações nenhumas por aquilo que faço ou deixo de fazer. Passe bem e deixe-me em paz!!!
Para o José Meirinho, que presumo ser do Soito: durante anos e anos houve touradas (capeias) no Soito sem encerros. Eu lembro-me bem de haver com e sem encerro. Desde há uns anos é que são, sempre, com encerro. Já agora, a “talhe de foice” e , embora me custe fazê-lo porque não gosto de ser juiz em causa (quase) própria, transcrevo uma parte do livro (intitulado “Baú da Memória”) escrito pelo meu pai (Eugénio dos Santos Duarte) publicado em Abril do ano passado, sobre as touradas no Soito, onde é referido o seguinte: (…)”No século XIX e até aos anos 40 do século XX, no Soito, não se usava a palavra tourada, nem capeia. O que se utilizava era a expressão “correr o boi”. Essa manifestação popular era feita com apenas um touro e ocorria no mês de Setembro, uma vez que nesse mês havia menos trabalho no campo(…) (…) Para tal tratavam de arranjar um boi, que contratavam, normalmente ao Ti Zé Marrão, que era de Malcata, embora residente no Meimão, no concelho de Penamacor, e conseguia arranjar o touro bravo para se fazer a “tourada”(…) (…)Nesses tempos de antigamente, nas terras da raia sabugalense ( Aldeia do Bispo, Forcalhos, Lageosa, etc.) os touros eram espanhóis e não era só um que era corrido. Nessas terras essa manifestação popular já era conhecida por capeia, ao contrário do Soito.”
Logo, sem encerro tem sentido realizar a tourada.
Sobre as outras localidades que refere: eu sei bem que essas localidades são aquelas onde a Casa do Concelho do Sabugal organizou as Capeias Arraianas, na região da Grande Lisboa (falta Paio Pires). Essa pergunta deverá ser colocada aos responsáveis da Casa do Concelho de Sabugal, em Lisboa, mas , o exemplo dos lucros já publicitados da Capeia do ano passado (realizada no Campo Pequeno) devem responder à pergunta. Em Nave de Haver não sei se alguma vez houve uma Capeia. Touradas com cavaleiros e forcados , sim, Capeia não sei se houve.
Alguém se lembrou, nos idos da década de 1970 de realizar uma Capeia em Lisboa e a coisa manteve-se. Julgo que a ideia era divulgar o concelho e essa tradição. Mas não tenho a certeza se a quase totalidade do público aí presente (haverá sempre excepções) não será oriunda ou não terá raízes no nosso concelho.
Sobre a ideia de uma Capeia em França, ela não é nova. O Quim Carreto , da Nave, há anos que tenta isso , na região de Paris, e nunca conseguiu, porque aí não são permitidas touradas. A Capeia que se realizou no ano passado foi no Sul de França, onde são permitidas. Se faz sentido ou não , para mim acho que é a mesma coisa da Capeia nos Açores, que tanta polémica levantou. O que eu ouvi dizer era que nessa tal Capeia, nos Açores, iriam pessoas daqui pegar no forcão. Segundo me apercebi tratava-se de uma exibição da arte de pegar ao forcão, por parte de pessoas do concelho, mas nos Açores. Pois isso deu origem a uma coisa nunca vista, com uma PETIÇÃO, em que cheguei a ver comentários assim: “Deixemo-nos de brincadeiras. Ao Forcão, só na Raia, Concelho do Sabugal”, “Não podemos deixar ir o Forcão embora da raia,porque é uma das coisas que nos faz ir à nossas queridas aldeias…ir para outro lado sem ser a raia é desfazer a nossa tradição…viva a raia.”,”Se não temos o forcão as nossas aldeias vão morrer”, e a melhor de todas. “Guerra aos Açores! É empalá-los a todos com forcões!! Investimento na região? Não! Queremos o forcão! ”
Perante isto, o que posso dizer? A “pólvora” foi descoberta. Fazem-se uns forcões, espera-se por Agosto (que , neste momento em que escrevo está um frio de rachar) e está tudo resolvido.
Sr. João Duarte:
Fiquei deveras espantado ao ler este seu artigo de opinião, ou seja lá o que for. Fala o Sr. de um longo libelo de dois deputados dos Partido Socialista, sem que se lhe tivesse ouvido uma única ideia para contrariar a desertificação. O que na realidade eles fizeram foi expor as razões pelas quais o PS não pode concordar com aquilo que o Poder , que o Sr. parece apoiar totalmente, pretende fazer. O que estava em causa era a aprovação ou não de documentos essenciais para o futuro do concelho do Sabugal e não a apresentação de documentos alternativos. Aliás o Sr. deve saber que os documentos apresentados à assembleia pelo executivo não podem ser alterados pela assembleia, por isso ou são aprovados ou chumbados. Apesar de não concordar com os documentos, o PS, e com as devidas explicações, também não quis votar contra para não ser acusado de entrave ao desenvolvimento, caso o PSD não levasse as suas opções por diante. No entanto também me parece que desta forma, e infelizmente, terá de ser o tempo a dar razão à oposição, da qual excluo desde já a CDU. É que, e pasme-se, a CDU, a julgar pelas suas palavras, concorda com o rumo traçado para o concelho pelos documentos votados, e digo pasme-se porque, e principalmente em relação ao si, antes das eleições acusava a oposição de votar sempre a favor , etc, etc. Daí deduzo que o Sr. não é oposição naquela assembleia, ou então terá de retirar tudo o que anteriormente disse em relação à oposição, já que o Sr. está a fazer exactamente o contrário daquilo que dizia ser o comportamento que deveria ser o normal da oposição. Com comportamentos destes, não será de estranhar o facto do Povo premiar partidos como o do Sr. Paulo Portas, é que a política de direita pode não ser boa, mas a de esquerda, a da sua esquerda, é a que se vê na hora da verdade.
Já agora, que propostas fez o Sr. na assembleia?
Quanto a desenvolvimento, podemos não estar perto de Lisboa e do litoral. Podemos não estar exactamente na Serra da Estrela, mas estamos muito perto de Espanha e ainda temos aquilo que outros já não têm: muito para explorar. Concordando inteiramente com o Sr. Kim Tomé, há varinhas de condão, que são as pessoas empreendedoras com ideias que devem ser apoiadas, independentemente da sua opção política ou das costas em que dão as palmadinhas, o que parece não estar a acontecer. Duvido que alguns empreendimentos tivesses os apoios que têm se os seus proprietários não fossem quem são.
Diz o senhor que pensa “que a divulgação do concelho através dos grandes meios de comunicação social, poderá trazer alguma mais-valia ao concelho. Mas não tanta como se pode imaginar”. Tem toda a razão, e até lhe digo mais, na situação actual até pode ser prejudicial, uma vez que aqueles que eventualmente venham atraídos por essa divulgação não sei se voltarão depois de ver que este é um concelho desarrumado, sem actividades que lhes permitam aqui passar alguns dias, sem rumo porque não se antevê alguma alteração de fundo nesse sentido. E que interesse tem a divulgação de um concelho onde às nove da noite não conseguimos jantar, ou então somos servidos de forma contrariada, como já aconteceu comigo? Que interesse tem a divulgação de um concelho onde não é fácil comer uma refeição às duas e meia ou três da tarde quando se sabe que os espanhois almoçam tarde?
Falta-nos muita coisa incluindo a sensibilidade para cativar os visitantes. E aqui incluo a sensibilidade para modernizar sem descaracterizar as tradições, como por exemplo a capeia e tem toda a razão nas suas críticas. O que algumas aldeia estão a fazer com as Capeias não se faz, e deixo aqui uma sugestão: marquem concentrações de moto-quatro para dias diferentes das capeias, talvez assim os amantes deste desporto não tenham necessidade de se exibir no meio dos touros.
Lá estás tu, Kim Tomé, a querer ensinar ao povo o que o povo deve querer. “Wir Sind Das Volk” , lembras-te há vinte anos? Eu bem digo, o povo quer obras e outras coisas, mesmo que para nada sirvam. Mas quer…Não leste o que escreveu o Manuel Russo? Hoje as “moto-quatro” são parte da Capeia e Encerro, porque é o povo que paga. Se lhes tirassem as “moto-quatro” havia muitos que nem participavam nisso, acredita.
Como diz o Manuel Russo, isso é evolução e eu sei bem que ele é um verdadeiro aficccionado. Se um aficcionado diz isso, quem sou eu para o desmentir?
De qualquer maneira continuo à espera que alguém diga o que se deve fazer para travar a desertificação, que era essa a parte mais importante da minha crónica. Eu não sei como se trava. Quem souber que exponha ideias. Isto é um debate de ideias contraditórias, mas é isso a vida.
Em relação à desertificação deixo uma sugestão: sensibilizar os detentores de riqueza e os empreendedores deste concelho a investir aqui, dando-lhes a garantia de que terão o apoio que lhes possa ser dado, nomeadamente de que os seus projectos serão sustentados em políticas e posturas municipais de desenvolvimentos. Tente fazer o mesmo em vez de cruzar os braços e esperar que alguém o faça.
Ok
então que se faça encerros e capeias com e sem motos
Porque não, fazer em todas da forma tradicional com cavalos, touros e pessoas
e depois fazer uma só para motos
O que eu me ia rir a ver um encerro só com motos, valia pela experiência
ehhehhe
Fazer uma capeia e um encerro em Sortelha é o mesmo que fazer isso nos Açores ( e lembrem-se da polémica). Sortelha nada tem a ver com Capeias. É apenas uma freguesia do concelho de Sabugal, que é um concelho onde há Capeias. Acho que também é necessário dizer isto.
Pousafoles, Sortelha, Penalobo, Bendada, Seixo do Côa, Valongo, Moita, Águas Belas, etc, são todas freguesias do concelho que nada têm a ver com Capeias.
Caro João Duarte
E no Campo Pequeno tem?
E sem encerro tem?
E em França tem?
E na Moita tem?
E em Sobral de Monta Agraço tem?
E em Nave de Haver tem?
Agradecia a sua opinião
Tendo em conta a versão que diz que as capeias nasceram com a “invasão” dos nossos terrenos por parte dos touros espanhois, será que a Rebolosa, o Soito e outras freguesia/aldeias têm alguma coisa a ver com as capeias?
Já agora não foi o Sr. que defendeu que o vinho Conde do Sabugal da região do Dão era um meio de divulgação para o Sabugal? Então porque não fazer Capeias em qualquer parte desde que se chamem “Arraianas” e sejam identificadas com o concelho do Sabugal? Isso sim era divulgação do Sabugal.
Claro que não tem tradição e é nesse ponto que seria vantajoso, pois é bom de ver que Sortelha faz parte de um concelho com essas tradições e também que é dos maiores cartazes de visita do concelho (Tem nome na praça), se aí associarmos um grande evento como este, seria do meu ponto de vista benéfico para atrair grandes massas. Até parece que já estou a ver aquelas muralhas cheias de gente e a grande azafama nas ruas. Só pode dar um espectáculo sublime.
Interessante. Muito interessante esta ideia de fazer um encerro e uma capeia em Sortelha.
José Carlos Lages
Eu alinho 🙂
agora que já sou “Lagarticho” 🙂
mas penso que a Capeia é algo que pertence mais à zona da Raia, Sortelha pode ter outras vocações que tem mais a ver com as suas características especificas.
Contudo parece-me mais adequado fazer essa dita capeia na sede institucional do concelho, no Castelo do Sabugal.
Até porque já existiu a Capeia do Sabugal.
Seria uma imagem que me daria prazer captar, a Capeia com o Castelo do Sabugal como pano de fundo.
Caro Kim Tomé
Reproduzo de seguida um excerto do livro «Memórias do Concelho do Sabugal» de Joaquim Manuel Correia sobre a freguesia de Quintas de São Bartolomeu (pág. 216), edição da Câmara Municipal do Sabugal (1946):
«A Feira de S. Bartolomeu, que se realiza no dia deste santo é sempre muito concorrida pela gente do Sabugal. Era costume haver nesse dia corrida de touro com forcão e garrochas, corrida que tanto ali como noutras povoações tem de nome de folguêdo.»
Capeia nas Quintas de São Bartolomeu? Haverá aqui algum equívoco?
José Carlos Lages
Organizacao meus Senhores: é terrivel ver ou ouvir comentàrios de certas pessoas que nao estao ao corrente, nem teem pratica na matéria (Capeias e Encerros) Vou tentar explicar pessoalmente, Aficionado, e praticante de capeias e encerros desde puto. Muitas coisas mudaram (exemplo o encerro) antigamente era a pé ,depois a cavalo,hoje é uma mistura de tudo, mas mais ou menos organizados. Porqué? Compreendam desde vez que as festas durante o mes de Agosto, que incluem as touradas e os encerros, sao pagas pelo povo.
Conclusao todos podem participar OK são espectáculos do povo.
Mas eu compreendo estes senhores,querem a pura tradição, organização, boa gestão,bons espectáculos nao é, ok.
Que estao a fazer as juntas de freguesia do concelho e CAMARA do Sabugal? Para avancar com as capeias e encerros de forma organizada
e como manda a sapatilha.
Nao é so ter painéis publicitários receber capital (CONCURSO ALDEIAS) suor nosso aficionados, isso é fácil. SENHORES DO PODER NO CONCELHO ORGANIZEM ENCERROS NA CIDADE DO SABUGAL E SORTELHA JUNTAMENTE COM OS CASTELOS, SIM TUDO BEM, MAS A SER A CAMARA OU JUNTAS A ORGANIZAR. ASSIM TALVEZ ASSISTAM AOS ESPECTàCULOS QUE MENCIONAM. AS CAPEIAS E ENCERROS TEMOS QUE OS RESTRUTURAR E AMELHORAR,SEGUIR EM FORCA PARA A FRENTE.
VIVA A RAIA
Claro será que a realizar-se deve ser um acontecimento a nível municipal e não só da freguesia de Sortelha. No meu entender este seria o primeiro passo para dar a conhecer o concelho a muitos visitantes que pura e simplesmente o desconhecem. Acontece que não é por mero acaso que quando as pessoas de fora visitam a nossa região gostam e voltam. É importante sabelas chamar em maior número, depois o resto vem por inerência.
Se Óbidos tem a festa do chocolate dentro das suas muralhas, porque é que não se faz um encerro, seguido de capeia dentro das muralhas de Sortelha? Poderão chamar-me maluco, mas as medidas para serem acolhidas têm por vezes que ser radicais. Não devemos esquecer que Sortelha já é um cartaz (Histórico) de visita do concelho do sabugal, agora se for associado à tradição da raia “os toiros” seria bem original. Claro que um evento desta natureza requer uma grande logística e uma grande participação de todos os Sabugalenses. Mas pode começar de uma forma mais particular para uma mais geral e se for bem publicitado nos Órgãos de comunicação social nacionais, concerteza que seria um grande acontecimento. Óbidos não recebe só durante as festas do chocolate grandes dezenas de milhar de visitantes, pois todos os anos o município interage com a população, dando origem a grandes grupos de visitantes (idosos, crianças), de outros concelhos do pais.
Num certo aspecto, o Aristides tem razão: A capeia está a ser descaracterizada, o que é uma pena. Este Verão assisti a um encerro e fui embora, por causa das tais moto-quatro. Falta consciência do respeito para tradição. Há turistas, mas eles só vêm, se o que tivermos para oferecer for genuino e diferente. A Capeia pode ser um importante produto turístico. Não pode haver maior estupidez, que ter na mão uma galinha de ovos de ouro e matá-la, como estamos a fazer com a capeia.
Por isso mesmo defendo que a capeia deve ser qualificada, organizada e proposta como património da Unesco.
A qualificação passa por isso mesmo definir as regras e impedir a utilização dessas máquinas que nada têm a ver com touros e cavalos.
E penso que esse é o papel das instituições nomeadamente aquela que em teoria devia cumprir esse papel a Câmara municipal
A Capeia é para pessoas, touros e cavalos.
E sim, é um dos melhores cartazes turísticos do concelho, a par de outros que podem ser motivo de visita. Temos realmente um concelho muito rico em património, não devemos ser nós a desqualificá-lo, antes pelo contrário o nosso dever é qualificá-lo e promove-lo.
Caro Duarte
Aquela parte das (Capeias e encerros) estás enganado.
Qual o evento ou espectàculo, ou o que tu quiseres, que traz mais gente que os encerros, ou capeias?
Nao traz turistas dizes tu, é pá ve lá ver; dos 30 e tal mil do concelho que estamos fora, creio que haverá poucos os que nao levam, ou levaram um dia consigo amigos para passar férias durantes esses eventos.
E se houvesse mais coisas para os segurar mais tempo ficariam no nosso concelho.
A capeia e os encerros estou farto de o dizer que é preciso criar associações tipo (os forcados) divulgar, e uma escola de pega ao forcão, para amelhorar tudo o que envolve a capeia e encerros. (eu atino)
Tu nao imaginas nem tens esta tradição única ao mundo na pele como diz o aficionado.
Alors no comment OK
Tentai sim de vos abrires para o exterior, porque enquanto pensares e aplicares essas politiquisses de dentro e de capelinhas tipo (nos é que cá vivemos todo o ano e nos é que sabemos o que è preciso) nao vai longe o CONCELHO.
Eu tenho a varinha de condão!
Duvidas?
Anda cá ver o trabalho que aqui no Largo do Castelo fazemos apesar de termos contra nós quem devia estar do nosso lado como tem acontecido até aqui.
(há que referir a nova postura do actual Presidente da Câmara que parece ser mais prometedora)
E temos resultados que podemos apresentar a quem tiver duvidas, teriamos mais ainda se em vez de termos sido boicotados e distratados, tivessemos tido apoio.
A varinha de condão está na inovação, empreendedorismo, cooperação, Justiça, apoio institucional e nesses valores todos que têm faltado no Sabugal.
Não é por acaso que os Sabugalenses têm fugido da terra.
É porque os políticos e quem os apoia têm obrigado os seus amigos, familiares e restantes conterrâneos a fugir.
São 50 anos de incompetências e asneiras que resultaram na morte do Sabugal, e ainda estão convencidos que merecem louvores.
Louvores por quê?
Por matar a terra que os viu nascer?
E quanto à candidatura da Capeia Arraiana a Património da Unesco, só uma pessoa com vistas muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito curtas é que não vê as vantagens.
Considero que este é apenas um post infeliz de uma pessoa por quem tenho muita consideração e que não esperava tivesse este tipo de raciocínio.
A minha varinha de condão para contribuir para o desenvolvimento do Sabugal é inovar, criar e trabalhar que é o que faço.
Mas conheço muita gentinha cuja varinha de condão apenas tem por objectivo destruir.
ainda sobre este tema, gostaria de sugerir o turismo, cada vez mais popular que são as ” Caminhadas” e porque não aproveitar as rotas do contrabando.
As ”guerrinhas” politicas também não estão a ajudar nada o Concelho e seria bom que pusessem os interesses das Pessoas antes dos outros, porque é fácil criticar mas é muito mais dificil fazer.
Vou dar um pequeno exemplo: Neste fim de ano um grupo de 12 jovens de Lisboa, resolveram fazer a festa aí numa Aldeia do Concelho e encontraram vários restaurantes fechados e até num credenciado do Sabugal, ás 21.30 horas já não ficaram muito satisfeitos por servir o jantar. Meus amigos, assim não vamos a lado nenhum.
Um Bom Ano para todos
Estou de acordo com a maioria das suas afirmações e só existe uma maneira de evitar a desertificação, é criar condições para as pessoas poderem viver e sobretudo trabalhar nessas zonas.
O turismo é fundamental e como diz e muito bém, tem que haver divulgação a todos os niveis e marcar presença em feiras e outros eventos relecionados com esta area.
Também concordo que as Capeias são muito locais e especificas e estão a ficar descaracterizadas e a necessitar de algumas inovações e reformas.
Neste momento o que me parece mais prioritario e fundamental é o acesso á A25, porque todos os acessos ao Sabugal, são muito complicados.
Sr. Aristides: concordo no seu artigo que o Sabugal não fica tão perto de Lisboa coma Mora ou Óbidos, mas como sabe Portugal não é só Lisboa, onde pairam os outros 8 milhões?? e que tal uma boa rede hoteleira no Concelho do tipo Low-coast? vocacionada para fins-de-semana e feriados… Repare no exemplo das Termas de Monfortinho: estavam em vias de extinção nos finais dos anos 80, quando eram proprietàrios os Condes da Covilhã, mas com a aquisição do Grupo BES, veja a diferença, que até no Ano passado foi vendida uma parte a um Grupo Suiço com elevados lucros. Claro que também ouve uma varinha de condão nestes anos todos, manuseada pelo Sr. Joaquim Mourão enquanto esteve à frente da Autarquia de Idanha-a-Nova. Certamente, se não entrasse capital privado, jà nada existia do que hoje existe.
boa… são as pessoas que fazem os bons e maus projectos
e o Sr. Joaquim Mourão era e é um visionário
Uma das aldeias do Sabugal chegou a ser a mais industrializada do País, uma das mais povoadas, visionária, dinâmica, empreendedora… no entanto distava os mesmos 300 e tal km de Lisboa, a diferença é que demoravam 7 a 8 horas e hoje já ouvi certas pessoas dizer 2h “a transgredir”… e muitas que por vezes demoram + 3h a chegar a Óbidos
dá que pensar…
Para explicar este fenómeno recorro-me desta citação
«Há que seguir em frente. Nada substitui a persistência. O talento não o fará, porque o mundo está repleto de pessoas com talento, mas sem sucesso. O génio não o fará, pois é certo e sabido que os génios raramente são recompensados. A instrução, por si só, não o fará, uma vez que o mundo está cheio de falhados com estudos. Apenas a persistência e a determinação são omnipotentes.»
Calvin Coolidge (1872-1933)
A meu ver as pessoas que construíram esta aldeia eram assim…
Caro Aristides,
Um grande abraço
Carlos Meirinho Carrilho Rito
Aristides:
«Roma e Pavia não se fizeram num dia»… Por algum lado se há-de começar.
Uma casa também começa pelos alicerces, não é?